terça-feira, 31 de agosto de 2010

Minimo/Múltiplo/Incomum

“tesouros perdidos nas areias de
desertos antigos”1
Luizan Pinheiro 2

os tesouros de Mínimo/Múltiplo/Incomum de Keyla Sobral estão enterrados nos desertos antigos de cada um de nós. têm a virtude de deixar.nos atônitos. aflitos. afáveis. isto em função de que um ar de delicadeza e tensão percorre o ambiente quando do envolvimento com os micro.acontecimentos da artista. de um lado. delicadeza da ordem de um lugar fluido que se move numa espécie de desprendimento dos sentidos da obra a tomar o espaço.galeria. fluidez movente conduzida pelas mãos de Keyla. suas mãos estão ali. presas na matéria.traço.palavra.vazio a gritar os rumores de suas micro.histórias na direção dos viajantes. presas dos desertos. de outro. a tensão. expressada numa sua fisicidade acometendo os corpos dos viajantes pelos desertos antigos de suas existências. na busca dos tesouros escondidos nas areias. um nível de tensão que os corpos sofrem no tempo que os atravessam. e que aqui. é tão somente um caminho perceptivo reinventado desde os percursos poético.visuais da artista. os micro.mundos de Keyla habitam memórias reeditadas de seu universo pessoal para o encontro com os viajantes que se vêem e se reinventam nas fendas das matérias.traços.palavras.vazios que os tomam. há uma fração de vertigem nesses desertos. a operar o desmonte de uma lógica pré.dada dos corpos. lógica de uma possível pulsão de gestos e vivências. que ora mexem com as entranhas. construindo gramáticas outras. erguendo mundos novos de beleza e afago. ora emudecem-se num vazio especular. silencioso. sob um céu de acinzentado frescor. tudo bem regido e inscrito em tábuas de leis envelhecidas. assim a caravana passa e nenhum cão ladra no dia. na tarde. na noite. e os gatos viram pardais. e é só pela insistência em desenterrar os tesouros. pois enterrados eles estão mas não desaparecidos. é que se chega perto de suas intensidades e aflições. e ao encontrá.las. tudo o que é preciso é dos estados afetivos a constituirem-se em outro tanto de vida. vida a ativar mundos. mundos a devolver-nos aos territórios mais íntimos dos encontros com nossos próprios desertos. desertos onde poderemos desenterrar todos os tesouros de possíveis.novos acontecimentos. acontecimentos revestidos de paixão. medo. mistério. silêncio. alegria. dor. numa imensidão de tantos tesouros.

de como os tesouros são afetos
do diálogo aqui travado com os micro-mundos de Keyla Sobral. o aparecimento de uma narrativa erige-se das areias escaldantes das existências cotidianas e nos chegam pelas mãos da artista nos registros dos tesouros encontrados de que nos referimos acima. a nos envolver de força para atravessar mais desertos quanto possíveis. de atirar-nos em direções várias para restituir na escritura o que o afeto nos imprime. e do escoamento desses des.ditos. abrir pequenos cortes numa espécie de cirurgia dos sentidos a que o corpo e a mente predispõem. são esses acontecimentos-obras que deflagram histórias afetivas que aqui se inventam. se constroem. e revelam mundos.


ela disse suba. 
e como saber do tempo dos acontecimentos se tudo o que pairava era a insuportabilidade da dúvida ao primeiro passo. ao primeiro degrau. eram 9. e mesmo sendo uma possibilidade ímpar. não se saberia dizer do que era possível na travessia. na subida. e ali diante dos mistérios dos degraus. deu.se a partida. e o lugar do qual se buscava alcançar. habitar. tornava-se o objetivo fundamental. mas como saber de uma virtual chegada se a cada percurso.degrau o que se sentia era a imprevisível onda de silêncios processados a cada nova configuração. a subida se mostrava leve. mas não anunciava uma qualquer concretude de se a.tingir as metas afetivas de que supostos viajantes são capazes de divisar. o ar investia-se de delírio quando se olhava do alto da escada e avistava.se as luzes do outro lado da cidade. mas as luzes que habitavam o outro lado eram difusas. e davam apenas uma vaga idéia de que degraus são acontecimentos pesados em qualquer subida. e para qualquer mundo. mas os degraus também impõem força. pois há sempre a possibilidade da queda. mas é exatamente essa possibilidade que instala a força.


métodos de fuga. 
são aberturas para novos campos. respiradouros a remeter ao aberto do mundo. opostos aos degraus que afirmam o peso. condicionam a um afastar-se da tensão e do sufocamento impostos pelos trajetos. abre-se assim pelo método a condição da fuga necessária. o escape no através dos trechos íngremes. e a fuga dá-se na tripartição porta. janela. escada. agenciados na invenção.captação desses estados.Keyla. da porta. do que se diz a saída talvez a mais nobre. mas nobreza na saída é só um tiro no vazio. talvez seja melhor fechá.la atrás de si sem sequer revolver o olhar para os gestos que ficaram. porta afora quando se diz fuga. fuga quando todo o percurso se fecha com a selvageria de um não-mais. o que fica é a sonoridade explosiva do estampido. ou o silêncio aos rumores do afeto. janela. do que diz uma abertura no espaço o atirar-se logo. às vezes sem o corpo. só as flutuações desmedidas dos olhos na paisagem. antes. os olhos a discorrer sobre o fora. o aberto. o imenso. mas o que se quer o imenso é o latejar das pálpebras num desacordo da janela. toda ela o enquadramento que se diz queda. no mesmo tom dos degraus. mas a recusa da queda também se impõe no corpo. a vertigem. negação dela mesma nos viajantes do espaço. escada. da fuga um dito outro que se repete na condição.degrau. escolha árdua a inventar mais um percurso da tripartição. fuga que tanto pode ser subida quanto descida. repetição mágica investida de silêncio e surpresa na sobrevivência de um tanto de escape. ou não mais a escada. mas tudo do que ela propõe como o sentido da fuga. cada passo é sempre um sumir. ex-queda. ex-cada.


esboço da tua partida. 
de que valia a espera num tempo sufocado. haviam os lugares edificados da razão. a subida. a descida. a fuga e seus métodos perfeitos. mas o que dizer de um disparo para o fundo do vazio. “um disparo para o coração”. deixando para trás o desmonte da cena. a quietude. os traços. os vestígios ali jogados no chão do mundo. teu mundo. meu mundo. nossos. deles. delas. quem inventou essa forma de dizer que o inté é sóbrio? quem inventou esse ímpeto que corta a palavra ao meio e some da vista? e reinventa gestos bruscos? e violências novas? o esboço é apenas para dizer que o que virá nunca é possível saber. mesmo a mais fina e bem intencionada intuição. a saída é sempre a pulsação de um estado de não.mais sofrer. ou mesmo o desatino que impõe o tchau. o adeus. o foda-se.


