domingo, 28 de abril de 2013

Repassando um informativo de Editais e Exposições...

PRÊMIO FUNARTE DE ARTE CONTEMPORÂNEA - OCUPAÇÃO DOS ESPAÇOS FUNARTE 2013
A Funarte (Fundação Nacional de Artes) está com inscrições abertas em todo o território nacional até 29/04/13 para cinco editais do Prêmio de Arte Contemporânea 2013. Vinte e um projetos de exposições de artes visuais serão selecionados para ocupar galerias e espaços culturais no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Recife (PE). O investimento total é de mais de R$ 1,7 milhão.
Não podem participar da seleção aqueles contemplados na última edição do prêmio, em 2012. A portaria foi publicada em 14/03/13, no Diário Oficial da União. 


RESIDÊNCIA ARTÍSTICA BERLIN_IM_FOKUS – 2013
A primeira edição da residência artística “berlin_im_fokus” recebeu inscrições até 29/03/13 de projetos em fotografia e vídeo, sob o tema “Ressonâncias Brasil-Berlim: a Cidade e Seu Substrato”. O programa seleciona dez artistas brasileiros e terão orientação de Alex Flemming, Gal Oppido, Hannes Wanderer, Philipp Geist. A residência ocorre entre 01/06 a 30/06/13 e conta com workshops, leituras, visitação a galerias, museus, ateliês e ao campo de concentração Sachsenhausen. 
Clique aqui e saiba mais

ENTRESILHAS
Projeto idealizado por Fernanda Grigolin e Luciana Penna realizado em duas etapas, uma na Ilha do Marajó (PA) e outra na Ilha de São Sebastião (SP), trabalho artístico coletivo em múltiplas plataformas com participação de Irene Almeida, Lucas Gouvêa e Ionaldo Rodrigues. Essencialmente experimental Entreilhas é um projeto para ser sentido e vivido, no Tumblr do projeto nos deparamos com imagens, sons e vídeos a primeira vista aleatórios mas que somados criam um conjunto bem inventivo e diverso de vivências artísticas. Realizado a partir do edital 9° Rede Nacional Funarte de Artes Visuais.
O Salão de Arte Digital continua com sua exposição aberta e merece sua visita.
CINEMA NACIONAL É PREMIADO NOS ESTADOS UNIDOS
"O dia que durou 21 anos" e "Febre do rato" ganharam prêmios em festivais; "A cidade onde envelheço" foi contemplado em fundo de apoio à produção
No último fim de semana, três brasileiros foram contemplados com diferentes prêmios nos Estados Unidos: dois festivais e um fundo de apoio divulgaram, entre seus premiados, produções nacionais recentes.

15ª MOSTRA INTERNACIONAL DE DOCUMENTÁRIOS DA COLÔMBIA RECEBE INSCRIÇÕES
Evento começa em Bogotá e parte em caráter itinerante para mais dez cidades colombianas. As inscrições vão até o dia 10 de junho
Estão abertas as inscrições para a 15ª Mostra Internacional de Documentários da Colômbia, que acontece entre os dias 28 de outubro e 1º de novembro, na cidade de Bogotá. Após a realização do festival, a mostra ganha caráter itinerante e circula por outras dez cidades colombianas. O evento, uma iniciativa da Associação Colombiana de Documentaristas e do Ministério da Cultura da Colômbia, tem como metas fazer a ponte entre criadores e tomadores de decisão, no intuito de fomentar a produção de filmes com caráter político e social, sem perda do valor artístico, e encorajar a criação de um ambiente profissional saudável para documentaristas.

CONVOCATÓRIA PARA INSCRIÇÃO DE FILMES NO 6º FESTIVAL DE CINEMA DE TRIUNFO (PE) - ANO 2013
A Secretaria de Cultura de Pernambuco e a Fundarpe tornam pública a convocatória para o 6º Festival de Cinema de Triunfo. O evento, acontecerá entre os dias 05 e 10 de agosto de 2013, em Triunfo, no Sertão do Estado.
Os interessados em participar do festival poderão se inscrever no período de 22 de abril a 22 de maio.

FUNDAÇÃO PIERRE CHALITA ABRE INSCRIÇÕES PARA O 2º SALÃO DE FOTOGRAFIA
Fotógrafos - profissionais ou amadores - terão a oportunidade de participar do 2º Salão de Fotografia da Fundação Pierre Chalita, que terá como tema "Aspectos sociais, econômicos e culturais da realidade alagoana, considerando o passado, o presente e o futuro”.
As inscrições para a mostra serão abertas no dia 22 de abril e seguem até 12 de maio.

