quinta-feira, 29 de novembro de 2012

SENDAS: pontos e fugas da linguagem
Mário Faustino | Robert Stock




Lançamento da Plaquete A Meretriz Imaginária
Com poemas de Robert Stock traduzidos por Mário Faustino

Exposição: a Puta de Cristal - de Ney Ferraz Paiva
Palestra com o Prof. Denis Bezerra
Dia 27 de Novembro, às 19h, no IAP Instituto de Artes do Pará

Exposição: a Puta de Cristal - de Ney Ferraz Paiva
Palestra com o Prof. Adrin Figueiredo
Dia 01 de Dezembro, às 19h, na Casa da Linguagem - Fundação Curro Velho
 

Café Fotográfico: bate-papo entre Guy Veloso e Thyago Nogueira marca o lançamento da revista Zum em Belém


Café Fotográfico: bate-papo entre Guy Veloso e Thyago Nogueira marca o lançamento da revista Zum em Belém

Encontro será realizado no dia 1º de dezembro, às 19h, no auditório do CCBEU, para apresentar o novo número da revista após conversa entre o fotógrafo paraense e o editor da publicação.



Belém, 27 de novembro de 2012 - O terceiro número da ZUM, revista de fotografia contemporânea do Instituto Moreira Salles, chega às livrarias de todo o Brasil e terá lançamento em Belém no dia 1º de dezembro, às 19h, no auditório do Museu de Artes do Centro Cultural Brasil Estados Unidos (MABEU).

O momento marcará o último Café Fotográfico promovido pela Associação Fotoativa em 2012, que trará o diálogo entre o editor da revista, Thyago Nogueira, e o fotógrafo Guy Veloso, autor do ensaio “A fé na encruzilhada” na nova publicação.Há dez anos, Guy Veloso percorre o país para identificar e documentar os grupos de penitentes que mantêm viva essa tradição secular. O trabalho culminou na composição de um arquivo com cerca de 10 mil slides, do qual a ZUM pinçou as tiras de filmes que aparecem em sua mais recente edição.

Acompanhadas de uma análise feita por José de Souza Martins, fotógrafo e professor de sociologia da Universidade de São Paulo, as fotos registram o movimento de fé e misticismo que se repetem no Brasil durante a Semana Santa e o Dia de Finados. Esses grupos laicos fazem rituais em cemitérios, encruzilhadas, e às vezes praticam autoflagelação, que só termina quando suas roupas estão totalmente tingidas de sangue.

Mais sobre a ZUM #3:

A revista semestral do IMS publica também o ensaio Transposição, obra mais recente do fotógrafo Caio Reisewitz, que é resultado de viagens feitas em 2012 pelo sertão brasileiro. Ao invés da exuberância do trópico que se vê em seus trabalhos anteriores, as fotos da nova série mostram uma terra ressequida, estéril, poucas vezes atravessada pela água.

ZUM#3 traz ainda imagens raras do último trabalho de Geraldo de Barros (1923-1998), um dos maiores artistas brasileiros. Antes de morrer, o fotógrafo investiu com tesoura e fita adesiva sobre imagens de família esquecidas em caixas de sapatos e desafiou os clichês da fotografia com imagens surpreendentes, construídas sobre lâminas de vidro. A série Sobras refuta a idéia de instante decisivo e nos faz refletir sobre o espaço e o tempo usando imagens antigas, quase todas feitas durante uma viagem de férias com a família. Menos conhecidas que as Fotoformas – série que o consagrou como um dos grandes fotógrafos brasileiros –, as Sobras são as jóias finais de uma carreira em que não faltam talento e ousadia. As imagens desta edição, incluindo a capa da revista, são inéditas e fazem parte do arquivo da família Barros mantido na Suíça. O comentário que acompanha as belíssimas imagens é do jornalista Antonio Gonçalves Filho, que compara Geraldo a mestres como Henri Matisse e Andrei Tarkóvski.

Enviado pela ZUM à Brasília para destrinchar o arquivo fotográfico do Serviço Nacional de Informações (SNI) – órgão de segurança da ditadura –, o repórter Plinio Fraga faz uma descoberta: das 15 mil fotos recém-liberadas para consulta pela nova Lei de Acesso à Informação, em vigor desde julho deste ano, pelo menos três provam que crianças foram fichadas como subversivas e terroristas pela ditadura e enviadas ao exílio.