joguei no fogo. teus óculos. teus livros e teu impregnante perfume. 
e que venha o fogo a consumir o que dos viajantes são marcas de uma identidade fluida. e que venha o fogo a marcar a carne no desavisado das horas. fogo a derreter as matérias que compõem a gramática da relação. olhos numa difusa visão que já não se sustenta mais em função da perda do objeto. objeto ele todo definido em cinza. texturas e nuanças de tons que somem no acizentado dos dias. e páginas do tempo.livro que se dão em nada. palavras queimadas do que foram as palavras. aquelas que diziam tudo o que compunha o desejo. o acaso. o afeto. ou o raso das mesmas palavras a imantar as cenas que ardiam em chama outra do que fora o fim das páginas do livro de histórias. e o perfume que se desprendia dos acontecimentos apenas davam uma idéia vaga do que era a densidade dos sentimentos. e do que ora se evidenciava pelo filtro de narinas estranhas. nada mais que dizer. apenas do estalido das chamas a consumir os restos. eis o que tudo vale o fogo.


escreve aí nosso fim. 
sim porque é do fim que se trata este enredo tão breve. é do fim que as batidas da máquina de escrever falam. seus disparos que antecipam o olhar frio e triste que dobra a esquina e reinventa trajetos. escreve. escreve para não mais esquecer dos dias em que tudo era claro e belo. porque é de beleza que os fins falam. e a recorrência a esses temas finais são tão mais densos que só a escritura pode domar. ou revelar sua parte oculta porque o que se vê como a objetualidade dos fatos sempre escondem as camadas mais fundamentais. camadas que só um tempo longo de escuta dará a condição do entendimento e da compreensão. escreve. escreve. para que o que podia ser abismo abriu.se como a covardia da evitabilidade da beleza amputada num corte brusco e frio dos medos do que podia ser verdadeiro e que reverteu.se em nada. escreve. escreve aí nosso fim como a dizer dos passos leves do felino em sua negritude abissal a evocar o outro felino que na margem oculta do desejo se reinventa. escreve. escreve com máquina de moer o coração quente que habita o tempo dos mais livres sentidos. escreve. escreve nosso fim para nunca mais.


arranjou coisa melhor pra fazer.
porque do fim que se instala na margem oculta dos dias o olhar persegue o tempo das cópulas. o vadio dos gestos a armar coitos outros do que quer as energias múltiplas numa sua destituição do que poderia ser leveza. inevitabilidade do cio a desferir cortes no corpo torto. fricção dos órgãos até a explosão de todos os sentidos. sal e fel. aço e giz. e o desmedido dos atos numa densidade imagética. densidade dos animais no tempo do acasalamento. nada que as pulsações do corpo não sejam capazes de engendrar. energias da sobrevivência no campo aberto do desejo. e o jorrar das cascatas na distância de um outro horizonte assim sem nada mais a dizer. adeus.

1 Do conto Dancing In The Dark. In: PINHEIRO, Luizan. Adolescendo Solar (Contos). Belém: Cromos, 2009.
p. 79.
2 Professor da Faculdade de Artes Visuais – FAV do Instituto de Ciências da Arte – ICA da UFPA, e do
Programa de Pós-Gaduação em Artes – PPGARTES/ICA. Doutor em Artes Visuais (História e Crítica de
Arte) pela UFRJ. 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Confluências JAPANAMAZÔNIA na Galeria Augusto Fidanza

Prêmio Porto Seguro Fotografia


O Prêmio Porto Seguro Fotografia é destinado a fotógrafos brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil. Este ano a ação curatorial propõe a apresentação de ENSAIOS e, com eles, a elaboração de uma reflexão na qual a fotografia é vista como fenômeno da civilização inserida em uma história social do olhar, independente de temas preestabelecidos.

São 03 categorias São Paulo, Brasil e Pesquisas Contemporâneas e as inscrições podem ser feitas até o dia 12 de setembro de 2010 para entrega postal ou pessoalmente, com data limite de postagem (carimbo dos Correios) até o dia 10 de setembro de 2010.

Já as imagens captadas por celular devem ser enviadas até às 23h do dia 12 de Setembro de 2010 pelo e-mailespaco.fotografia@portoseguro.com.br

Veja como participar através do regulamento:

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

3° Salão Internacional de Humor da Amazônia- Ecologia no Traço

Com objetivo de estimular o poder de síntese e a habilidade de mostrar um conceito sobre ecologia em apenas 60 segundos, o 3° Salão Internacional de Humor da Amazônia, abriu espaço para a inscrição de vídeos, que serão exibidos em mostra competitiva, com premiação em dinheiro, durante a realização do evento, que acontecerá de 17 a 27 de setembro, com programações no Espaço São José Liberto e no Instituto de Artes do Pará... Leia o restante da postagem aqui.

Serviço

3° Salão Internacional de Humor da Amazônia. Inscrições abertas até 31 de agosto. As obras inscritas em qualquer categoria (Ecologia, Livre, Caricatura e Vídeo) devem ser enviadas para Central de Produção – Cinema e Vídeo na Amazônia – III Salão Internacional de Humor da Amazônia – endereço: Av. Magalhães Barata no. 695 – sala 205 – Bairro São Brás – Belém- Pará – Brasil – Cep.66023-240. Mais informações: http://www.salaohumordaamazonia.com/regulamento/


Fonte: http://holofotevirtual.blogspot.com/2010/08/vez-do-audiovisual-no-salao.html

I Seminário de Pesquisa em Andamento (SPA) no IAP

Instituto de Artes do Pará - Gerência Geral de Artes Visuais
Bolsa de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística 2010

SEMINÁRIO DE PESQUISA EM ANDAMENTO (SPA)

Convidamos a todos os interessados a participarem do I Seminário de Pesquisa em Andamento (SPA). Trata-se do relato parcial dos bolsistas de artes visuais sobre o momento atual das pesquisas desenvolvidas através da Bolsa de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística. Este ano a curadoria das bolsas está sendo realizada pelo professor do Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará Alexandre Sequeira, fotógrafo e mestrando em Arte e Tecnologia pela UFMG.

Dia: 26/08/2010 (quinta-feira)
Local: Auditório do IAP
Horário: 09h30 às 12h30
Público alvo: Artistas, pesquisadores e estudantes.