CONHEÇA O MAM RIO

quarta-feira, 24 de abril de 2013

OUTRA NATUREZA




     LIVRO REVELA OLHAR DE ARTISTAS CONTEMPORÂNEOS SOBRE A NATUREZA

Outra Natureza – 6 diálogos sobre a Amazônia é uma publicação que reúne a produção dos artistas Danielle Fonseca, Keyla Sobral, Luciana Magno, Melissa Barbery e Victor de La Rocque em diálogo com o curador Orlando Maneschy que será lançada na quarta-feira, dia 24 de abril, 19h, na Kamara-kó Galeria.
            Fruto do Projeto Outra Natureza, mostra selecionada pelo edital do  programa de exposições do Banco da Amazônia e realizada em seu Espaço Cultural, que reuniu esses cinco artistas sob a curadoria de Maneschy e apresentou a relação destes artistas com o ambiente em que atuam, o lançamento do catálogo amplia a reflexão e se dá dentro da mostra de Keyla Sobral – Tudo Tão Breve, criando uma ponte e um diálogo entre as mostras, ativando o circuito cultural de Belém.
            Em Outra Natureza – 6 diálogos sobre a Amazônia é apresentado um conjunto de obras de cada um desses artistas que revelam sua relação com a natureza e a paisagem, desdobrando, em textos e imagens, o território que foi apresentado na exposição. O projeto pretende por meio desse conjunto dar a ver a produção desses autores, facultando ao público, que terá acesso ao livro, obras e procedimentos empreendidos nos projetos de cada um dos artistas. Além disso, textos produzidos pelo curador ao longo dos últimos anos sobre a produção desses artistas viabiliza uma visão mais global da obra de cada um.
Assim, mais do que ser um recorte de um momento específico de uma exposição, a publicação consegue expandir seu escopo e reunir obras que foram realizadas ao longo dos últimos anos pelos artistas, formalizada no livro, expondo densidades e coerências desenvolvidas pelos mesmos em seus projetos individuais. Nesse sentido, temos um conjunto de obras de Danielle Fonseca que se debruça sobre a paisagem e sua relação com a literatura, filosofia e também o esporte, levando o leitor a observar como alguns ícones visuais vem se fazendo presentes em sua obra, como o farol, o mar e a ação performática da artista no ambiente natural, bem como convida-nos a perceber a sutileza e complexidade de suas ações dentro do ambiente natural. Já Victor de La Rocque, que vem desdobrando seu projeto Gallus Sapiens ao longo dos últimos cinco anos, lança um olhar arguto sobre o consumo desenfreado que vem se desenhando no país, articulando por meio da metáfora o pensar sobre o sujeito que nasce e vive para o consumo.
Um delicado conjunto de obras de Luciana Magno revelam processos de busca de contato e mimetização com corpo da artista com o elementos da natureza, como árvores e o rio, em que a artista busca a fricção com elementos orgânicos, em experimentações de corpo nesses ambientes documentadas em fotografia e video. Também buscando uma relação mais sensorial com a natureza, Melissa Barbery projeta seu olhar para o universo da baixa tecnologia, dos objetos luminosos “made in china” para pensar um jardim: seu Low-Tech Garden, projeto que nasce em 2007 e que se estendeu em intervenções urbanas, fotografias, e instalações, que recebe diversos desenhos de acordo com o local no qual é exibido; sendo que temos aqui um conjunto das diversas apresentações do trabalho, expondo a delicadeza contida no projeto e nas pequenas mudanças presentes nas diversas montagens. E detendo-se em uma paisagem interior, Keyla Sobral reúne cartografias, desenhos, pequenas frases, que constituem ambientes sentimentais, mapas e que ganham nova espessura nas páginas do livrinho.
Todos esses trabalhos colecionados na publicação constituem um documento importante desta recente produção artística, dando a ver o desenvolvimento dos projetos desses artistas ao longo dos últimos anos, bem como o acompanhamento por parte de Maneschy dessa produção, visualizada em textos escritos sobre o trabalho desses artistas, o que só foi possível de realizar graças ao patrocínio do Banco da Amazônia e que chega ao público no lançamento em parceria com a Kamara-kó Galeria.
Com design assinado por Breno Filo e direção de arte de Orlando Maneschy e Keyla Sobral, o livrinho pretende mostrar um recorte temporal da produção desses artistas e ser um estímulo a publicação da produção artística local. “Temos uma produção artística excelente na Amazônia, mas pouquíssimas publicações que deem conta dessa produção, ainda mais quando se pensa na produção dos artistas dentro de um determinado período, ou dentro de um recorte em torno de uma questão. É algo raro. Daí termos optado por fazer algo assim e termos encontrado, no Banco da Amazônia, a abertura para a realização disto”, afirma Maneschy.
Ao realizar o lançamento da publicação dentro da mostra de Keyla Sobral, reafirmamos as relações entre processos e obras dentro do fluxo do circuito cultural belenense a ampliamos as questões presentes tanto no livro, quanto na mostra da artista, buscando favorecer a reflexão sobre a produção artística contemporânea local, sendo uma ação expandida da mostra Outra Natureza, realizada no Espaço Cultural do Banco da Amazônia e com seu patrocínio.

