segunda-feira, 28 de março de 2011

Crise!?



Mão elevada e com o punho fechado para apoiar o queixo. Olhar profundo, distante, perdido... É muito fácil associar essa posição à de um filósofo vagando entre ideias, como O Pensador, a famosa escultura de Auguste Rodin. Mas, afinal, no que o solitário estaria pensando? Em como pagar o aluguel, dizer àquela bonita moça que a ama ou está próximo de um insight filosófico que o faria questionar o que raios ele estava fazendo parado ali? Estaria ele em crise existencial?

Pois é, o ato de questionar a vida pode trazer sentimentos ingratos e que põem na mesa dúvidas pertinentes (ou aquelas nem tanto) que nos fazem parar e prestar atenção em por que razão existimos. Penso, logo existo? Que nada! Penso, logo entro em crise. Afinal, quem nunca ficou angustiado com as dúvidas e mistérios da natureza humana?

As crises existenciais não têm hora, lugar ou uma razão específica para estourar. De uma forma geral, tudo pode ser motivo para ela chegar de mansinho e se apoderar dos nossos pensamentos: uma página em branco, odiar o emprego, não arranjar uma namorada bacana (ou até uma que nem seja tão bacana assim...), uma família estranha, a aparência fora do padrão – ou tudo isso ao mesmo tempo. Essas são castrações modernas suficientemente poderosas para desequilibrar qualquer cidadão. E os resultados delas podem variar entre choros parciais, choros constantes, depressão e até, nos casos extremados, suicídio.

“Mas como ninguém pensou em solucionar isso antes?”, pode se angustiar o leitor. O fato é que já se pensou, sim. Desde Sócrates, pelo menos. Tanto que o ato de filosofar surge, de certa forma, dessa premissa: a de observar, investigar e compreender toda a miscelânea de sentimentos que formam o Homem (...)


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