A Galeria Theodoro Braga tem a honra de convidá-lo para a abertura da exposição de Jutta Obenhuber.
Nesta quinta, 12/12/13, às 19h.
Entrada franca
Os trabalhos atuais de Jutta Obenhuber seguem a tendência da nova abstração alemã, que se dá mais pelo conceito do que pelas marcas, movimentos e formas construídas pelo pincel sobre a tela. A tela passa a ser a linguagem e o meio técnico com o qual a artista desenvolve seus trabalhos. Os fios que compõem a trama da tela são arrancados pacientemente um a um, e logo o espaço vazio que fica é preenchido por outros fios, objeto estranho a tela, a criar nova forma. Esta trama se dá em um tear que busca incessantemente uma nova imagem. Os fios vão sendo tecidos, algumas vezes de forma frenética, outras de forma silenciosa, calma, sumindo e reaparecendo, criando um curso que desaguará na imagem. Muitas composições se aproximam do sistema tramado por Mondrian, qual dá segmento ao fragmento deixado por Cézanne, porém, no trabalho de Jutta, vê-se o desejo de não sistematizar a forma.
Em seus trabalhos mais antigos a artista desenvolveu uma técnica de pintura sobre painéis de alumínio, no qual criava camadas finas de tintas uniformes, que então eram lixadas. Deste processo obtinha-se imagens alucinatórias, nuvens surreais de estranha leveza e imaterialidade que não obedeciam nenhuma ordem e recusavam definir um significado.
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