SERVIÇO:
Lançamento da publicação Outra Natureza – 6 diálogos sobre a Amazônia
Local: Galeria Kamara-Kó
Rua Frutuoso Guimarães, 611
DATA: 24 de abril, (quarta-feira), 19h.
ENTRADA FRANCA.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dobradinha no Cine Líbero Luxardo


“No”, de Pablo Larraín  e "E se Vivêssemos Todos Juntos?", de Stéphane Robelin, em Dobradinha no Cine Líbero Luxardo

Durante duas semanas, a partir da próxima quarta feira (24/04), as Sessões Regulares do Cine Líbero Luxardo apresentam nova dobradinha de filmes, exibindo os longas ''E se Vivêssemos Todos Juntos?'', do francês Stéphane Robelin, e "No", do diretor chileno Pablo Larrain. A programação segue até 5 de maio, com ingresso a R$ 8,00, e meia entrada para estudantes.

Confira abaixo mais informações sobre a programação!


-----------------------------------------------------------------------------------------------------


''E se Vivêssemos Todos Juntos?'' 
Título original: Et si on Vivait tous Ensemble? |  Direção: Stéphane Robelin| Roteiro: Stéphane Robelin | Fotografia: Dominique Colin | Gênero:  Comédia | Ano: 2012 |  País: França, Alemanha | Elenco: Guy Bedos, Daniel Brühl, Geraldine Chaplin, Jane Fonda, Claude Rich, Pierre Richard, Bernard Malaka, Camino Texeira, Gwendoline Hamon, Shemss Audat, Gustave de Kervern, Laurent Klug, Lionel Nakache, Stéphanie Pasterkamp, Caroline Clerc, Philippe Chaine, Gaëlle Billaut Danno, Lili Robelin, Tom Robelin, Alexandre Robelin, Marie Bruncher  | Duração:  96 min. |  Distribuidora: Imovision

Classificação etária: 12  anos

Imagem inline 1


Sinopse: Aos 75 anos de idade, Annie, Jean, Claude, Albert e Jeanne são melhores amigos há mais de quatro décadas. Quando a saúde deles começa a piorar, e a possibilidade do asilo se apresenta, eles decidem viver juntos. A ideia parece loucura, mas a novidade acaba trazendo a reboque algumas antigas experiências e novas perspectivas, que irão provocar consequências na vida de cada um.

Datas e horários:
24 a 28/04 (quarta feira a domingo): 19h
02 a 05/05 (quinta feira a domingo): 19h


-----------------------------------------------------------------------------------------------------

“No” 
Título original: No |  Direção: Pablo Larraín| Roteiro: Pedro Peirano | Gênero:  Drama | Ano: 2012 |  País: EUA / Chile / França | Elenco: Gael García Bernal, Alfredo Castro, Antonia Zegers, Néstor Cantillana, Luis Gnecco, Marcial Tagle, Diego Muñoz, Manuela Oyarzún, Jaime Vadell | Produção: Daniel Marc Dreifuss, Juan de Dios Larrapin, Pablo Larraín  | Cor: Colorido | Duração:  110 min. |  Distribuidora: Imovision

Classificação etária: 14  anos

Imagem inline 1

Sinopse: Chile, 1988. Pressionado pela comunidade internacional, o ditador Augusto Pinochet aceita realizar um plebiscito nacional para definir sua continuidade ou não no poder. Acreditando que esta seja uma oportunidade única de pôr fim à ditadura, os líderes do governo resolvem contratar René Saavedra (Gael García Bernal) para coordenar a campanha contra a manutenção de Pinochet. Com poucos recursos e sob a constante observação dos agentes do governo, Saavedra consegue criar uma campanha consistente que ajuda o país a se ver livre da opressão governamental.

