domingo, 10 de junho de 2012

A ARTE DA DIVERGÊNCIA ou Quando alguém perde seguidores.



Uma mulher muito bonita e elegante cruza uma avenida.
Ela olha para o lado e pensa: “olha quem tá ali, é aquele cara famoso e tal.”

M – Oi, td bom? Você ñ é o fulano de tal?
H – Sim, sou eu.
M – Eu era uma grande fã sua...
H – Era? (risos)
M – Sim...acompanhava suas exposições, suas ideias e até defendia seus pontos de vista na minha agência.
H – Sério? E o que lhe fez mudar de ideia...err..deixar de ser minha fã (risos)
M – Vou te ser bem sincera, percebi que você queria ter uma plateia te seguindo.
H – Eu? (indignado), imagina!! Nunca sequer pensei nisso!
M – Bom...não é o q eu percebia. Você dizia para nós compartilharmos informações, mas, era o primeiro a enviar os editais somente para alguns do grupo.
H – Você só pode estar alucinando (com raiva).
M – Olha, eu te digo isso por que fiquei chateada contigo, não posso deixar de dizer.
H – Você está começando a me ofender garota.
M – Deixei de ir em palestras de pessoas que falavam de novas ideias sobre nossa linguagem por que você dizia que essas pessoas estavam equivocadas, precisavam estudar, ter técnica, conhecer a coisa por dentro...você era foda! Você vinha com esse discurso de professor sabe tudo, mas, no fundo você é a tradição embolorada.
H – Escuta aqui menina (com raiva mesmo): você vai ouvir agora, vocês acham q podem chegar assim escrachando tudo, vocês destroem algo que foi construído com suor de gerações passadas com muito sacrifício, que direito vocês tem de fazer isso?
M – Meu direito de pensar sem ter vocês nas minhas costas incutindo mofo na minha consciência! Ideias que no final das contas são parte da sua vontade ou necessidade de não perder seguidores, sim!! Você na verdade não quer perder público.
H – Ora, vá aprender a arte do ofício primeiro, depois conversamos! Vá e depois de quinze anos de experiência a gente conversa, sua patrícia.
M – Pois eu lhe digo o mesmo, vá estudar e deixe o programa de lado...você lembra de “tempos modernos” Pois, sim, você não passa de um Carlitos apertando parafusos.








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