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Mais informações:
Assessoria de Marketing Cultural e Comunicação Social
Márcia Carvalho (9999-4563) Tylon Maués (9942-2806)
Telefones: 4006-2945/ 2918

Enganilson

A criação é da Fischer+Fala!. A produção, da Dínamo Filmes. O cliente é o Ponto Frio. E o protagonista é ele: o Enganilson. Estereótipo máximo dos jogadores de futebol que têm mais pinta que habilidade, Enganilson brilhou nas telas durante a Copa do Mundo. Claro que não foi em nenhuma seleção ou torcida, mas nos intervalos comerciais. Confira aqui os bastidores da campanha, que mostra os desafios de, por exemplo, usar a mesma locação para realizar diversos filmes.
http://www.youtube.com/watch?v=Ma59jY70hYA
Fonte: http://zupi.com.br/index.php?/site_zupi/exposicoes/

terça-feira, 24 de agosto de 2010

DROGAS TECNOLÓGICAS


O assunto é uma polêmica que existe há algum tempo, mas continua crescendo e gerando discussões. Trata-se do “i-dose”, também conhecido como “droga digital”, que estaria viciando os jovens via internet. Os i-doses são arquivos de MP3 feitos especialmente para induzir estados alterados em quem ouvir, dando supostamente sensações parecidas com as do consumo de maconha e ópio.

A Secretaria de Narcóticos de Oaklahoma, nos Estados Unidos, declarou, no mês passado, estar preocupada que o consumo dessas músicas leve os jovens a outros tipos de psicotrópicos. Vai ser uma disputa interessante: desde a pré-história, a humanidade usa músicas para entrar em transe. E, assim como as tentativas de controle na troca de arquivos de música e vídeo, barrar o consumo desses MP3 será quase impossível.
Se você estiver curioso, uma busca no Youtube por “idose tracks” vai trazer um cardápio completo delas. Espero que isso não faça de mim um traficante.

Por Rafael Kenski

Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/tendencias/as-drogas-digitais-estao-assustando-as-autoridades/

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Café Fotográfico com Paulo Santos

A ação educativa da exposição "Amazônia: estradas da última fronteira" e a Associação FotoAtiva convidam para o Café Fotográfico com a participação do fotógrafo Paulo Santos, da curadora Mariza Mokarzel, de Roberto Araújo e de Ernani Chaves no dia 25 de agosto às 19h no Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP)

Esse encontro propõe um diálogo com o público presente, expondo a diversidade de visões em torno da exposição "Amazônia: Estradas da última Fronteira".

O Café Fotográfico é um momento de encontro descontraído de pessoas interessadas em discutir a imagem e suas implicações contemporâneas. Uma vez ao mês fotoativistas e simpatizantes , reúnem-se para apresentarem trabalhos, artigos, relatos de experiências, autografias, audiovisuais, ou mesmo assistir a um filme, mediados por interlocutores que levantarão questões pertinentes ao tema apresentado, provocando o debate entre os participantes. Objetiva ainda aproximar fotoativistas históricos com uma nova e densa geração de artistas, além de reunir um público crítico e formador de opinião de várias gerações. Tudo isso de forma totalmente gratuita.


Dia: 25.08.2010
Hora: 19h30
Local: Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP) - Galeria Antônio Parreiras. Palácio Lauro Sodré - Praça Dom Pedro II. s/nº - Cidade Velha - Belém - Pará

Colaboração: Adriele Silva

Ardupilot

O Ardupilot é um grupo de hackers que utiliza técnicas de aeromodelismo e software livre para criarem sistemas de busca por redes wi-fi. Usando equipamentos caseiros e um aeromodelo feito com sistema open source, eles desenvolveram uma plataforma aérea para mapear e buscar redes sem fio. Denominado Wasp Drone, o aviãozinho é na verdade um modelo do Mgi 23 Flogger, uma aeronave russa usada para espionagem durante a Guerra Fria. O projeto vem causando polêmica devido ao seu aspecto invasivo já que o sistema permite a penatração das redes encontradas. Segundo o grupo, o objetivo é apenas o de criar um sistema que faça uma metáfora aos sistemas de vigilância espaciais, e destacam que qualquer um pode fazer o seu próprio aeromodelo Wasp Drone.

Fonte: http://blog.premiosergiomotta.org.br/

sábado, 21 de agosto de 2010

ENTREVISTADO

Depois das férias de julho, o ENTREVISTA volta com uma conversa que tivemos com o Curador e professor Sólon Ribeiro de Fortaleza. Por estes dias estaremos postando a matéria aqui.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Todo horizonte obriga a nada! por Luizan Pinheiro

Todo horizonte obriga a nada!

Luizan Pinheiro1

olhe

Você tem visto um horizonte ultimamente?

Vá ver um horizonte. meça-o de onde você está e faça-nos saber o comprimento

Yoko Ono, Olhe, 1966.

Horizontes num quarto-sala-galeria fechada são mentais. Persianas fechadas e intocáveis de falsas paisagens são vazias. Olhos morrem em ocasos mudos. E a paisagem aqui dentro não quer dizer nada. Obrigações do Horizonte II de Bruno Vieira investe-se de diversos estados de nada. As persianas são objetos dúcteis forjados numa dualidade que aspira ao silêncio. Emudecem-se na verticalidade limpa da parede e são investidas de uma nadificação tonta.

A suposição de que a impressão da imagem sobre a pele das persianas projetam o espectador na busca de uma possível paisagem que habita lá fora, como quer o artista, torna-se um artifício redundante: decora a parede muda e ao mesmo tempo inibe a viagem para fora. Sendo que tudo ali é fechamento de possibilidade e não-ultrapassamento. Todo o corpo decorativo do qual o artifício se intensifica diminui a intensidade dos sentidos. A superfície é chapada e a imagem projetada pela impressão fotográfica sobre as tiras das persianas produzem a visibilidade de um horizonte que não se obriga a nada. Portanto, anula a força do pensamento ao mínimo da imagem: sua superficialidade de artifício decorativo. E mais uma vez o fechado torna-se nada.

O problema se agrava quando a instalação expositiva é abrigada numa sala fechada num prédio denominado Casa das 11 Janelas onde não há persianas e a paisagem vista da Casa, seu entorno, é uma das mais belas da cidade de Belém, quiçá da Amazônia. O que provoca a anulação total das persianas de Bruno naquilo de que elas querem ser: ambigüidade e ironia na visada de Fernando Cocchiarale: “Ambigüidade e ironia permeiam esse trabalho que consiste na impressão fotográfica de uma montanha sobre uma persiana azul.”2 Não há ambiguidade pois o artifício é maior que sua intencionalidade irônica possível e serve apenas como objeto decorativo armado no seu próprio falso, isto é, as persianas são intocáveis. Não abrem e fecham.