A americana Francesca Woodman (1958-1981), por sua vez, suicidou-se aos 22 anos, depois de produzir centenas de autorretratos preto-e-brancos em que aparece nua e antes de gozar da fama que se lançou sobre sua obra. Quem faz um perfil completo da fotógrafa é o jornalista Arthur Lubow, colaborador de publicações como o jornal The New York Times e a revista The New Yorker. “Ainda que a fotografia de moda tenha servido de inspiração a Woodman, seu trabalho se afasta do gênero pelo senso de urgência e pela autodramatização”. Bombástico e despudorado, o trabalho de Woodman foi objeto de uma grande retrospectiva recente no Museu Guggenheim (Nova York) e de uma pequena mostra na galeria Mendes Wood (São Paulo).

Pouco conhecido no Brasil, o italiano Luigi Ghirri (1943-1992) é daqueles artistas raros e formidáveis que, uma vez descobertos, são capazes de mudar nossa visão do mundo. ZUM publica um portfólio que evidencia a visão original do fotógrafo, responsável por unir, na fotografia em cores, a elegância da composição italiana ao improviso do cinema neorrealista. Ghirri reinventou a paisagem italiana e foi tão prolífico em fotos quanto em texto sobre fotografia. Nesta edição, ZUM publica o ensaio Kodachrome, escrito pelo fotógrafo, que afirma que “não me interessam: as imagens e os instantes decisivos, o estudo e a análise da linguagem como fim e si mesmo, a estética, o conceito ou a idéia totalizante, a emoção do poeta, a citação culta, a busca de um novo credo estético, o uso de um estilo. “Meu compromisso é ver com clareza”. A revista do IMS traz também um artigo da professora italiana Marina Spunta sobre as diversas influências do fotógrafo, que vão de Michelangelo Antonioni a Bob Dylan.

Criado no fotojornalismo de Joanesburgo, Santu Mofokeng é autor de uma obra profundamente original e um dos mestres da fotografia sul-africana. Nesta edição, ele apresenta o ensaio Perseguindo sombras e discute, em entrevista com a historiadora da arte Tamar Garb, o papel dos negros na fotografia, pondo em xeque a ideia de documentário social. 

A propriedade da terra, a marginalização econômica e a espiritualidade são alguns dos grãos políticos que formam seu trabalho mais recente, apresentado por Jyoti Mistry, professora da Escola de Artes da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo.

Em 1931, August Sander (1876-1964) foi ao rádio para saudar o poder de comunicação da fotografia. Uma década depois, em plena guerra, o fotógrafo alemão seria perseguido e um lote de seu arquivo, destruído. Em homenagem a um dos maiores retratistas do século XX, ZUM publica a tradução inédita de uma rara palestra que Sander proferiu na rádio para demonstrar seu otimismo em relação à fotografia. As ideias que expõe são cruciais para entender sua obra máxima, Os homens do século XX, composta de mais de seiscentas imagens e atualmente exposta na 30ª Bienal de Arte de São Paulo.

A revista de fotografia do IMS também publica imagens dos arquivos do Grupo Atlas, criado pelo artista libanês Walid Raad para documentar e discutir a história contemporânea de seu país, com ênfase nas guerras civis de 1975 a 1990. Raad encontrou ou criou documentos sonoros, visuais e escritos que lançam perguntas sobre como a história é produzida. O texto de apresentação do Grupo Atlas é do curador e professor da Universidade de Lisboa Sergio Mah. Os conflitos que agora se espraiam pelo país dão a esse trabalho uma importância tragicamente atual.

A jornalista Dorrit Harazim narra a vida de um professor americano que mudou a história ao cruzar com duas fotografias: depois de ver a imagem de um linchamento em Indiana, Abel Meeropol escreveu a canção “Strange Fruit”, eternizada pela voz de Billie Holiday; a partir da fotografia dos órfãos de um casal de espiões condenados à morte, o poeta-compositor construiu uma família.

O fotógrafo e professor americano Stephen Shore dá um aula sobre forma e conteúdo na fotografia a partir de suas imagens clássicas. “A forma – a estrutura – não é um requinte estético aplicado ao conteúdo. Não é uma calda artística que se derrama sobre o conteúdo. É uma expressão do entendimento”, afirma.
Eduardo Climachauska é artista plástico, cineasta e compositor. Nas 16 imagens publicadas na ZUM, com comentário do crítico de arte Rodrigo Naves, Clima, como é chamado, revela, entre a luz e a sombra, a vida oculta dos cães de rua. “Contrapostos a bueiros, a uma fogueira miúda ou a uma carroça de catador de papéis, os cachorros recebem uma qualificação desses objetos cotidianos associados aos refugos. Ou então espelham uns aos outros, como a impedir que sua imagem desse margem a outros significados ou metáforas”, analisa Naves.

