quinta-feira, 21 de julho de 2011

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica chega à São Paulo

Um dos eventos de arte mais aguardados do ano no Brasil é o Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - o File, que acontece em São Paulo entre os dias 19 de julho e 21 de agosto. Em sua 12º edição, o público poderá conferir projeções em tablets, animações, instalações imersivas e interativas, web arte, jogos, vídeos, documentários e experimentações, inclusive as exclusivamente sonoras.

O artista Lawrence Malstaf é uma das atrações do File

A principal mostra está no prédio do Centro Cultural Fiesp- Ruth Cardoso, localizado na Av. Paulista, em frente ao metrô Trianon- Masp. Porém há instalações espalhadas por toda esta avenida, como no vão livre do Masp, no Conjunto Nacional e nas Estações de metrô Trianon-Masp e Consolação, além de outros pontos.
Durante os dias 19 e 22 tem workshop no período da manhã - com pré-inscrições, e palestras e mesas-redondas a tarde e noite - lotação por ordem de chegada, tudo grátis, no Centro Cultural SP. Para quem não conseguir acompanhar o evento in loco, o festival transmite ao vivo pelo site. Neste Centro também têm apresentações de performances nos próximos dias 23 e 24.
O File Pai- Paulista Avenida Interativa- acontece de 19 a 28 de julho em espaços abertos e de grande circulação de pessoas por esta via que é o coração da cidade. Fnac, Cine Livraria Cultura, além das estações de metrô já citadas, incluindo as Vila Madalena e Brigadeiro, serão pontos de proposição de reflexão entre o público e as obras abertas.

Neste ano lançaram o File Anima +, festival de animação e criatividade digital em seu "interrelacionamento entre as diversas vertentes artísticas das linguagens eletrônicas". Um total de 406 animações traz a parceria com alguns dos maiores festivais do mundo, tais como o Sicaf e o Japan Media Arts, exibindo desde clássicos até produções independentes, vídeos profissionais e de estudantes.
O File tablet, que também está em sua primeira edição, inclui aplicativos que propõem novas maneiras o real, bem como jogos de raciocínio. O suporte tecnológico que virou "febre" em todo o mundo é apresentado interagindo arte, música, imagens, grafismo e tecnologia. Através da obra "Art in motion", o artista Pavel Doichev defende a concepção de arte deve ser desenvolvida com tecnologia dentro de um iPad.

File Hipersônica é o nome da apresentação com experimentos sonoros que acontece de de 19 a 22 de julho, a partir das 20h, no teatro do Centro Cultural Fiesp- Ruth Cardoso. Com manifestações visuais, sonoras, musicais e performáticas da arte eletrônica, o evento divide-se em Hipersônica Screening - contendo obras audiovisuais com suporte em meios digitais de produção, como videoclipes, visual music e animações. Já o Hipersônica Participantes conta com experiências exclusivamente sonoras proporcionadas ao grande público. SynDyn, dos artistas de Portugal André Rangel, Anne-Kathrin Siegel e Fernando Alcada executam movimentos semelhantes a partidas esportivas, com dispositivos que vão marcando o ambiente com luzes coloridas e formatos diversos.

SynDyn, performance dentro do
Hipersônica Screening

File Maquinema propõe novas possibilidades de desenvolvimento de narrativas, contendo vídeos realizados em diferentes suportes. Sua programação está dentro do File Pai.
Para os aficionados por jogos eletrônicos, o File Games é uma boa pedida. Produzidos principalmente com técnicas 2d, os jogos programados por artistas de diversos lugares do mundo, buscam atender um público de todas as idades, envolvendo-os de maneria lúdica e criativa e estimulando o raciocínio e a brincadeira. O objetivo é proporcionar uma nova experiência artística através dos games.
Cada artista- programador-matemático- físico- compositor-desenvolvedor- multimídia (ou qualquer outra atuação que possuam) utilizam diferentes técnicas e meios: linguagem html, algorítimos, ondas tesla, notações musicais e muito mais.

Entre coletivos e nomes consagrados, Clarissa Lambert, 39 anos, em parceria com o jovem estudante de 19 anos Irae Brasil, são uns dos artistas brasileiros com trabalhos no festival. O austríaco Andreas Muk Haider montou a instalação "Skia" que simula e projeta sombras artificialmente - no Espaço Cultural Instituto Cervantes. Já na estação Trianon- Masp do metrô os pedestres podem visualizar em um painel de LEDs o grau de intensidade das micro-ondas emitidas pelo celular.

A instalação "Skia" do austríaco Andreas Muk Haider
simula a criação de sombras artificialmente

O site do evento fornece uma lista completa dos eventos, busca por nome de artistas e/ou país de origem, obras, fotos, vídeos e explicativos, além do acervo dos anos anteriores. Vale lembrar que o File também tem edições no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. É só ficar ligado. Evento imperdível.

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