Encerrando de forma espetacular, a programação em comemoração ao Ano da França no Brasil, a Aliança Francesa e o Sistema Integrado de Museus , através do Museu Casa das Onze Janelas, exibem “100 X France”, mostra , que conta a história da fotografia no país europeu. Ao todo, integram a exposição 100 imagens fotográficas escolhidas dentre milhares de cópias conservadas na Biblioteca Nacional da França, no Museu d’Orsay e no Centro Pompidou em Paris, três das mais ricas coleções públicas existentes no mundo. O Ministério da Cultura Francês, a Escola Nacional de Belas Artes de Paris, a Fundação Jacques Henri Lartigue, o Estate Brassaï, colecionadores particulares, fotógrafos, artistas ou os seus detentores de direitos autorais acompanharam a realização da mostra que tem a curadoria de Sophie Schmit. A exposição já passou por países asiáticos e várias cidades brasileiras e, chega a Belém, contando a história francesa desde o século XIX até os dias atuais.
Em 1826 Nièpce fotografa uma paisagem na comuna Saint-Loup de Varennes
Um dos destaques da mostra é a imagem da primeira fotografia da história. Em 1826, a partir de uma janela na comuna Saint-Loup de Varennes, Nicéphore Niépce fotografou uma paisagem francesa. Depois de mais de 20 anos de pesquisa, Niépce conseguiu registrar uma imagem permanente. Nos experimentos anteriores, o inventor francês era capaz de registrar apenas imagens que sumiam após um tempo. A fim de realizar o feito, Nièpce deixou seu precário equipamento fotográfico exposto durante oito horas. E o resultado foi uma das imagens mais marcantes do século XIX. Para muitos, a fotografia de Niépce é apenas um borrão. No entanto, a imagem simboliza um grande passo para o desenvolvimento da fotografia.
Theóphile Féau fotografou a construção da Torre Eiffel no século XIX
Em contraste com o registro de Nièpce, a exposição “100 X France” apresenta imagens recentes. Como é o caso da fotografia de Bertrand Lavier que traz a figura de Fabien Barthez, ex-goleiro da seleção francesa de futebol. Além disso, outra obra de destaque é a “Torre Eiffel em Construção”, um conjunto de três fotografias de Teóphile Féau mostrando o processo de montagem do maior símbolo da França.
Cada uma dessas imagens é apresentada com um texto que conta a respectiva história da fotografia e do seu autor, da França e dos franceses; como também de Paris. Escolher apenas uma obra por artista permitiu que fossem expostos ao lado dos gênios da fotografia francesa como Nicéphore Niépce, Louis-Adolphe Humbert de Molard, Gustave Le Gray, Charles Nègre, Eugène Cuvelier, Henri Cartier-Bresson, Félix Nadar , Eugène Atget e Man Ray , fotógrafos menos conhecidos como Édouard Baldus, Charles Marville ou Auguste Collard, e também imagens de amadores anônimos ou célebres como Jacques Henri Lartigue ou o conde Robert de Montesquiou.
Em 1826 Nièpce fotografa uma paisagem na comuna Saint-Loup de Varennes
Um dos destaques da mostra é a imagem da primeira fotografia da história. Em 1826, a partir de uma janela na comuna Saint-Loup de Varennes, Nicéphore Niépce fotografou uma paisagem francesa. Depois de mais de 20 anos de pesquisa, Niépce conseguiu registrar uma imagem permanente. Nos experimentos anteriores, o inventor francês era capaz de registrar apenas imagens que sumiam após um tempo. A fim de realizar o feito, Nièpce deixou seu precário equipamento fotográfico exposto durante oito horas. E o resultado foi uma das imagens mais marcantes do século XIX. Para muitos, a fotografia de Niépce é apenas um borrão. No entanto, a imagem simboliza um grande passo para o desenvolvimento da fotografia.
Theóphile Féau fotografou a construção da Torre Eiffel no século XIX
Em contraste com o registro de Nièpce, a exposição “100 X France” apresenta imagens recentes. Como é o caso da fotografia de Bertrand Lavier que traz a figura de Fabien Barthez, ex-goleiro da seleção francesa de futebol. Além disso, outra obra de destaque é a “Torre Eiffel em Construção”, um conjunto de três fotografias de Teóphile Féau mostrando o processo de montagem do maior símbolo da França.