Por fim, o fotógrafo Tuca Vieira conta a história de uma fotografia de sua autoria que se libertou do autor, ganhou o mundo e foi parar no Facebook, onde provocou milhares de comentários de todos os tipos e procedências. A foto da favela de Paraisópolis foi feita em São Paulo, há cerca de dez anos.

Serviço:
Data: 01.12.2012 | Hora: 19h | Local: AUDITÓRIO DO CCBEU – Travessa Padre Eutíquio, 1309, Batista Campos. Belém – Pará | Entrada franca

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KAMARA KÓ APRESENTA A MOSTRA ‘COLETIVA DE DEZEMBRO’

KAMARA KÓ APRESENTA A MOSTRA ‘COLETIVA DE DEZEMBRO’
 Abertura especial do evento será nos dias 1 e 2 de dezembro




O calendário de mostras da Kamara Kó de 2012 encerra em meio a uma feira de arte, pensada para celebrar o encontro da produção dos artistas que compõe o elenco da galeria e aproximar as obras do público. Nos próximos dias 1 e 2, as portas se abrem para a Coletiva de Dezembro, um convite para quem deseja conhecer a atual produção do áudio-visual paraense em sua multiplicidade – e adquiri-las a um preço acessível.
Estarão à venda obras avulsas de fotógrafos como Miguel Chikaoka, que em 2012 experimentou um ano de reconhecimento nacional com o Prêmio Brasil de Fotografia, onde foi o artista homenageado, além de receber a Ordem do Mérito Cultural, o maior prêmio na área cultural concedido pelo governo federal.
Flávya Mutran expõe fotografias das séries “There’s No Place Like 127.0.0.1” (2009/2010) e “Egoshot” (2010), frutos das experiências da artista com o mundo virtual, onde a matéria-prima para as obras foram imagens privadas de usuários publicadas nas redes sociais e também vídeos de Youtube .

Ionaldo Rodrigues integra a coletiva com obras das séries “Carbono 14” e “polígono, nuvem”, ambas de 2012, e as fotografias “Barco” e “Gelo”, de 2007. A artista visual Danielle Fonseca compõe a exposição com as obras “Caixas-de-Correspondências”, da série “Rumo ao Farol” (2007/2011), e “Pequeno Homero no Rancho Não Posso Me Amofiná”, da série “Mar Absoluto/Retrato Natural” (2010). De Alexandre Sequeira, a mostra exibe imagens de série produzida em 2008, no interior do Pará.  De Pedro Cunha, “Urbana Íris”. Edney Martins expõe “landscape 1”. A “Coletiva de Dezembro” traz ainda obras de Octávio Cardoso, Guy Veloso, Keyla Sobral, Cláudia Leão, Anita Lima, Roberta Carvalho e Roberto Menezes.

Essa exposição conta com os benefícios da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e ao Esporte Amador Tó Teixeira e Guilherme Paraense, com o patrocínio da BLB Eletrônica.

Sobre a Kamara Kó
A Kamara Kó nasceu no ano de 1991, em Belém (PA), como uma agência de fotografias e vem colaborando na construção de novas possibilidades de desenvolvimento da diversificada e bem conceituada produção fotográfica da região.

Depois de vinte anos de trajetória, o projeto se desdobrou com a criação da Kamara Kó Galeria, espaço expositivo de difusão, fruição e interlocução na aquisição de obras artísticas, dedicado a colaborar com o crescimento da produção artística local, que transita entre importantes obras visuais no mercado das artes mundo afora.

No acervo da Kamara Kó Galeria estão obras de representantes da nova e promissora safra da fotografia paraense e de renomados fotógrafos e artistas visuais paraenses contemporâneos, que têm participações em editais, coletivas e salões em diversas cidades brasileiras e também marcam presença em vários países da America Latina, na Europa, nos EUA, Japão, China e em coleções importantes como Pirelli/MASP - Museu de Arte de São Paulo (SP), FNAC (SP), Instituto Itaú Cultural (SP) e Joaquim Paiva de Fotografia Contemporânea Brasileira/ Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (RJ).


SERVIÇO
Abertura da Mostra “Coletiva de Dezembro”, na Kamara Kó Galeria (Travessa Frutuoso Guimarães , 611, Campina), dias 1º e 2 de dezembro, de 10h às 17h.Visitação de 4 a 22 de dezembro, de 15h às 19h, (terça a sexta), e de 10h às 13h (sábados). A exposição é uma realização da Kamara Kó Galeria, com patrocínio da BLB Eletrônica, apoio institucional da Lei Tó Teixeira e Guilherme Paraense, FUMBEL e Prefeitura de Belém. Entrada franca. Informações e agendamentos: 91.32614809 | 91.32614240 kamarakogaleria@gmail.com | www.kamarakogaleria.com


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O humor ácido de Ben 6835


Usando um humor ácido, o ilustrador Ben 6835 faz ilustrações trágico-cômicas. Personagens queridinhos do público são assassinados por seus fiéis companheiros e suicídios são apenas algumas das situações ilustradas por Ben. Snoopy, o coelho de Alice e Mario não têm o final feliz que teriam se não tivessem sido ilustrados por Ben.

