quarta-feira, 13 de outubro de 2010

VHS

á podemos considerar a fita magnética e o videocassete objetos de uma arqueologia midiática? Embora o tape tenha sido substituído pelo suporte digital, é inquestionável que hoje exista um grande número de material audiovisual produzido em fita magnética ainda não convertido para o digital. Pensando sobre essas questões, o projeto Tape Deck Solos é uma série de exibições de material bruto registrado em VHS que acontece no Terreiro “A Pele do Invisível”, dentro da programação da 29ª Bienal de São Paulo. Concebido por Gabriel Menotti, vídeo-artista, curador e pesquisador, a ação se dá através sessões, onde realizadores são convidados a apresentar imagens não-editadas para a audiência, usando apenas um videocassete. Já participaram do evento artistas como Carlos Nader, Tadeu Jungle , Lucas Bambozzi e Bruno Vianna. “A apresentação de material bruto – não preparado – demanda uma série de esforços de todos os envolvidos nas sessões: o realizador precisa articular as imagens retórica e mecanicamente; a audiência precisa fazer um esforço de imaginação para “montar as cenas” na sua cabeça”, comenta o curador Gabriel Menotti sobre as narrativas produzidas em tempo real com o material apresentado no projeto Tape Deck Solos. Posicionado à beira da tela, o videocassete se torna um elemento cênico que se dá pelo uso de suas possibilidades mínimas – como pause, rewind e fast forward – onde o realizador convidado é capaz de selecionar quais trechos do material pretende exibir; em que ordem mostrá-los; e até criar alguns truques narrativos low-tech. Confira a programação do Tape Deck Solos para saber sobre os próximos participantes.


Fonte: http://blog.premiosergiomotta.org.br/

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