Traduzindo para o inócuo e o vazio o sentido que caberia na ambigüidade como princípio que realiza o jogo mental de um duplo percebido. E Cocchiarale insiste na ambigüidade, mas às avessas, pois o imaginário é o mote:

“Ao graduá-la ou erguê-la (ainda que de modo imaginário), desfazemos a cena apresentada por meio das linhas formadas pelas barras que formam o suporte. Seu elemento estruturante tradicional é, no caso, a razão de seu desmanche”.3

Esta afirmação reitera a idéia de nada. A razão de seu desmanche amplia sua inocuidade desde uma “Vista inevitável”(2008-2010), título da série do artista. Instala-se a perda total de interesse do espectador na medida em que só é possível captar a ironia se o trabalho não se assemelhasse a qualquer outra persiana encontrada nas casas de decoração pelo comércio afora. Engodo do gesto. Noutra via poderíamos até pensar que o ambíguo e a ironia do trabalho é querer ser persianas decorativas e não conseguem. Impotência do gesto. Pelo menos as decorativas são tocadas. E fica-se no meio da confusão conceitual na veia contemporânea do artista e na suspeita teórica que Renata Wilner impinge:

“Ao apropriar-se da temática da paisagem, Vieira desestabiliza o mundo cartesianamente ordenado, desconstruindo suas coordenadas: o eixo vertical desaba; o conforto das verdades ilusórias é erodido pela impossibilidade de um espaço perspectivado, euclidiano, imóvel, da herança renascentista, face à fugacidade do tempo e à espacialidade aberta, dispersa e expansiva das redes virtuais na contemporaneidade.”4

Suponhamos com Wilner na possibilidade de que as persianas-obras de Bruno de fato desconstroem o mundo cartesiano na direção do que supõe uma persiana qualquer, esta, objeto comum e não obra de eixo vertical. Erige-se aqui mais uma possibilidade do ambíguo, mas como princípio a asseverar sua culpa ao morder o próprio rabo, pois o mundo de cartesius é puro delírio. Ou para sermos mais coerentes, pura ilusão. Do que se tratariam as verdades ilusórias senão na própria proposta do artista ou da teórica que investe numa crença da necessidade de desconstrução do mundo cartesiano que não habita ali. Insuficiência do conceito. Como também não há erosão porque não há a suposição de um espaço euclidiano perspectivado, imóvel, da herança renascentista no próprio trabalho, mas apenas na idéia suposta por Wilner.

E ainda poderíamos indagar acerca da pretensa conexão da fugacidade do tempo e da espacialidade aberta, dispersa e expansiva das redes virtuais na contemporaneidade que sequer são aludidas na proposta em questão tal como a erosão do espaço euclidiano citado. Parece-nos aqui forçação de barra para se enxergar uma suposta densidade conceitual nas obras apenas para induzir o espectador a uma direção mais erudita e até douta. O cartesianismo não se presentifica neste caso; o jogo visual vale pela sua pura exterioridade decorativa ensimesmada de vazio. E o espaço euclidiano não é captado porque não há a elaboração matemática e geométrica de que a superfície investe do que o olhar se aprofunda e desloca numa intencionalidade renascentista. Tudo em Horizontes é superfície chapada. Não há vazamento do olhar como se pode observar na Escola de Atenas de Rafael ou no deslocamento para o fundo infinito da Monalisa de Leonardo; ou mesmo fuga no através do corpo do Cristo Morto de Mantegna. E se as paredes da galeria falassem substituíam a fala por um grito: “cortem-me a carne para que os outros vejam lá fora o que de fato é a paisagem deste norte!” numa alusão ao grito de Artaud:5

Talvez a proposta fosse mais coerente afirmando a condição discursiva pela ótica de um design de interior criando um rigor e uma elaboração menos cínica. Ou mesmo afirmando um nada formal, pois que o nada é a condição última do trabalho do artista erodido em si mesmo. Ou tomando uma outra trilha orientalizante, dada a oferta filosófica e corpórea do Hagakure:

“Nossos corpos ganham vida a partir do nada. Existir onde o nada existe é o que significa a frase ‘a forma é o vazio’. O fato de tudo existir a partir do nada é o que significa ‘vazio é a forma’. Deve-se levar em conta que essas coisas são inseparáveis”.6

Desse modo é possível que a passagem através das persianas-obras fosse menos dolorosa, no sentido de os olhos imantarem-se de um nada perfeito. Pois que manifestava a existência das obras a partir do nada em função do vazio da forma. E no mesmo registro intensificava o vazio pela forma como condição de existência. E aí dava-se a inseparabilidade das densidades corpóreas da obra a revelar o mundo desde o cubo da galeria sem as premissas de uma ilusória verdade.

Mas mesmo que não se obtenha uma inventiva visualidade a procurar uma sustentação reflexiva nas vias do contemporâneo; ou uma possível paisagem mental que leve o espectador a um conforto afetivo ou até a uma paz interior, a força do trabalho de Bruno Vieira está na densidade de não ser NADA.

Barcarena/Pa, 20/08/2010.


1 Professor da Faculdade de Artes Visuais – FAV do Instituto de Ciências da Arte – ICA da UFPA, e do
 Programa de Pós-Gaduação em Artes- PPGARTES do mesmo Instituto. Doutor em Artes Visuais (História
 e Crítica de Arte) pela UFRJ.
3 Idem.
4 Idem.
5 O grito de Artaud: “porque atem-me se quiserem, mas nada há de mais inútil do que um órgão In:
 DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs : capitalismo e esquizofrenia. Vol. 3.. Rio de Janeiro:
 Editora 34, 1996. p. 9/10.
6 In: HAGAKURE: O Código do Samurai (1750) . Citado em Ghost Dog (1999) de Jim Jarmusch.

THE SIMS MEDIEVAL

Você lembra do jogo The Sims? Pois é, a Electronic Arts anunciou o The Sims Medieval, primeiro jogo de uma nova série da popular franquia de games The Sims.  Ambientado na Idade Média, o título terá novidades na jogabilidade e permitirá que os jogadores criem heróis e armamentos, saiam em aventuras, criem e administram um reino e controlem cada um dos Sims Heróicos do jogo. Outros tipos de personagens incluirão bruxos, reis, rainhas, cavaleiros, ferreiros e bardos. Detalhes ainda são escassos, mas algumas imagens já podem ser conferidas ao lado, na galeria.