Fonte: http://zupi.com.br/o-humor-acido-de-ben-6835/

















terça-feira, 27 de novembro de 2012

Seminário CONVERSAÇÕES 1 - olhares sobre a amazônia


Rumo ao Norte - Belém/PA: Grupo Maria Cutia (MG)



Rumo ao Norte - Belém/PA
29 de novembro a 02 de dezembro de 2012

30/11/12, sexta – Anfiteatro da Praça da República, 20h
Espetáculo: Concerto em Ré
Um espetáculo cênico-musical de palhaços, com uma banda de rock que toca canções autorais em um show de trás pra frente.                                                              

01/12/12, sábado – Anfiteatro da Praça do Carmo, 20h
Espetáculo: Como a gente gosta
Uma Comédia Musical livremente inspirada em “as you like it”, de William Shakespeare.

02/12/12, domingo – Horto Municipal, 10h
Espetáculo: Na roda
Espetáculo brincante, com canções e histórias colhidas no Vale do Jequitinhonha e norte de Minas.

Informações: (91) 8177.7504 (tim) / 8896.2792 (oi) produtorescriativos@gmail.com

 APOIO:
Governo do Estado do Pará http://www.pa.gov.br/
Fundação Curro Velho www.currovelho.pa.gov.br
Hotel Hilton Belém www.hiltonbelem.com.br/
MM Produções
Palhaços Trovadores
Funbel
Horto Municipal,
Fórum Landi

Agradecimentos: Restaurante K Delícias, Casa das Frutas

Circuito das Artes IAP 2012: Ifigênia e o Duplo Caminho

Instituto de Artes do Pará, IAP, lança o seu Circuito das Artes 2012. Resultado das bolsas de experimentação e pesquisa deste ano, 30 artistas desenvolveram, durante seis meses, seus projetos premiados pelo único Instituto no gênero, no Norte e Nordeste, a instituir bolsas de pesquisa para os artistas Paraenses. Neste ano, 133 projetos foram inscritos para concorrerem ao edital lançado em abril deste ano. Artistas de Santarém, Marabá, Ananindeua e Belém, tiveram suas obras avaliadas por uma banca de notáveis, que com total desconhecimento dos candidatos, selecionaram 30 trabalhos nas diferentes linguagens das Artes Cênicas e Musicais, Plásticas e Visuais e Literárias e expressão de Identidades.


Com o projeto, IFIGÊNIA E O DUPLO CAMINHO, Maria Christina, Fotógrafa, jornalista, produtora e pesquisadora independente, é uma das contempladas que participa do Circuito 2012. Começou a fotografar profissionalmente em 1988 a partir de oficina na Associação FotoAtiva com Miguel Chikaoka.
Fez cursos e participou de oficinas com Claudio Feijó, Annateresa Fabris, Clóvis Loureiro Jr., Ivan Lima, Cristina Freire. Desenvolve pesquisa sobre fotografia paraense e realizou palestras sobre esse tema na Torre Malakoff em 2000 (Recife, PE), no Conservatório Carlos Gomes em 2001 (Belém, PA), no Instituto de Artes do Pará em 2007 (Belém, PA), e na Galeria VU em Québec, Canadá, 2008. 
Realizou três exposições individuais e participou de mostras e eventos coletivos, destacando as mais recentes: Amazônia lugar da experiência, Museu da Ufpa (PA, 2012), Amazônia a arte, Museu Vale (ES e MG, 2010), Fotoativa Pará_Cartografias Contemporâneas (SP, 2009), Ifigênia na sala dos passos perdidos (PA, 2008), Contigüidades: dos anos 1970 aos anos 2000 (PA, 2008) e Salão Arte Pará (artista convidada, PA, 2008). Realizou residência artística em fotografia, no CENTRE VU, Cooperative Meduse (Canadá, 2008).Em 2010, foi contemplada com o Prêmio Banco da Amazônia de Artes Visuais (PA), quando realizou a exposição “Álbum de Família e outras histórias”, e com a Bolsa Funarte de Estímulo à Criação Artística em Artes Visuais, do Ministério da Cultura, com o projeto “Carta para Alice ou o nome da cidade”.
Sua obra  propõe uma visão noturna sobre a cidade, sua concretude e os elementos humanos, os percursos a serem feitos, o ir e vir. Ifigênia caminha na cidade, em um plano chapado dos chãos e paredes, projetadas em sombras e transitando em outra dimensão entre o real e o que se vê. O resultado da Bolsa de Experimentação e Pesquisa em Fotografia do Instituto de Artes do Pará, teve todas as imagens feitas com câmeras fotográficas acopladas em celulares, como teste de imagem, e de possibilidades técnicas. O ambiente, um site specific, é um convite para se deixarem levar pelas vielas, praças, ruas diversas; um passeio pelas imagens sugeridas pela noite. A exposição será no Laboratório das Artes da Casa das 11 Janelas e o vernissage será dia 19 de dezembro às 19h.

