quarta-feira, 13 de julho de 2011

DA interação ao agenciamento - Giselle Beiguelman





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O século 21 entrará para os livros de história como marco zero da era do pós-virtual. Uma era em que as redes se tornaram tão presentes no cotidiano e que o processo de digitalização da cultura tornou-se de tal forma abrangente, que se tornou anacrônico pensar na dicotomia real/virtual.
O mundo da Internet das Coisas já se anuncia no presente e a interação mediada por dispositivos de conexão é sua senha de acesso. Pequenos celulares que habitam nossos bolsos nos ciborguizam e expandem nossos corpos para além do aqui, inserindo-nos num tempo de eterno agora.
Telas flexíveis e de diferentes portes remodelam as noções de espaço doméstico e privacidade e aplicativos de Realidade Aumentada inserem camadas de informação no ambiente urbano, redefinindo o espaço público.
Vivemos mediados por redes sociais, como Twitter e Facebook, e a Internet se consolida como um dos palcos privilegiados de controle, consumo e mobilização política.
Nesse contexto, interação e interatividade tornam-se palavras mais que recorrentes. Invadem o discurso publicitário e transformam-se em commodity da indústria de informática e das telecomunicações e consolidam-se como uma das dimensões da sociabilidade mediada e midiatizada que sustenta redes de relacionamento como o Facebook e afins.
Isso faz com que produzir, avaliar e refletir criticamente sobre projetos artísticos alinhados sob a rubrica da “interatividade” transforme-se em um desafio e uma tarefa complexa. Afinal, em um mundo em que do telefone ao aparelho de TV, passando pela geladeira, tudo promete interação e conexão, o que pode ser digno de nota e reflexão.
O que já não foi entregue e prometido pelos sedutores gadgets que nos rodeiam e pelas instâncias corporativas por meio das quais expressamos e construímos nossas subjetividades? (...)

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http://www.desvirtual.com/da-interacao-ao-agenciamento/

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