O lançamento acontece no segundo trimestre de 2011 para PCs e Mac.

fONTE: http://www.omelete.com.br/games/sims-medieval-e-anunciado/

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Filmes feitos de janelas para o Arte Pará 2010

Intimate Landscape / Paysages Privés

Paisagens Íntimas / Paisage Intimas


Filmar de sua janela, dividir imagens de sua paisagem com pessoas em outros cantos do planeta, o que se vê e se ouve de sua janela, a cada dia. Todas estas pessoas, em diferentes cidades, em diferentes países, com diferentes luzes e sons vão estar reunidos numa mesma tela, como se fosse uma visão dividida do mundo.

O projeto será proposto para todas as pessoas que se interessem em participar e em dividir com outros as suas Paisagens Íntimas, que seja a vista de sua janela.

O projeto será apresentado no Arte Pará 2010, que irá se realizar em outubro, em Belém, Pará, Brasil. O nome de cada participante será colocado ao lado do trabalho na exposição. Não há remuneração prevista.

Os formatos que podem ser enviados são de filmes de celular ou de camera digital. Não há limitação de tempo.

O prazo de envio é o dia 12 de setembro. O envio de material implica na aceiteção dos termos deste projeto.

Se você quer participar, envie o filme de sua janela para o seguinte email: intimatelandscape@gmail.com

Palco Giratório 2010 traz espetáculos de bonecos, poesia e simplicidade para Belém, Ananindeua e Castanhal


O Serviço Social do Comércio – SESC Nacional e o SESC Pará realizam a terceira etapa em Belém, do projeto Palco Giratório 2010, trazendo a companhia “Voar Teatros de Bonecos”, de Brasília (DF), para realizar o espetáculo “Os Meninos Verdes de Cora Coralina”, que acontece no período de 24 à 26 de agosto em Belém, Ananindeua e Castanhal.

O espetáculo mostra as pequenas criaturas verdes encontradas no jardim de Dona Cora. Eles conquistam o afeto da Poetisa através de suas brincadeiras, estripulias, do exercício da imaginação e da pureza. Tudo com simplicidade, assim como no livro, onde a autora usou ternura para narrar meninices, brincadeiras e sonhos, trazendo a identificação não somente nas crianças, mas também nos adultos.

A história original é preservada em sua essência, rica em metáforas e simbolismo, revelando o lado da autora que poucas pessoas conhecem. A literatura para crianças de Cora Coralina e as situações do livro são transportadas para o palco através do teatro de bonecos, permitindo criar belas cenas repletas de poesia.

O projeto Palco Giratório, criado pelo Departamento Nacional do SESC em 1998, representa, hoje, um dos mais importantes Projetos de difusão das artes cênicas no Brasil e América Latina. Com objetivo de descentralizar as apresentações teatrais e de dança dos grandes centros brasileiros, o projeto permite que a população tenha acesso a produções de qualidade de forma gratuita ou com preços simbólicos em alguns Estados. Com uma programação diversificada incluindo apresentações, diálogos entre artistas visitantes e artistas locais (Pensamento Giratório), Oficinas, Intervenções, Apresentação Local (uma Cia. Ou Grupo de Belém são convidados a participar do projeto) e Intercâmbio (os artistas visitantes fazem uma visita ao local de pesquisa e sede da Cia. Local escolhida).

SERVIÇO:

PALCO GIRATÓRIO – “Os Meninos Verdes de Cora Coralina”

Dia 24/08 às 19h00 - Escola de Teatro e Dança da UFPA (Belém, Tv. Dom. R. de Seixas, 820)

Dia 25/08 às 19h00 - SESC Ananindeua (Estrada do 40 horas, 110 - Coqueiro)

Dia 26/08 às 19h00 - SESC Castanhal (Av. Barão do Rio Branco, 10 - Centro)

Informações: Técnico de Cultura do SESC Doca, Michela Bezerra.
Tel: (91) 4005-9512 / 8286-7176 / 8805-2692
Assessoria de Comunicação do Sistema Fecomércio/SESC/SENAC - PA
Tel: (91) 4005-9587 / 4005-9584

ENTRADA FRANCA
Não precisa pegar ingresso, mas a entrada é permitida até a lotação do espaço;

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Assessoria de Comunicação do Sistema Fecomércio/SESC/SENAC Pará.

Novo curso na Caiana Filmes


A Caiana Filmes abriu inscrições para um novo curso que é muito importante para quem quiser trabalhar ou aprender noções importantes para cinema, publicidade e arte (por que não!?). O programa de capacitação terá 5 módulos, aos sábados (8 horas/módulo), onde os alunos serão capacitados a trabalhar com a linguagem audiovisual e equipamentos direcionada para a produção de material paradidático em vídeo.

Aprenda a usar filmadoras e máquinas fotográficas para construir vídeos e usar como ferramenta complementar em sala de aula.

Curso: Cinema como Recurso Pedagógico - Produzindo Material - Com Fábio Rendeiro.

Início: 18 de setembro de 2010, aos sábados (5), horário: 14h às 18h Investimento: R$ 100,00


Para saber o que vai ser abordado nos módulos, acesse:
Inscrições:
CAIANA FILMES
Rua Diogo Moia, 986 · Umarizal
Fone: 33434252

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

SESC Boulevard agora com programação de cinema


Música, Exposição e Lançamento de Curta Metragem, toda essa programação cultural dividindo o mesmo espaço. Nesta semana, o Centro Cultural SESC Boulevard vai estar repleto de cultura, sendo um palco perfeito para marcar o início da programação de cinema do SESC Boulevard, tendo como marco a pré-estréia do curta metragem “Táxi 00:00 hora”, da Cia Notáveis do Palco, com a apresentação e bate papo de Walcyr Monteiro e show da Banda Amazon Java.

Curta Metragem “Táxi 00:00 hora”

Na sexta-feira, dia 20/08, às 18h, será realizado a pré-estréia do curta metragem “Táxi 00:00 hora”, da Cia. Notáveis do Palco. A lenda da “Moça do Táxi”, adaptação baseada na obra de Walcyr Monteiro, virou filme nas mãos de jovens atores da Companhia Notáveis do Palco. Uma moça, um táxi, um mistério. A história, contada na maioria das vezes por taxistas e conhecida dentro e fora do Pará, foi adaptada para um curta-metragem. “TÁXI 00H00 HORA” é resultado de uma rotina de exercícios teatrais, posicionamento de câmera e técnicas de atuação, que fizeram parte da Oficina de Interpretação para Cinema da Companhia. O processo de produção durou cerca de dois meses e meio entre a pré produção, preparação de elenco, filmagem e edição.

A pré-estréia contará com a participação do escritor Walcyr Monteiro e do show da Banda Amazon Java, responsável pela trilha sonora do filme. Além disso, os concluintes da Oficina de Preparação para Cinema receberão os certificados de conclusão do curso.