Datas e horários:
24 a 26/04 (quarta a sexta feira): 21h
27 e 28/04 (sábado e domingo): 16h30
02 e 03/05 (quinta e sexta feira): 21h
04 e 05/05 (sábado e domingo): 16h30 


-----------------------------------------------------------------------------------------------------

Ingressos: R$ 8,00 (com meia entrada para estudantes)
Capacidade: 82 lugares, com espaços para cadeirantes

Cine Líbero Luxardo
Fundação Cultural do Pará Tancrdo Neves (CENTUR)
Av. Gentil Bittencourt, 650, térreo
Inf: (91) 32024321 | cinelibero@gmail.com

Realização: Governo do Estado do Pará e Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves

quinta-feira, 18 de abril de 2013

terça-feira, 9 de abril de 2013

Espetáculos teatrais do Palco Giratório no Sesc Boulevard


Filmes brasileiros "de grátis" pra assistir.




Uma boa pegada! Um achado! Sim, o canal do youtube criado por Eduardo Carli é um achado, onde atualmente possui 172 filmes disponíveis para serem assistidos de forma gratuita. Clássicos como “O Cheiro do Ralo”, “O Bandido da Luz Vermelha”, “Cidade Baixa”, “Vidas Secas”, “Estamira”, “A Festa da Menina Morta”, “Batismo de Sangue”, entre muitos outros fazem parte da lista dos filmes brazucas. Acesse o canal dele AQUI

quarta-feira, 3 de abril de 2013

A ÁRVORE DOS TAMANCOS no Cine Líbero

SESSÃO CULT  apresenta nesse próximo sábado, dia 06/04/13, excepcionalmente, às 15 h, "A ÁRVORE DOS TAMANCOS", filme do diretor italiano Ermanno Olmi. O filme é dos mais felizes na maneira como mostra a vida dos camponeses italianos no início do século passado. A poesia que emana da simplicidade de tratamento correspondente ao modo de narrar os fatos deu a Olmi a Palma de Ouro em Cannes. E desde esse trabalho, que alguns acharam como a reinvenção do neorrealismo, o cineasta passou a ser visto como um dos mais expressivos de sua geração.

A Sessão Cult é uma parceria entre o Cine Líbero Luxardo e a Associação de Críticos do Cinema do Pará (ACCPA).  

Confira abaixo mais informações:

A ÁRVORE DOS TAMANCOS

Título original: L’Arbero Degli Zoccoli | País: Itália | Ano: 1978 | Direção: Ermanno Olmi |Roteiro: Ermanno Olmi | Elenco: Luigi Ornaghi, Francesca Moriggi, Antonio Ferrari | Duração: 186 min. |  Classificação: 14 anos

Imagem inline 1

SESSÃO CULT 

CINE LÍBERO LUXARDO
SÁBADO DIA 06/04/13
SESSÃO ÀS 15 H
ENTRADA FRANCAAPOIO: ACCPA

Local: 
Cine Líbero Luxardo
Fundação Cultural do Pará Tancrdo Neves (CENTUR)
Av. Gentil Bittencourt, 650, térreo
Informações: 32024321 | cinelibero@gmail.com

Realização: Governo do Estado do Pará e Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves

segunda-feira, 1 de abril de 2013

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Era uma vez um artista que desistiu de ser artista. Ele percebeu que a experiência estava doente, moribunda e dando seus últimos suspiros. Olhou para a televisão e percebeu que seus 60 canais abertos estavam lhe tirando o sono e talvez viessem a tirar o sono de seus filhos também. Isso era demais pra ele.
Ele decidiu então que iria embora, iria para um lugar onde os ritos pudessem lhe servir para algo, ele pensou assim: quero que meus filhos façam quinze anos em casa e não no Second Life ! Antes de sair, olhou um livro na estante da sala e leu “é preciso ritos” folheou mais as páginas e prestou atenção em um trecho: “Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade ! Mas se tu vens por exemplo a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração...É preciso ritos.”