Maria Christina nos fala um pouco mais sobre este trabalho:
Quem é a Ifigênia?
- Meu alter ego, vc e qualquer um que se disponha a penetrar no trabalho e transitar pelos lugares sugeridos, propostos, como forma a se deixar envolver por outra ideia, ver com outros olhos, e diferente de aceitar uma opinião de outrem, colher mais dados para dialogar com a (sua) própria opinião. 

O que ela pensa dos 400 anos de Belém?
-  Ela deseja uma Belém mais pacífica, e não só no sentido de segurança para todos, mas no sentido de co-existência: que seja em paz com a água, com a sua história e arquitetura, e portanto de muito respeito com a memória desse lugar - é de fundamental importância a manutenção desses símbolos a nos lembrar e remeter à nossa própria identidade.

Esse trabalho não deixa de ser um presente à cidade, que caminha para se tornar uma senhora quatrocentona.

Como a Ifigênia nasceu?
    - Foi gerada durante anos, quase sem perceber, com a observação sobre o mundo e as coisas. E no início da década de 1990 ela desabrochou feito uma flor, pronta para a caminhada de mais buscas, mas aí já tinha uma cara, uma personalidade (que é dinâmica, muda, repensa o entorno e se recoloca, e nunca desiste...). Ela reúne uma série de conceitos que eu quero trabalhar, e não foi por acaso eu ter escolhido, como nome do meu projeto de pesquisa, uma figura mitológica e feminina, porque o universo feminino é misterioso, sedutor e instigante. 

A fotografia é o mundo da Ifigênia?
-  Ifigênia usa a fotografia como um recurso, nada mais. Ela transita por muitos outros meios, como a palavra por exemplo, fonte muitas vezes de inspiração. O mundo todo é passível de ser decodificado ou redimensionado para dar vida e forma a uma ideia para ela se expressar...

Nesta edição o Circuito das Artes IAP 2012 acontece no Espaço Mocoronga em Santarém, Fundação Cultural de Marabá, Sede do Instituto de Artes do Pará em Belém, Casa das 11 janelas. O período será de 04.12.2012 a 09.01.2013.

Serviço:
Circuito das Artes 2012 Instituto de Artes do Pará
Local: Casa das Onze Janelas.
Data: 19.12.2012 a 09.01.2013
Horário: 10h as 19h


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Jeferson Medeiros
Assessoria de Comunicação
Telefones: 4006-2918/ 8352-2524
E-mail: iapcomunicacao@gmail.com
Site: www.iap.pa.gov.br
Twitter: @iap_pa

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

http://www.elcultural.es/blogs_comentario/Y_tu_que_lo_veas/20/34657/Activismo_artistico_on_line

http://www.elcultural.es/blogs_comentario/Y_tu_que_lo_veas/20/34657/Activismo_artistico_on_line


''Dois Dias em Paris'' no Cine Libero



Projeto Plano Sequência apresenta ''Ciclo de Filmes Atuais Sobre o Amor e Seus Dramas''.

De 22 a 24 de novembro, quinta a sábado, às 19h, na Fonoteca Satyro de Mello, 4º andar da Fcptn (Centur). Entrada Franca. Os ingressos deverão ser retirados uma hora antes da sessão na bilheteria do Cine Líbero Luxardo.

''Dois Dias em Paris'', de Julie Delpy.
(2 Days in Paris, , FR/ALM, 2007, 96')

Sinopse: Marion (Julie Delpy) e Jack (Adam Goldberg) formam um estressado casal, que vive em Nova York. Eles tentam recuperar o relacionamento viajando para Paris, a cidade-natal de Marion. Porém Jack enfrenta problemas, já que os pais dela nada falam de inglês e Marion volta e meia reencontra antigos namorados.


Realização: Governo do Pará e Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves

Entrevista: Victor De La Rocque


Victor De La Rocque é artista paraense e despontou no cenário artístico de Belém em meados de 2000, seguindo junto a uma geração de novos artistas visuais locais. Performer influenciado pelo teatro, por Marina Abramovic, David Bowie entre outros, utiliza o vídeo e a fotografia como dispositivos de registro para desenvolver suas proposições. Participou de diversas exposições dentro e fora do Brasil, tais como: Caos e efeito (itaú cultural, 2011) / Festival Performance Arte Brasil (MAM Rio de Janeiro, 2011) / Landscape Bodies (IKRA Dance and Performance Art Festival, Haparanda/ Tornio, Suécia). Nessa entrevista Victor conversou um pouco conosco entre cigarros e cervejas, falou sobre seu processo de criação e parcerias artísticas.  




1- Quem é Victor De La Rocque?

Cara, assim... Eu não sou. Eu estou. Estou sempre em construção. Não consigo me definir. No hoje, sou um artista que anseia, que busca, que incendeia. Um cara que gosta de ler muito, e é viciado em cigarros, sorine e água perrier.



2- Como e quando a ARTE se tornou parte da tua vida?


Poxa, desde pequeno eu sempre estive envolto nisso, eu ia na casa do meu avô, ele sempre escutando os vinis do Caetano, Gilberto Gil, Gal, Mutantes; meu avô lê muito, até hoje, ele me emprestava sempre algum vinil, e eu acho que fui me construindo ali. 



Just in time. Portugal 2012
3- Por que Arte?

Boa pergunta. Não sei. Tudo que eu gostava se relacionava com isso. Passava por isso. se entrecruzava com isso. Às vezes, eu corro-fujo-escondo querendo me bandear por outros caminhos, mas sempre me deparo com a arte. Então, não reluto mais. 



A banheira. Victor De La Rocque e Luciana Magno. Belém, 2007
4- No inicio de tua carreira fizestes alguns trabalhos com a Luciana Magno. Fala um pouco de como era essa produção.

Pô, Luciana é minha parceira. Temos uma afinidade/cumplicidade. Sempre trocamos. Sempre nos estendemos até mais tarde em nossas conversas. Brindamos à Lygia Clark, Hélio Oiticica, entre outros. Somos cúmplices na vida e na arte. Trabalhar com Luciana é sinônimo de intensidade. De entrega. Do visceral. 
Estamos pensando em alguns outros trabalhos juntos. Mas, ainda não posso falar sobre isso. Fizemos alguns produções em parceria agora em Londres, depois serão expostos por aqui. Daqui a pouco vocês vão ver. (pausa para outro cigarro). 



Just in time. Portugal 2012
5- O que tens lido, visto e ouvido. Podes nos falar um pouco das tuas influências?

Bicho, tenho lido bastante. Mas, um livro que não está saindo de perto de mim é um do James Joyce. Retrato do Artista Quando Jovem. Já leu? Que incrível, não?! Como alguém pode passar pela vida, sem ler James Joyce? Alguns filmes do Aleksandr Sokurov tem feito também minha cabeça, como “o Pai e Filho”. E claro, claro, escuto muita música, Bob Dylan, Bjork, Velvet Underground, músicas francesas entre outras. 

6- Vez por outra, tens produzido festas na noite de Belém, fala um pouco de como rola essa tua outra faceta.

Verdade, eu gosto da noite. Daí meus amigos me chamaram para tocar em algumas festas (começou assim), e depois já estávamos produzindo outras festas. Não é uma coisa que eu me envolvo. É pra rolar de maneira despretensiosa mesmo, sem querer virar empresário da noite, essas coisas. É mais para curtir mesmo. Mas, são bem legais. Passem por lá qualquer dia.



O senhor é meu pastor e nada me faltará. PA. 2011

7- Quais são tuas principais referências artísticas?

Referências artísticas...putz, são tantas: Marina Abramovic, Beuys, Bas Jan Ader, Tinho, Shima, Oriana Duarte, Edson Barrus, David Bowie .


O senhor é meu pastor e nada me faltará. Salão Arte Pará 2012
8- Dentro da tua produção (seja processo ou produto final), veiculada nos últimos anos, o que mais te agradou, seja pela polêmica gerada e/ou pelo status recebido?

O Gallus Sapiens, todo o projeto, aquela performance em que eu entro num cone para abater galinhas - gosto muito desse trabalho em especial. 


9. Deixando de lado questões ambientais, há vários processos do “Gallus Sapiens” onde uma relação autoritária envolve esse homem que manipula as galinhas, como enxergas tua relação com esses animais?