Quartas Culturais do SESC Boulevard

A programação musical do Centro, que irá acontecer toda quarta-feira, inicia com o grupo “Duo de Trompete”, no dia 18/08, às 19h. E, a partir da próxima semana, inicialmente todas as quartas-feiras, terá apresentação dos grupos compostos de alunos e professores da Escola de Música da UFPA, através da Associação dos Amigos da Música.

Exposição “Asurini Awaeté: Gente de verdade”

Mostrando a beleza e a cultura dos índios paraenses Asurinis, a exposição “Asurini Awaeté: Gente de verdade”, retratando, em 20 fotografias, o cotidiano de uma aldeia indígena, vai até o dia 30/08, no 2º piso do Centro Cultural SESC Boulevard.

A exposição fotográfica tem a curadoria de Jaime Lisboa, fotografias de Alberto Ampuero, Diana Figueroa e João Ramid, parceria da Fundação Ipiranga e, tem o objetivo de mostrar para a população paraense a riqueza de cultura desse povo, que se autodenomina de “Asurini Awaté”, que em tupi significa “gente de verdade”, justamente por sua forma acolhedora e verdadeira de interagir com o mundo “não índio”.

Serviço:

Lançamento do Curta Metragem “Táxi 00:00 hora” e Apresentação da Banda Amazon Java
Dia: 20/08
Hora: 18h

Quartas Culturais do SESC Boulevard – Duo de Trompete
Dia: 18/08
Hora: 19h

Exposição Asurini Awaeté: Gente de verdade
Período: 12/08 à 30/08
Horário de Visitação: Terça a Domingo, das 10h às 19h

Local: Centro Cultural SESC Boulevard (Av. Boulevard Castilho França, n°522/523)
Informações: 4005-9584/9587 (Assessoria de Comunicação)
3224-5654/5305 (Centro Cultural SESC Boulevard)

TODOS OS EVENTOS TEM ENTRADA FRANCA

Armando Queiroz concorre o Prêmio PIPA


Caros amigos, colegas, paraenses e visitantes, nosso querido amigo e artista Armando Queiroz está concorrendo ao PRÊMIO PIPA ONLINE que será concedido a um artista escolhido pelo público que votar a partir do site de relacionamentos Facebook. A idéia de se criar o PRÊMIO PIPA ONLINE surgiu devido à excelente qualidade da produção dos artistas indicados, e à vontade de divulgar esses trabalhos, aproveitando a grande aceitação do mecanismo do Prêmio via o canal Facebook. Assim, convidamos a todos para entrar no site http://www.facebook.com/PremioPIPA para avaliar a possibilidade de votar na produção do Armando ou naquela do artista que mais lhe agradar.

Se possível, encaminhe para amigos esta postagem

PARA VOTAR
Caso queira votar é preciso ter uma conta no Facebook.

Para criar uma conta no Facebook acesse o site http://www.facebook.com/

Para acessar o Facebook do PIPA entre em http://www.facebook.com/PremioPIPA

Em cada álbum dos artistas haverá uma imagem com um texto convidando o visitante a clicar no botão ‘like/curtir’ para votar naquele (a) artista. Quem tiver mais ‘likes/curtidas’ no slide de voto, até o dia 24 de outubro, será o (a) vencedor (a) do PIPA online.

Como o Facebook funciona com login e só permite um ‘curtir/ like’ por imagem, as pessoas podem votar em mais de um artista, mas apenas uma vez por artista. Por exemplo: João pode votar em Ana, Maria e Pedro, mas não pode votar duas vezes em Maria.

Os artistas indicados concorrerão ao PRÊMIO PIPA ONLINE a partir do número mínimo de 100 votos.

DATAS
15 de agosto – início da votação

24 de outubro – apuração dos votos

28 de outubro – divulgação dos vencedores do PIPA Online

terça-feira, 17 de agosto de 2010

SOUND BARRIER


SOUND BARRIER é o mais novo trabalho da artista norueguesa Maia Urstad. Trata-se de uma instalação sonora feita com 130 aparelhos de CDs e rádios cassetes dispostos como uma parede. A idéia da disposição dos aparelhos é inspirada em construções feitas de pedra, típicas do país de Urstad. A obra também se relaciona com trabalhos anteriores da artista como a instalação STATIONS, que usa os mesmos materiais, porém dispostos como um arco romano e CLEOPATRA’S NEEDLES, uma performance-concerto inspirada nas construções faraônicas do Egito. A idéia para a criação de Sound Barrier também faz uma referência às ruínas como metáfora para a rápida obsolescência de equipamentos eletro-eletrônicos. Os CD Players usados na parede reproduzem uma composição feita de ondas de rádio, código Morse, e sinais de satélites manipulados digitalmente. Sinais sonoros que também se tornaram obsoletos e esquecidos no espaço. A artista Maia Urstad foi membro do grupo de ska/new wave Program 81. Atualmente tem uma exposição em cartaz no museu Christianssands Kunstforening e virá ao Brasil no final do ano para dar palestras e workshops.

fONTE: http://blog.premiosergiomotta.org.br/

Exposição LUIZ BRAGA o percurso do olhar


O MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA CASA DAS ONZE JANELAS do SISTEMA INTEGRADO DE MUSEUS /SECULT, convida para a abertura da Exposição:

LUIZ BRAGA o percurso do olhar

Mostra da Coleção Luiz Braga do Museu Casa das Onze Janelas

Luiz Braga foi contemplado em 2009, com o Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça/FUNARTE, que propiciou a destinação da série premiada “Verde-Noite, 11 raios na estrada nova, fotografia, nigthvision” , ao acervo do Museu Casa das Onze Janelas, juntamente com demais outras obras de autoria do artista. Ação que possibilitou a considerável ampliação do pequeno acervo de obras do autor já pertencentes ao museu, vindo a concretizar a formação da primeira Coleção de obras específicas do artista em uma instituição museológica da região norte.

abertura – 18 de agosto de 2010 – às 19:30h
exposição – 19 de agosto a 03 de outubro
terça a domingo, 10-16h ; feriados, 09-13h

Museu de Arte Contemporânea Casa das Onze Janelas
Praça Frei Caetano Brandão s/nº - Cidade Velha
Belém/Pará/Brasil 55-91-40098823/8825

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

SHOW US TYPE

Show Us your Type - Hong Kong


Show Us Your Type é um projeto idealizado pela revista online Neue que a cada edição traz uma série de trabalhos que representam algumas metrópoles através de um estudo com tipografia e ilustração em posteres.
Nas edições anteriores foram ilustradas Nova York, Barcelona e Berlin, esta última recheada de brasileiros. No próximo número, designers, ilustradores, diretores de arte e outras pessoas são convidados a criar diferentes artes sobre Hong Kong. O prazo final para envio de trabalhos é dia 23 de setembro. A brincadeira com a tipologia e o nome da cidade são essenciais.