Cada uma dessas imagens é apresentada com um texto que conta a respectiva história da fotografia e do seu autor, da França e dos franceses; como também de Paris. Escolher apenas uma obra por artista permitiu que fossem expostos ao lado dos gênios da fotografia francesa como Nicéphore Niépce, Louis-Adolphe Humbert de Molard, Gustave Le Gray, Charles Nègre, Eugène Cuvelier, Henri Cartier-Bresson, Félix Nadar , Eugène Atget e Man Ray , fotógrafos menos conhecidos como Édouard Baldus, Charles Marville ou Auguste Collard, e também imagens de amadores anônimos ou célebres como Jacques Henri Lartigue ou o conde Robert de Montesquiou.
No entanto, não se entenderia a fotografia sem o acompanhamento da evolução de sua técnica. No início de sua história, esta técnica é pouco a pouco elaborada por ricos inventores apaixonados por fotografia. Com a evolução das técnicas (reprodutibilidade de cópias, diminuição do tempo de exposição…), ela passa a ser comercializada por fotógrafos talentosos como Félix Nadar e Mayer & Pierson. Ferramenta da propaganda imperial de Napoleão III (1852-1870), ela testemunha ao longo de sua existência as mudanças urbanísticas (grandes obras de Paris), políticas (a Comuna), sociais (êxodo rural) de uma sociedade em constante mutação.
Mas a fotografia oscila igualmente entre arte e ciência. Em 1839, o ministro e cientista François Arago prevê-lhe um papel científico. “Repertório de imagens”, ela pode ser selecionada, classificada, comparada, analisada pelos irmãos Henry, astrônomos; Alphonse Bertillon, fundador do serviço parisiense da Identidade Judiciária; o doutor Raviart, psiquiatra, ou o fisiologista Jules Marey. Outro fisiologista, Duchenne de Boulogne quer colocar o seu “repertório de expressões” à serviço dos estudantes da Escola de Belas Artes de Paris.
Extraordinários fotógrafos franceses como Charles Nègre e Gustave Le Gray foram grandes pintores. Artistas de grande prestígio tais como Eugène Delacroix ou Edgar Degas a utilizaram para criar um “repertório de poses iconográficas”.
No início do século XX os pictorialistas, dentre os quais Constant Puyo, quiseram, pela adição de materiais à composição de suas obras, obter um aspecto próximo ao da pintura. Após o caos da guerra de 1914-1918, os surrealistas brincam com experimentos de novas técnicas. Com Man Ray, Dora Maar ou Raoul Ubac, a fotografia não é mais apenas “representação”, ela é também “objeto” de criação.
Entretanto, à partir de 1930, fotógrafos humanistas como Brassaï, André Kertész, Robert Doisneau vão ao encontro de uma Paris poética, aquela das crianças, dos delinquentes e dos amantes. Com o desenvolvimento da imprensa, Janine Niépce e Sabine Weiss, que se tornaram repórteres fotográficos, cobrem a atualidade política e social. A fotografia é onipresente em revistas e livros. Ela também se mostra nos muros das cidades. Para suas fotografias de moda, Frank Horvat prefere a rua aos estúdios. As agências se multiplicam. Dentre os fundadores da agência Magnum em 1947, Henri Cartier Bresson procura o “instante decisivo”. Ao lado de Martine Franck e de Raymond Depardon, o fotógrafo controla diretamente a utilização e a comercialização de suas obras. “Fotógrafo jornalista”, Gilles Caron cobre a mais perigosa atualidade, chegando assim a perder a sua vida. Jeanloup Sieff divulga suas fotografias retraçando sua obra. Agnès Varda imortaliza Gérard Philipe sobre o palco do festival de Avignon antes de se lançar no cinema e na “criação contemporânea”.
A fotografia estava a um passo das artes plásticas. Com Bernard Faucon, Patrick Tosani, Valérie Belin, Frank Perrin, Valérie Jouve, a fotografia torna-se um meio de criação, uma ferramenta a serviço dos artistas plásticos. Ela é “memória” com Bernard Plossu e Georges Rousse. Ela se transforma em “Quadro” com Jean-Marc Bustamante. Quanto à Bertrand Lavier, ele nem é fotógrafo.
Essa exposição deseja destacar a extraordinária vitalidade de uma criação iniciada na França ha menos de dois séculos. Ela deseja principalmente permitir a cada um de nós que testemunhe uma história.
