quarta-feira, 28 de março de 2012

Abertura do III Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia


Montagem da exposição na Casa das Onze Janelas. Foto: Irene Almeida.

Abertura da mostra Memórias da Imagem, com selecionados e premiados do III Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, hoje, 28 de março, às 19h, no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. Entrada franca.

Foram quase 300 inscrições vindas de 18 estados e de mais de 40 cidades do país. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, lançado em 2010, chega à sua terceira edição consolidando-se como um grande painel da nova fotografia brasileira. A abertura da mostra, reunindo obras de três artistas premiados e mais vinte selecionados é hoje, 28 de março, a partir das 19h, na Casa das Onze Janelas.


O Prêmio Memórias da Imagem, tema do projeto este ano, ficou com o Coletivo Garapa, de São Paulo. A fotógrafa paulista Ilana Lichtenstein foi contemplada com o Prêmio Diário Contemporâneo e o paraense Lucas Gouvêa, arrebatou o Prêmio Diário do Pará. Eles estarão presentes na cerimônia de abertura, quando receberão prêmios no valor de R$10.000,00, cada.

O Coletivo Garapa apresenta o projeto “Morar”, ensaio visual sobre dois prédios emblemáticos da capital paulista que reflete sobre o tempo da metrópole; Ilana Lichtenstein traz a série “Uma e outra erupção”, que sugere ao observador um percurso de busca íntima; e Lucas Gouvêa exibe o vídeo-fotografia “Spinario”, uma reflexão dialética lançando mão da fotografia e da performance (leia mais sobre os trabalhos vencedores aqui no site).

Artistas participam da abertura - Além dos premiados, estão em Belém fotógrafos e artistas visuais que tiveram obras selecionadas para a exposição. Patrícia Gouvêa e Isabel Löfgren, por exemplo apresentam duas obras, “Rotas de Fuga” e “Lécture sur L’herbe”. A segunda é formada por uma instalação com vídeo e uma fotografia e Rotas é um vídeo em 3 canais.

“Nestes dois trabalhos, realizamos ações efêmeras que reconfiguram o uso do Jardim da República, no Rio de Janeiro, como local de passagem ou de repouso pelos freqüentadores. Ora carregamos e trocamos de mãos uma mala antiga pelas aléias dos jardins, ora permutamos livros retirados desta mesma mala sobre o gramado. A mala é outro elemento importante neste projeto, um receptáculo de memórias, desejos e referências”, explica Patrícia, que está em Belém. Formada em produção editorial pela ECO-RJ, especialista em fotografia pela UCAM/RJ ela é Mestre em Tecnologias da Imagem e Estética da Imagem, e fundadora-diretora do Ateliê de Imagens Espaço Cultural (RJ), onde está em cartaz a exposição Symbioses, da artista visual paraense Roberta Carvalho, premiada no ano passado pelo salão.

Pedro Hurpia, que também estará na abertura, é Bacharel em Artes Visuais pela Unicamp e com diversos prêmios recebidos em mostras e salões paulistas. “Esta instalação que estou apresentando no Diário Contemporâneo, consiste num resultado de um projeto desenvolvido no programa de residência artística do SÌM – Samband Íslenskra Myndlistarmanna – em Reykjavík, Islândia”.

O artista realizou, durante um mês, um conjunto de imagens na região portuária da capital islandesa e para esta montagem selecionou doze fotografias e sete pinturas que fazem parte desta instalação. “A especificidade da memória embutida no suporte pictórico, em contraponto com a da imagem fotográfica, foi o ponto de partida para este projeto intitulado Harbour View”, diz.

Mais – Outra artista que chegou a Belém para participar da abertura da mostra é Roberta Dabdab, que iniciou a carreira como assistente de fotografia, trabalhando para os principais fotógrafos de moda e publicidade atuantes na época, passando depois para fotojornalista (O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde e Folha de S. Paulo). Foi onde, segundo ela, encontrou um terreno extremamente propício para o desenvolvimento e aprimoramento da linguagem fotográfica.

“Primeiramente, quero elogiar e agradecer os responsáveis pelo Prêmio Diário de Fotografia pela iniciativa singular de proporcionar aos artistas e pensadores a possibilidade de apresentar suas ideias para um público novo, numa experiência, portanto, instigante”, elogia.

A série S/T apresentada pela artista reflete sobre um paradigma novo para a fotografia, o momento em que ela se funde com a imagem digital e mergulha no caldeirão de produção de imagens geradas nesta contemporaneidade.

“Trata-se de uma instalação que busca um entendimento sobre a memória visual adquirida na relação do espectador através das associações entre sua síntese, as fotografias esvaziadas de cenas fotografadas e os textos que narram estas cenas”.

De acordo com ela, a ideia é desautomatizar os olhares e criar uma linguagem capaz de desenvolver uma memória cognitiva a partir das referências de cor e forma. “Isso parte do pressuposto de que com um mundo ‘hiper imagético cheio de informações’ precisamos aprender a reduzir, a buscar sínteses e a nos permitir voltar a exercitar a imaginação. O trabalho opera numa espécie de jogo com imagem e texto”, conclui Roberta.

O paulista Fábio Messias Martins de Souza e Marian Starosta também vieram. Ela, que vem trabalhando com fotografia desde 1982 e com vídeo desde 1985, já foi coordenadora de Artes Visuais na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, e já organizou eventos e exposições de arte.

Os demais trabalhos da exposição têm assinaturas de Alberto Bitar (PA), Milla Jung (PR), Coletivo Cêsbixo (PA), Érico Toscano Cavallete (SP), Fabio Okamoto (SP), Fernando Bohrer Schmitt (SP), Gabriela Lissa Sakajiri (SP), Gordana Manic (SP), Isabel Maria Sobreira de Santana Terron (SP), Lívia Afonso de Aquino (SP), Marian Wolff Starosta (RJ), Renato Chalu Pacheco Huhn (PA), Romy Pocztaruk (RS), Tuca Vieira (SP), Vanja von Sek (PA) e Wagner Yoshihiko Okasaki (PA).

Prestigie!

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