O projeto, que começou pequeno, conta com cada vez mais artistas no mural online. O resultado é surpreendente.

http://www.showusyourtype.com/
 
fONTE: http://www.zupi.com.br/index.php/site_zupi/view/show_us_your_type_-_hong_kong/

domingo, 15 de agosto de 2010

EXPOSIÇÃO NO BANCO DA AMAZÔNIA

CAMPANHA VINTAGE

Sob o mote de que “tudo envelhece rápido”, a agência paulistana Moma criou uma campanha para divulgar os seminários da MaxiMídia, evento de comunicação que acontece anualmente em São Paulo.

Os anúncios abordam grandes inovações que surgiram no mundo da comunicação nos últimos anos, como YouTube, Skype e Facebook. Mas para destacar a velocidade das mudanças do mundo contemporâneo, convidando as pessoas a se atualizarem, as peças foram elaboradas com um estilo vintage, dando a entender que essas inovações muito em breve serão parte do passado, assim como tantas outras.





Agência: Moma, São Paulo, Brasil



Diretor de Criação: Rodolfo Sampaio


Diretor de arte: Marco Martins


Redator: Adriano Matos


Ilustrador: 6B Studio
 
fONTE: http://www.zupi.com.br/index.php/site_zupi/view/campanha_vintage/

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

IAP prorroga até 24/08 inscrições para Bolsa no Canadá

Imagem: Naialana Thiely - Envelope

Edital é voltado exclusivamente para artistas visuais paraenses

Atenção artistas paraenses: o Instituto de Artes do Pará (IAP) recebe até dia 24 de agosto inscrições ao Concurso de Bolsa para o Exterior de Pesquisa e Criação em Artes Plásticas, um dos principais incentivos à produção e ao intercâmbio artístico do Brasil. O edital está disponível na sede do instituto e também na internet para download.

Por meio da bolsa, o IAP vai conceder incentivo cultural a um artista plástico, residente no Pará há pelo menos três anos, dando-lhe oportunidade de desenvolver um trabalho artístico na cidade de Quebec, Canadá, na área das artes visuais. São aceitos projetos em desenho, pintura, escultura, gravura, fotografia, instalação e videoarte. O artista terá à sua disposição a estrutura da Cooperativa de Ateliês Meduse (http://www.meduse.org/) , importante centro de pesquisa edifusão da arte contemporânea.

Os artistas interessados na Bolsa para o Canadá deverão inscrever apenas um projeto de trabalho inédito, individual, concebido e a ser desenvolvido pessoalmente em Quebec durante o período da bolsa, que vai de 1º de outubro a 1º de dezembro de 2010. O valor total do incentivo é R$ 12.000,00 (doze mil reais), destinado a custear as passagens de ida e volta e alimentação, bem como todas as despesas do projeto.

“O edital tem como prioridade a pesquisa artística e o intercâmbio com centros referenciais da produção contemporânea. A bolsa oferece oportunidade ao artista local de ampliar o horizonte de suas pesquisas a partir do contato com novas tecnologias e processos artísticos diferenciados”, explica Armando Sobral, gerente de Artes Visuais do IAP.

O convênio de cooperação cultural foi firmado em 2007 e começou no ano seguinte, com a vinda da artista canadense Helene Lord e a ida da fotógrafa paraense Maria Christina. Em 2009, veio a Belém a artista Allison Moore, enquanto a fotógrafa Nailana Thiely foi para Quebec. O intercâmbio teve desdobramentos, como a exposição “Traçado das Horas”, de Helene Lord, no Laboratório das Artes do IAP.

Este ano, o IAP foi convidado a participar do Res Artis 2010, evento internacional sobre residência artística, que será realizado em outubro, no Canadá. Aproveitando a oportunidade, o IAP irá realizar a coletiva “A Gravura na Amazônia”, com curadoria de Armando Sobral e participação de seis artistas paraenses, na Galeria Engramme, em Quebec, ligada à Cooperativa Meduse.

SERVIÇO
Bolsa para o Exterior de Pesquisa e Criação em Artes Plásticas. Inscrições até dia 24/08, na sede do IAP (Praça Justo Chermont, ao lado da Basílica de Nazaré), de segunda a sexta-feira, de 9h às 14h. Demais informações sobre regulamento, formatação do projeto, documentação, assim como a ficha de inscrição, estão no edital, que pode ser baixado no seguinte endereço: http://www.megaupload.com/?d=FX01KOU4. Mais informações: 4006-2910/ 2911/ 2912.
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Mais informações:
Assessoria de Marketing Cultural e Comunicação Social
Márcia Carvalho (9999-4563) Tylon Maués (9942-2806)
Telefones: 4006-2945/ 2918

DRAMAS SEM TRAMAS

NOTAS PARA A AGENDA CULTURAL

Oficina de Danças Circulares Sagradas

O Instituto de Artes do Pará (IAP), em parceria com o Instituto Ocara, recebe a oficina Danças Circulares Sagradas, com Frida Zalcman, bailarina, coreógrafa e professora de Dança Israeli, formada pela Faculdade de Educação em Dança e Movimento de Tel Aviv, Israel. Dias 14 e 15/08, no IAP. Informações e inscrições: 4006-2915 e 8847-3264 (Ana Cláudia Costa).

Territórios de Teatro
Dia 14/08: 17h, Grupo de Experimentação Teatro Miniatura, na Praça Ver-o-Rio, e Quem Tem Riso Vai à Lona (Notáveis Clowns), no Teatro da Fundação Curro Velho; 19h, Seis Meses Aqui (Núcleo Atores Independentes), no Memorial dos Povos Indígenas (Ver-o-Rio), e 21h, Frozen (Usina Contemporânea), no Teatro Universitário Cláudio Barradas, da ETDUFPA.
Dia 15/08, 18h, Os Dons de Quixote (Grupo da Escola de Teatro e Dança da UFPA), no Teatro Universitário Cláudio Barradas, e às 21h, In Between (Yael Karavan), no Teatro Maria Sylvia Nunes (Estação das Docas). Entrada franca, com doação opcional de um quilo de alimento.
http://www.territoriosdeteatro.blogspot.com/

Cineclube
O filme “A Negação do Brasil”, de Joel Zito Araújo, será exibido no próximo dia 16/08, no Cineclube Alexandrino Moreira, do Instituto de Artes do Pará (IAP). A sessão começa às 19h, com entrada franca. O filme faz parte do Acervo Programadora Brasil, gerenciado em Belém pelo Núcleo de Produção Digital (NPD), que funciona no IAP. O IAP fica em Nazaré, ao lado da Basílica. Informações: 4006-2947.