Bateu a porta e saiu. Chovia lá fora e seu pensamento voou longe junto com o vento da chuva. Onde estão os ritos hoje em dia e a experiência que lhes acompanhava? Sentou em baixo de uma marquise e olhou para o outro lado da rua, viu duas crianças em um pátio de uma casa brincando, uma delas com um carrinho e outra com uma boneca e uma casinha. A menina brincava de ser mamãe e o garoto imitava o pai dirigindo o carro com certeza, pensou.
A criança brinca [playing] com sua boneca e sua casinha de boneca e com isso representa - no sentido ritual - o que os adultos fazem, a criança brinca com seu carro de plástico e com isso representa o que o pai faz. Eles se identificam com o evento, não tanto mostrado figurativamente, mas de fato reproduzido na ação. Preparações para um mundo adulto. Mas e quando isso se perde? E quando a criança cresce e a experiência dá lugar ao contato com a realidade virtualizada, dos games de última geração, por exemplo, que ofertam uma vida não vivida? Uma morte da experiência !


Lembrou de um filme que viu, onde um soldado voltava do campo de batalha com um olhar aterrador e distante, talvez firmando no horizonte a cena que lhe deu passagem para a guerra: fogos, bandeiras e pessoas comemorando sua ida: ele é um herói – diziam - e vai para a guerra! Mas, o soldado quando retornou, voltou emudecido, não mais rico, porém mais pobre de experiências partilháveis do que antes. Qual o valor de todo nosso patrimônio cultural se a experiência não mais o vincula a nós? A experiência estava, talvez, apenas dormindo no coração do soldado, e ele precisava acordá-la. Mas, como?
Como artista, imaginou que talvez o mundo pudesse ser um playground se todas as coisas e situações pudessem rever sua parcela de ritual, de jogo-brincadeira, talvez houvesse uma alternativa. Sim, ainda havia jeito. Mas para isso, era necessário deixar de crer na arte de então. Seria necessário abandonar sua fé e cair na vida, lá onde a arte não está, lá onde o soldado falhou ! Lá onde a criança espalhou seus carrinhos e suas bonecas. Seria necessário uma arte tal como a vida.  A multidão está solitária, mesmo que os Impérios poderosos estejam a ruir.



O homem ao ver a chuva passar, voltou para casa e semanas depois abriu um restaurante chamado Food. Seus cozinheiros eram outros artistas que também,  haviam desistido do ofício de artistas. Seus caixas eram artistas da estética dialógica, seu balconista era um antigo artista da arte social, seu garçom era um neo realista e o contador era um antigo curador. Todos haviam desistido da arte como a conhecemos, preferiram a vida e algo não nomeado partilhado com o outro.  

. AGAMBEN, Giogio. Infância e história. Destruição da experiência e origem da história. Tradução Henrique Burigo. Belo Horizonte, editora UFMG, 2011.

. KEHL, Maria Rita. O tempo cão: a atualidade das depressões. - São Paulo: Boitempo, 2009.

. KAPROW, Alan. Essays on the blurring of art and life. Edited Jeff Kalley. Exapanded edition 2003

Projeto LAB VERDE seleciona cinco artistas para a residência artística na Amazônia


Projeto LAB VERDE seleciona cinco artistas para a residência artística na Amazônia

Labverde
Na foto, a intervenção de Lan Art Bleeding Trees, de Alfred Bradler, no parque natural de Habichtswald, Áustria (divulgação)
O meio ambiente como elemento fundamental do trabalho de arte é o conceito por trás do projeto LAB VERDE: Experimentações Artísticas na Amazônia. Idealizado pelo grupo Manifesta Arte e Cultura, o programa irá selecionar cinco artistas para a realização de intervenções na Reserva Florestal Adolpho Ducke, na cidade de Manaus. em sua primeira edição. A convocatória pública, disponível através do site www.labverde.com.br, tem inscrições gratuitas abertas até o dia 13 de abril.
Os artistas selecionados serão orientados por uma equipe de especialistas nas áreas de Biologia, Artes e Arquitetura, e receberão três mil reais para produção de obras, além de uma viagem a Manaus para um período de residência na Reserva Florestal. Além da experiência na Reserva, o programa irá realizar o seminário LAB VERDE: Interações entre Arte e Meio Ambiente, em parceria com a Universidade Federal do Amazonas, e fará a edição de uma catálogo, disponível para download.
Realizado pela Manifesta Arte e Cultura, o projeto é uma parceria com Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Prefeitura de Manaus e Museu da Amazônia (Musa), Casa de Cultura Digital, e patrocínio da Fundacao Nacional de Arte (Funarte), através do programa Rede Nacional Funarte de Artes Visuais.
Saiba mais: