A Fundação Joaquim Nabuco, instituição de estudos e pesquisas ligada ao Ministério da Educação, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Pará, promove no dia 09 de junho de 2010, às 14h, o curso “Fredric Jameson: o Cartógrafo da Globalização”, com a professora doutora Maria Elisa Cevasco da Universidade de São Paulo, e o lançamento do edital do III Concurso Mário Pedrosa de Ensaios sobre Arte e Cultura Contemporâneas. Constitui objeto do concurso a seleção em âmbito nacional de três ensaios, resultado de pesquisa inédita e original que versem sobreCrítica de arte: entre o contingente e o histórico, tema escolhido nesta 3ª edição. Os ensaios podem apresentar narrativas que abordem as mais diversas nuances da crítica de arte nos séculos XX e XXI, de um ponto de vista problematizador tanto histórico quanto filosófico, bem como análises mais específicas desse tipo de discurso e seu papel nos campos da literatura, da dança, do cinema, do teatro, das artes visuais e demais campos artísticos.
Professora
Maria Elisa Cevasco é professora titular da Faculdade Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Possui graduação em Letras - Português/Inglês pela Universidade de São Paulo (1975), mestrado em Estudos Lingüísticos e Literários em Inglês pela Universidade de São Paulo (1985), doutorado em Estudos Lingüísticos e Literários em Inglês pela Universidade de São Paulo (1989). Realizou pesquisa de pós-doutorado pela Duke University, DU, Estados Unidos. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Inglesa, atuando principalmente nos seguintes temas: estudos de cultura, Fredric Jameson, cultura e sociedade, Raymond Williams e teoria materialista.
Público – Alvo
Pesquisadores, críticos, ensaístas, artistas, estudantes de graduação e pós-graduação.
Inscrições
A entrada é franca. Não há necessidade de inscrições antecipadas. Os participantes da palestra receberão certificado.
O quê: | Curso “Fredric Jameson: o Cartógrafo da Globalização” e Lançamento do III Concurso Mário Pedrosa de Ensaios sobre Arte e Cultura Contemporâneas. |
Quando: | 09 de junho de 2010 (quarta-feira), às 14h. |
Local: | Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campus do Guamá, Av. Augusto Corrêa, nº 01, Belém, Pará. |
Informações: |
Fredric Jameson: O Cartógrafo da Globalização
Nosso momento histórico já foi definido como a era da cultura. Isso porque os bens culturais, os organizadores dos significados simbólicos e valores de uma determinada sociedade ocupam uma posição central em um mundo dito globalizado e unificado por meios de comunicação cada vez mais acessíveis a um número cada vez maior de pessoas. Trata-se de uma possibilidade de acesso inédita na história. Essa nova situação abre um mundo de possibilidades e de problemas para os pensadores e trabalhadores da cultura.
É certo que muito dessa riqueza cultural vem marcada pelos processos hegemônicos de uma ordem social que gera injustiça e desigualdade. As novas tecnologias de comunicação são alavancadas e apropriadas pelo capital e veiculam sua versão empobrecida de uma vida fragmentada e alienada, que se esgota no vazio das mercadorias e do individualismo predatório. Essa lógica perversa tende a dominar os produtos da indústria cultural em nossa sociedade onde o espetáculo anestesia mentes e nos treina na mesmice que nega a possibilidade de mudança e barra os caminhos da esperança. Mas esta versão da vida tem que se confrontar com as contradições que gera e estas abrem espaço para a disputa e para a resistência. A vida vivida sempre excede as limitações do mercado em quase todas as atividades humanas. As novas potencialidades das tecnologias da comunicação, nossos meios de produção de sentidos podem e são instrumentalizados pelo poder e pela dominação, mas também podem ser usados para experimentar novos significados e modos de vida.
O pensamento do crítico norte-americano Fredric Jameson é um guia seguro e produtivo para se pensar o presente. Herdeiro da tradição da escola de Frankfurt, ele atua em especial em três áreas fundamentais: a primeira é a da invenção de categorias para se pensar a nova situação da cultura em nossos dias. A segunda é a da análise da conjuntura, onde procura caracterizar o nosso momento, passo fundamental para que nos localizemos em nossa hora e lugar históricos. A terceira é a da busca de contradições na análise de produtos culturais, buscando, em meio de suas características de objetos degradados da indústria cultural uma semente utópica, que transcende as limitações de nossa era e aponta para novos horizontes e modos de vida.
Nosso curso procurará abordar estas três vertentes complementares da obra de Jameson a fim de verificar em que medida esta obra pode nos ajudar a pensar nossas atividades de trabalhadores da cultura.
Natália Barros
Coordenadora de Difusão CulturalDiretoria de Cultura - DIC
Fundação Joaquim Nabuco - FUNDAJ
81.3073-6659
81.8762-3430
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