Saber da Fonte
“Entre danças, paixões e tambores: o corpo e a cena nos grupos folclóricos do Pará”, com o pesquisador Paulo Cézar Lima (UFPA), é o tema do projeto Saber da Fonte da próxima terça-feira, 17/08. Danças, folguedos, teatro popular, expressões típicas, festas religiosas, entre outras manifestações, serão colocadas em pauta. Paulo Cézar Lima é doutorando em Artes pela Unicamp. A palestra começa às 18h30, com entrada franca. O IAP fica em Nazaré, ao lado da Basílica. Informações: 4006-2906/ 2908/ 2909.

Bolsa para o Canadá
Seguem até dia 24/08 as inscrições ao Concurso de Bolsa para o Exterior de Pesquisa e Criação em Artes Plásticas, do Instituto de Artes do Pará, que vai dar a um artista plástico paraensea oportunidade de desenvolver um projeto na cooperativa de ateliês Meduse, em Quebec, Canadá. Inscrições na sede do IAP (Nazaré, ao lado da Basílica), de segunda a sexta-feira, de 9h às 14h. O edital está disponível no seguinte endereço: http://www.megaupload.com/?d=FX01KOU4. Informações: 4006-2910/ 2911/ 2912.

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Mais informações:
Assessoria de Marketing Cultural e Comunicação Social
Márcia Carvalho (9999-4563) Tylon Maués (9942-2806)
Telefones: 4006-2945/ 2918
E-mail: iapcomunicacao@gmail.com

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A música do Coletivo Radio Cipó em Ipanema

Paraenses tocarão com Marcelinho da Lua, Otto e BNegão em três shows

Após grande sucesso nacional no programa Domingão do Faustão, em 2009, chegou a hora da banda paraense Coletivo Rádio Cipó levar sua música ao projeto Oi Futuro Som (www.oifuturo.org.br), em Ipanema, nos dias 13, 14 e 15 de agosto. O grupo, que fará este ano sua segunda turnê na Europa, se apresenta pela primeira vez no Rio de Janeiro. A banda é definida por seus integrantes como um caldeirão sonoro e suas músicas, que expressam a realidade das periferias do país, juntam diversas influências musicais como ritmos eletrônicos, groove funk e samba rock. Além da música, o Coletivo Radio Cipó também é responsável por projetos sociais que unem arte e educação na região amazônica.

Em cada dia de show, um artista de renome nacional será convidado a subir ao palco com o Coletivo Rádio Cipó. Na sexta, quem dá uma canja é o DJ Marcelinho da Lua. No sábado, é a vez do pernambucano Otto. Finalmente, no domingo, BNegão é presença garantida no show dos paraenses.

Não é a primeira vez que a Oi apoia uma iniciativa da banda. A operadora já patrocinou o projeto Acervo Audiovisual Mestre Laurenitno 80 Anos de Vida, bem como o DVD Mestre Laurentino 80 Anos de Vida, parte integrante do acervo, que conta ainda com mais dois CD´s: “Lourinha Americana”, produzido pelo Coletivo Rádio Cipó e em fase de finalização, e "Paisagem de Nuvem Branca Embaixo de Céu Azul", trabalho instrumental do grupo. O pacote incluirá ainda a biografia "Peladas e Pentelhudas", entrevistas e shows pelo Brasil e pelo mundo.

O Rio de Janeiro também será cenário para a gravação do videoclipe “Nega Miss un plu” e “Dom P D'Amour”, que farão parte do Acervo Mestre Laurentino 80 Anos de Vida, com previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2011. O projeto tem o patrocínio da Oi, apoio da Oi Futuro, coordenação de Camila Branco e direção artística e musical de Carlinhos Vas.

SEGUNDA TURNÊ EUROPÉIA – A segunda turnê FORMIGANDO EUROTUR 2010 começará por Londres, no dia 05 de novembro, com a participação do CRC no LIFEM - London International Festival Of Exploratory Music. O coletivo passará, então, por Paris, Madri e Lisboa, um ano após a primeira turnê pelo velho continente.

AÇÕES SOCIOCULTURAIS – O Coletivo Rádio Cipó, em parceria com a Associação Beneficente Integra Belém, responsável pela implementação de políticas e projetos socioculturais, apresentam o programa Rede Rádio Cipó de Comunicação Digital, uma ação estratégica de educação, cultura e comunicação na quais redes comunitárias e grupos de jovens são capacitados como produtores (multiplicadores) de cultura digital. O programa visa uma abordagem construtiva nas questões sociais da juventude, em troca de experiências, trabalhos em grupos, possibilitando um intercâmbio permanente de informações, conhecimento e cultura, além da formação técnica artística profissionalizante na área de cultura digital.

A Rede Radio Cipó de Comunicação Digital constrói uma ferramenta eficaz no resgate da cidadania do segmento jovem da população, que se encontra em processo de exclusão e envolvido em situação de violência e risco social.

As oficinas de cultura digital são divididas em três núcleos de produção:

1) Escolinha de Música Digital Mestre Laurentino / Estúdio-Escola: capacitação para produção de mídia sonora para operação em projetos musicais independentes, rádios comunitárias e trilha sonora. A oficina tem aplicação de recursos acústicos, eletrônicos e digitais para produção de áudio;

2) Laboratório de Audiovisual: proporciona atividades de produção de vídeos artes, ficção, documentários e fotografia digital, além da criação de vídeos experimentais para serem vinculados no web site do projeto;

3) Rede Rádio Cipó: oficinas de informática, uso livre e mecanismos de busca na internet, e multimídia para atividades educacionais, arte, ciência e tecnologia. Objetiva a orientação básica e técnica para a produção de cultura e comunicação digital, via construção de Web Site.

O Programa tem o Apoio Institucional do Governo Federal, através do programa Mais Cultura – Ponto de Cultura do Minc, e do Governo do Estado do Pará, através da Secretaria de Estado de Cultura – SECULT-PA.

Serviço:
Oi FUTURO SOM
13, 14 e 15 - Coletivo Rádio Cipó
Sextas e sábados, às 21h, e domingo, às 20h
Ingresso: R$ 15
Endereço: Rua Visconde de Pirajá, 54, Ipanema, tel.: (21) 3201-3010
Lotação: 120 pessoas
Classificação etária: Livre


Contatos do Coletivo Rádio Cipó:
(91) 3230-4681 / 8895-4681 / 8880-4681

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Damned be hair!