domingo, 6 de outubro de 2013

Construção de Câmeras Artesanais com Dirceu Maués em outubro na Fotoativa

Em Outubro, Dirceu Maués ensina a montar e desmontar dispositivos fotográficos na Fotoativa

Na semana do Círio de Nazaré, a oportunidade de fotografar a cidade de Belém e suas peculiaridades se torna quase que imperdível, tanto para os fotógrafos ocasionais, quanto para aqueles que fazem dessa atividade seu ofício. As inscrições já estão abertas sob o valor de R$ 250 (cartão, cheque, dinheiro, transferência/depósito em conta) , e as aulas serão realizadas no Fórum Landi, das 19h às 22h no período de 08 a 11 de outubro. Para se inscrever, basta procurar a secretaria da Associação Fotoativa, localizada na Travessa Frutuoso Guimarães, número 615 (entre General Gurjão e Riachuelo), no bairro da Campina. Contatos podem ser feitos pelo número (91) 3225-2754 ou através do e-mail a.fotoativa@gmail.com.

Após o surgimento da tecnologia digital, a fotografia ficou ainda mais acessível. Mas há uma magia a ser descoberta, guardada na caixa escura. A convite da Fotoativa, o fotografo Dirceu Maués é quem ajuda a desvendar o processo fotográfico através da oficina “Construção de Câmeras Artesanais”.

O objetivo é promover a participação ativa na formação da imagem, através da construção de um dispositivo. Compreender o processo em sua base é fundamental para compreender dispositivos mais complexos. “Construir a própria câmera é entrar na câmera escura, na caixa preta… É se tornar parte do dispositivo fotográfico. A precariedade contida na simplicidade desse dispositivo (câmera pinhole) nos solicita um pensamento mais profundo sobre o processo como um todo”, aponta Maués.

Mas como provocar o público a construir suas câmeras e se conectar ao processo? Dirceu argumenta que o exercício é prazeroso, pois investiga não apenas a montagem, mas o desmonte e todos os meandros do processo da fotografia, explorando suas possibilidades criativas.

“Desmontar o aparelho para descobrir e dominar a forma mais básica e essencial de seu funcionamento e poder usar esse conhecimento de uma forma lúdica e criativa seja para o desenvolvimento de um trabalho autoral dentro do campo da fotografia e das artes, por hobby ou simplesmente para descobrir como é viável, e muito divertido, fotografar utilizando uma câmera construída pelas próprias mãos”, assinala o fotógrafo.

Dirceu Maués acredita que a oficina se apoia no conceito de troca de experiências, onde compreender e apreender como a imagem se forma é importante para se aproximar do resultado que se pretende: “Qualquer experimentação do processo fotográfico, por exemplo, por mais radical que seja, necessita partir de uma base. Precisa ser realizada compreendendo suas ações e analisando as respostas que o processo devolve a você”, arremata.

Dirceu Maués
Fotógrafo desde 1991, Dirceu Maués atuou como instrutor de oficinas de fotografia na Fundação Curro Velho na década de 90, em Belém. Foi repórter fotográfico nos grandes jornais impressos daquela cidade por 12 anos e desde 2003 desenvolve trabalho autoral nas áreas da fotografia, cinema e vídeo. Tem como base pesquisas com a construção de câmeras artesanais e utilização de aparelhos precários. Em 2009, foi contemplado com uma bolsa de residência em arte na Künstlerhaus Bethanien/Berlim pelo programa Rumos Itaú Cultural. No mesmo ano, também foi contemplado com a Bolsa Funarte de estimulo à criação artística e foi um dos 40 fotógrafos que participaram do projeto Encontros com a Fotografia – FNAC. Seus Trabalhos fazem parte das Coleções Pirelli-Masp, Fnac, VideoBrasil, MAC-PR, MARP (Ribeirão Preto), MEP – Museu de Arte do Pará e Coleção Joaquim Paiva.


Para conhecer mais sobre o ofício do ministrante, clique aqui

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