Sophie Schmit, curadora da exposição, é historiadora de arte, jornalista e curadora independente. Suas últimas exposições foram: Paris em Xangai (Paris à Shanghai); Três Gerações de Fotógrafos Franceses (Trois Générations de Photographes Français) – Musée des Beaux-Arts, Xangai, 2005; Os Fantasmas de Odessa (Les Fantômes d’Odessa) de Christian Boltanski – Bienal de Arte Contemporânea, Moscou, 2005; O Terceiro Olho (Le Troisième Œil); A Fotografia e o Oculto (La Photographie et l’Occulte – Maison Européenne de la Photographie, Paris, 2004-2005 e Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque, 2005-2006.
Fotógrafos que integram a mostra 100 X France: Bernard Plossu, Frank Horvat, Nicéphore Niepce, Agnes Varda, Bertrand Lavier, Meurisse, Gilles Caron, Denise Colomb, Auguste-Hippolyte Collard, Maurice Guibert, Achille Quinet, Comte Olympe Aguado De Las Marismas, Gustave Le Gray, Eugene Durieu, Etienne-Jules Marey, Comte Robert De Montesquiou-Fezensac, Alphonse-Justin Liebert, Felix-Jacques-Antoine Moulin, Charles Aubry, Paul Berthier, Edgar Degas, Andree Kertesz, Martine Franck, Raymond Depardon, Henri Cartier-Bresson, Albert Peignot, Janine Niepce, Rene Jacques, Adrien Tournachon & Felix Nadar, Louis Adolphe Humbert De Molard, Etienne Clementel, Louis Philippe - Duc D’Orleans, Charles Negre, Constant Puyo, Henry Frères, Constantin Brancusi, Marcel Duchamp, Dora Maar, Claude Cahun, Eli Lotar, Lucien Lorelle, Raoul Ubac, Hippolyte Bayard, Felix Nadar, Pierre Louis Pierson, Theophile Feau, Pierre Bonnard, Bernard Faucon, Jacques-Henri Lartigue, Jean-Marc Bustamante, Neurdein Frères, Seeberger Frères, Eugene Cuvelier, Louis Camille D’olivier, Louis-Auguste & Auguste-Rosalie Bisson, Louis Jean Delton, Louis-Adolphe-Eugene Disderi, Pierre-Ambroise Richebourg, Andre Garban, Etienne Neurdein & Louis Antonin Neurdein, Auguste-Hippolyte Collard, Eugene Atget, Charles Marville, Delmaet Et Durandelle, Adolphe Braun, Man Ray, Constant Famin, Maurice Tabard, Florence Henri, Maurice Guibert, Jean-Loup Sieff, Georges Rousse, Patrick Tosani, Robert Doisneau, Valerie Belin, Valerie Jouve, Guillaume Duchenne De Boulogne, Leopold-Ernest Mayer & Pierre Louis Pierson, Philippe Regnier, Duc De Massa, Alexandre Ferrier, Adolphe Braun, Alphonse Bertillon, Rene Barthelemy, Frank Perrin, Brassaï, Sabine Weiss, Dr G. Raviart, Georges Tairraz.
Serviço:
“100 X France” - abertura com coquetel , dia 16 de dezembro às 19h.
Local: Sala Valdir Sarubbi do Museu Casa das Onze Janelas
Visitação: de 17 de dezembro de 2009 a 10 de janeiro de 2010.
Hórário : das 10h às 16h, de terça a domingo. Ingresso do Museu para visita às quatro exposições em exibição: R$2,00, terças-feiras entrada franca, crianças e maiores de 65 anos não pagam, bem como grupos agendados e turmas de instituições educativas da rede de ensino.
Local: Sala Valdir Sarubbi do Museu Casa das Onze Janelas
Visitação: de 17 de dezembro de 2009 a 10 de janeiro de 2010.
Hórário : das 10h às 16h, de terça a domingo. Ingresso do Museu para visita às quatro exposições em exibição: R$2,00, terças-feiras entrada franca, crianças e maiores de 65 anos não pagam, bem como grupos agendados e turmas de instituições educativas da rede de ensino.
Agendamento: 40098845/8818.
O Museu Casa das Onze Janelas fica na Praça frei Caetano Brandão s/ nº- Complexo Feliz Lusitânia , Belém-PA.
O Museu Casa das Onze Janelas fica na Praça frei Caetano Brandão s/ nº- Complexo Feliz Lusitânia , Belém-PA.
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