Meu, isso é um projeto artístico ! Não tenho esse negócio de maltratar os animais, apenas é uma questão artística. O meu fazer artístico. Esse negócio é pudor demais. Tanta coisa acontecendo, tanta miséria, tanta violência, e só tem a campanha para não maltratar os animais, aff ! É uma questão maior- estamos falando de arte.


Gallus sapiens. Brasília





Gallus sapiens. Brasília. 





















10- Quais são os projetos atuais e quais são os projetos ainda não realizados?

Tem um trabalho que dedico ao cineasta Apichatpong Weerasethakul. Que gosto muito. Vou divulgar aqui, algumas fotos, alguns vídeos também. E como sempre estou em construção, sempre estou produzindo, muitos projetos estão vindo por ai. 

11- Como tu enxergas/lês o circuito de arte da cidade de Belém? Quais os meios de inserção neste circuito e como ele se constitui?

Pô cara, acho que tem crescido, não tanto quanto gostaria, mas tem crescido. Com os novos salões, novas galerias, e claro, iniciativas individuais. Novos coletivos surgindo ai, tem a galera do Gotaz também, a revista Não-Lugar, o Atelier do Porto, tem muita coisa boa. Belém tem artistas incríveis, o Norte tem se destacado incrivelmente, tem uma efervescência no ar. (pausa final pra uma Heinekken gelada + cigarros).

Agradecimentos: Luciana Magno (responsável pela elaboração de algumas perguntas)

Mais informações: http://vimeo.com/user4684642



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Fotoativa encerrará 2012 com duas oficinas


Fotoativa encerrará 2012 com duas oficinas

Acervo: Miguel Chikaoka
Belém, 20 de novembro de 2012 - Quem tem câmera digital e quer manuseá-la com mais eficiência, aprendendo mais sobre fotografia e melhorando o desempenho ao usá-la, ou os que já conhecem do assunto e querem tratar e armazenar fotos pelo programa “Lightroom” já podem procurar a Associação Fotoativa, para se inscrever nas duas últimas oficinas deste ano.
Sob a orientação dos fotoativistas Valério Silveira e Roberto Malato, respectivamente, os cursos “Iniciação à fotografia digital” e “Lightroom: Descobrindo para Fotografar” iniciarão no dia 04 de dezembro, com frequência semanal, das 19h30 às 21h30, no casarão da Associação Fotoativa, na Praça das Mercês, número 19.
Iniciação à fotografia digital – Com 15 vagas para ajudar os participantes a reconhecerem e usarem melhor os dispositivos de controle das câmeras fotográficas digitais, esta oficina compreende dez unidades básicas, que vão do entendimento do processo fotográfico a partir do registro da luz e das principais funções da câmera, como o controle da luminosidade, o ajustamento do foco e de filtros, à própria experiência prática de fotografar, que inclui conhecer o local e identificar os planos possíveis o registro da imagem, por exemplo.
Seu ministrante, o fotógrafo Valério Silveira, é também arte-educador, mestrando em Artes pela Universidade Federal do Pará e professor das redes pública e privada de ensino.
A única condição para participar do curso é que o participante leve a própria câmera fotográfica digital.


Lightroom: Descobrindo para Fotografar” - Lightoroom é um software desenvolvido para que fotógrafos profissionais ou amadores com experiência importem, processem, gerenciem e exibam grandes volumes de fotos digitais de forma mais organizada e eficiente. Com o programa, é possível não apenas classificar as imagens para facilitar a busca, mas também aperfeiçoá-las para a impressão ou outros usos.
Para aprender sobre o programa, mas de forma articulada com o fazer fotográfico, a oficina compreenderá 10 participantes, tendo como requisito único que eles levem o próprio notebook.
Seu ministrante será o fotógrafo Roberto Malato, fotoativista com expertise nessa área tecnológica.

Inscrições – As inscrições podem ser feitas na secretaria da Associação Fotoativa. Para saber mais, entre em contato pelo número (91) 3225-2754, escreva ao email a.fotoativa@gmail.com ou consulte www.fotoativa.org.br.


