quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Oficina Prorrogada: Michel Pinho ministra o curso “A mercê da memória” neste fim de semana

Foto | Irene Almeida
Qual a função de cada um na preservação do patrimônio histórico, material e imaterial, da sua cidade? Quem sabe registrar imagens como uma forma de perpetuar a existência seja uma maneira de agir. O curso “”A mercê da memória”, que a Fotoativa oferece, é ministrado pelo historiador e fotografo Michel Pinho tendo como um dos principais objetivos instigar o público a fazer seus registros do patrimônio de Belém.
“Na verdade, a fotografia e o patrimônio se ligam através do discurso da memória, da materialização de uma imagem”, aponta Michel Pinho. O debate sobre o patrimônio histórico é um excelente estimulador da imagem sobre a cidade.
Dividindo em quatro eixos – ‘A cidade esquecida e a cidade visível’, ‘Atrás da paredes: entre o cotidiano e a história. Noções de patrimônio’, ‘Para além da rua: o exercício do ver’ e ‘Entre os Apinagés e a ditadura: intervenções urbanas em Belém do Pará’ – o curso traz muita teorização e prática sobre o assunto, partindo das próprias experiências artísticas do facilitador, que convida os participantes a ver (num primeiro momento) e depois exercitar intervindo no espaço urbano de hoje e ontem, tomando a cidade para si.
“As intervenções são pontos de questionamento nas cidades. Elas geram estranhamento, fazem com que o expectador se pergunte o que é que esta acontecendo”, explica Michel, que busca na sala de aula estimular os alunos a pensarem o mundo lá fora, a ser cidadãos e parte de uma sociedade que gera cultura.
“Belém é muito aberta as intervenções, sejam elas artísticas, históricas  ou urbanisticas. o aterramento do rio para dar lugar a Boulevard Castilho França é uma intervenção, o monumento do general Gurjão na Praça Dom Pedro II é uma intervenção da mesma maneira que placas indicativas dos locais onde existiu tortura em Belém é uma intervenção”, acrescenta o historiador e fotografo.
O curso “A mercê da memória” possui carga horária de 6 horas, . Sendo realizado sábado 28.09 de 15 às 18h e domingo 29.09 de 9h às 12h, no Fórum Landi, pelo investimento de R$ 100. “Qualquer pessoa pode fazer a oficina. De celulares a câmeras mais sofisticadas podem ser usadas, bastando ser própria, e o único resultado previsto é ver Belém de uma forma diferente”, finaliza Pinho.

Estão abertas as inscrições para o segundo módulo da oficina “Olhar Digital”, ministrada por Valério Silveira. A atividade é destinada para o público que já tem noções básicas de fotografia e o objetivo é introduzir noções sobre a articulação do tema e apresentação da imagem.
“A ideia é a aperfeiçoar a prática da composição fotográfica com base no apuro da percepção visual e interpretação da luz como elemento vital na construção da imagem”, esclarece Silveira, que é arte-educador, artista visual e fotógrafo.
Ele, que também é Mestre em educação pelo Instituto de Ciência da Educação (ICED/UFPA), se considera um apaixonado por imagens e artes de um modo geral. Um dos seus objetos de pesquisa e a relação da fotografia com a infância em Belém do Pará, na primeira metade do século XX.
Entre os temas abordados estão a questão da cor, e pigmento da luz, a temperatura das cores, a fotometria e outras questões mais subjetivas como as temáticas – documental, paisagem, retrato -, passando pela confecção de um book fotográfico. Valério também explica a diferença entre enquadramento e recorte, dá dicas para edição e tratamento de imagens, impressão e até a elaboração de um portfolio.
A oficina “Olhar Digital II” possui carga horária de 40 horas, no período de 24 de setembro a 31 de outubro, no Fórum Landi. 15 vagas.
Para se inscrever, sob o investimento de R$ 320, os interessados devem procurar a sede temporária da Associação FotoAtiva, localizada na Travessa Frutuoso Guimarães, 615, no bairro da Campina. Entre General Gurjão e Riachuelo. De segunda a sexta, de 14h às 20h e aos sábados, de 09h às 13h.


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Associação Fotoativa
Tel XX 91 3225-2754
Utilidade Pública Municipal e Estadual

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