Entrevistas e imagens disponíveis na Associação Fotoativa.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

32 anos da Debret Galeria de Arte

Email recebido pelo caríssimo Ruma

Caros Amigos,

Debret Galeria de Arte, ao completar 32 anos de existência, realiza a Exposição PAIXÃO DA ARTE, com vernissage no dia 22 de novembro de 2012, às 20 horas.
Como de costume homenageia o seu fundador, o artista plástico Pinto guimarães, cuja obra "Canto de Rua", 1963, ilustra o convite.
Além dos virtuoses acadêmicos A. Balloni, Arthur Frazão, Leônidas Monte, Manoel Pastana, e R. Peixe, serão mostrados artistas contemporâneos como Aderbal Melo, Corrêa, Dina Oliveira, Elieni Tenório, George Venturieri, Geraldo Teixeira, Marcone Moreira, Nina Matos, Ruma de Albuquerque e Waldir Sarubbi.
A Debret Galeria de Arte fica na Arcipreste Manoel Teodoro, 630, Batista Campos, Belém - Pará. Tels.: (91) 3222-4046 e 3252-0493. Contato com Dióris Guimarães.
Visitação: 15 às 19 horas, de segunda a sexta.
Confira essa possibilidade de pluralidade nas artes visuais que a Debret Galeria de Arte está propondo.
Abraço,
RUMA - Rui Mario Albuquerque



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

DANÇA: "duas ilhas" na Galeria Theodoro Braga

A Galeria Theodoro Braga convida para a apresentação "duas ilhas" - Kandyê Medina e Julia Salaroli
Local: Sala de Oficinas da Galeria Theodoro Braga
Dias: 21, 22 e 23 de novembro, Às 19h
Dia 24 de novembro (sábado) às 9h da manhã com apresentação e oficina.

Inscrições GRATIS  -  LOTAÇÃO: 20 PESSOAS POR APRESENTAÇÃO


"duas ilhas" é uma peça de dança contemporânea em diálogo com as linguagens da música contemporânea e eletroacústica e da vídeoinstalação. A peça foi criada durante uma residência artística realizada em Alter do Chão, Santarém- PA, onde a artista Kandyê Medina convidou antigos parceiros de trabalho do Estado de São Paulo e Espírito Santo para colaborarem em sua pesquisa. 


A pesquisa partiu da investigação das possibilidades de comunicação que acontecem através de linguagens não verbais utilizando elementos como sons, cores, texturas e movimentos, observados no ambiente e no nosso próprio corpo, compondo diferentes espaços, propondo diferentes leituras.



A peça é ao mesmo tempo uma instalação sonora e de vídeo, utilizando-se também de materiais plásticos naturais: areia, terra, pedras e folhas secas.

A presença da imagem videográfica se dá como porta ao mundo exterior, contribuindo para a produção de ambientes ativos que interagem com os corpos das performers, ao mesmo tempo que propõe diferentes perspectivas sobre esses corpo.

A composição sonora parte dos sons produzidos pelos corpos das intérpretes e pelos ambientes que as mesmas utilizaram durante a pesquisa coreográfica como: mar, areia, rio, folhas secas, pedras etc. O som é um corpo ativo que participa da ação cênica, ele é uma ação em si, um elemento da comunicação. 

ficha técnica

Direção, produção e comunicação: Kandyê Medina 
Performance: Julia Salaroli e Kandyê Medina
Difusão sonora ao vivo: Henrique Iwao 
Instalação de vídeo: Katxerê Medina e Oscar Svanelid
colaboração: Julia Giannette 


terça-feira, 13 de novembro de 2012

New....

Você sabe o que é New Aesthetic? Então dá uma lida nesse texto em inglÊs aí embaixo:


My take on the New Aesthetic? On immediate reflection I’d say “good job” and “go easy on the drones”. But inevitably there is the jaded voice in the back of my head wanting to snarkily ask, “What took you so long?” Not “you” as in the particular group of people who curate and promote the New Aesthetic meme, but “you” as in (Western) society at large, the technology-addicted masses who want their Facebook (MTV, not so much) and smartphone bliss, yet manage to be continually surprised by the not-always-pleasant byproducts of their addiction.
There really is no excuse for being technoculture illiterate if you’re under 40 and living in the Western world. You can plead ignorance of the technological specifics, but not of the cultural effects produced by the gadgets and interfaces that have invaded your life. Technology is not something that happens to other people, nor can you escape it by hiding out in “the humanities.” To be human is to be technological.
Lacking a ubiquitous and intuitive understanding of the complex interactions between technology and human culture, sources like the New Aesthetic (NA) become golden. NA is an attempt at diagnosis of the most recent mutations of the human condition, a difficult task best attacked obliquely and from the flank, with subtle observations rather than head on with manifestos (which are not very New Aesthetic, by the way).


NA is part meme, part techno-ethnography and part Tumblr serendipity. Its art is juxtaposition: If we put this next to that and this other thing, surely a new understanding will emerge. And you know what? It works surprisingly well. Whether that success is the product of brilliant curation or the result of feverishly sign-deciphering minds scanning image after image for clues that might not be there is academic. If it works, it works.