sexta-feira, 30 de abril de 2010

Palestra encerra exposição



Confiram a palestra Territórios da Fotografia Contemporânea, com o Fotógrafo e Professor Ms. Mariano Klautau Filho, nessa sexta-feira, dia 30 de abril às 19h, encerrando a exposição do Prêmio diário de fotografia contemporâneo. Mariano foi também curador do projeto da mostra que recebeu bons elogios da crítica e do público visitante.



A palestra tem entrada franca e será no Museu da Universidade federal do Pará - MUFPA, situado na Av. Governador José Malcher, esquina com Generalíssimo Deodoro onde ocorreu a exposição.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Bate-papo com artistas na Unama


Apesar de algumas informações e notícias chegarem ou serem divulgadas com certo atraso, nós do Novasmedias!? estamos aqui para espalhar, disseminar, informar nossos colegas e leitores deste humilde blog informativo. Mais tarde, no dia de hoje (29/04) ocorrerá na Galeria de Artes da Unama da Alcindo Cacela, às 19h, o bate-papo com os artistas Jocatos, Eliene Tenório, Paula Sampaio e Lise Lobato.


Dia 22 de abril aconteceu o bate-papo com os artistas Armando Queiroz e Mariano Klautau Filho.

O projeto Rios de Terras e Águas: navegar é preciso foi selecionado e financiado pelo Programa Petrobras Cultural na categoria Formação/Educação para as Artes: Materiais e Documentação. Teve como proponente a Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia (FIDESA) e como parceira beneficiária a Universidade da Amazônia (UNAMA). O projeto foi idealizado e elaborado petos pesquisadoras Janice Lima, coordenadora de arte e educação. Marisa Mokarzel, coordenadora técnica e Simone Moura.

O objetivo do "Rios de Terras e Águas: navegar é preciso" foi documentar e difundir a obra de seis artistas do Pará, que se encontram interligadas pó-questões patrimoniais, culturais e artísticas e apresentam-se em um contexto cultural local, em que estes buscam suas referências, articulando-as ao espaço mais amplo da arte contemporânea.

LOTERIA FEDERAL E "GALILEU GALILEI"

Nos chegou este email do artista Alex Flemming. Idéia legal, desdobrada a partir de um convite da CAIXA.


Meus queridos amigos

Para mim é uma honra sem precedentes : a Loteria Federal me escolheu e à minha instalacäo "GALILEU GALILEI" para ser o homenageado pelo Dia do Artista Plástico. Eu confesso que nem sabia da existencia de um dia dedicado à nossa profissäo, mas devo dizer que fico contente com tudo. Os bilhetes desde ontem já se encontram à venda em todas as casas lotéricas do Brasil, e o sorteio será no dia 15 de Maio.

Vai aqui atachado a imagem para voces a verem.

Para nao deixar passar em branco algo täo inusitado, eu vou ao Brasil realizar uma acäo político-performática-conceitual para democratizar a Arte no sentido mais radical possível : convido todos voces, seus amigos e os amigos de seus amigos e também as pessoas que eu näo conheco, a me trazerem os bilhetes da Loteria onde eu sou retratado e eu assinarei todos esses bilhetes que me chegarem às mäos, transformando assim um objeto produzido e impresso industrialmente, numa “obra-de-arte-instantanea”. Grátis. Para todos.

"Onde o artista coloca sua assinatura, ele reconhece a legitimidade enquanto obra".

Como nao imprimirei convites para essa performance, tudo funcionará no "boca-a-boca". Obrigado se voces puderem divulgar : quero trazer Sorte para todas as pessoas que me procurarem !!

Eu convido todos para 3 "tardes de autógrafos" :

- terca-feira, dia 11 de Maio, no MAMAM Museu de Arte Moderna de Recife das 12:00 às 14:00 horas

- quinta-feira, dia 13 de Maio no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro das 12:00 às 14:00 horas

- domingo, dia 16 de Maio no MASP em Säo Paulo das 12:00 às 14:00 horas.

Um super abraco e tudo de bom e a Sorte Grande para todos,

o artista viajante

sempre Flemming


quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sarau Visual Amanhã 29/04



Continuando a programação do projeto Indicial, realizado pelo SESC Pará, amanhã (29), a partir das 18h, no prédio anexo ao Centro Cultural SESC Boulevard, acontecerá o I Sarau Visual, com as projeções multimídias dos trabalhos: “Sonoro Diamante Negro”, da jornalista e fotógrafa Suely Nascimento, “15 minutes exhibition”, dirigido pela italiana Cláudia Buzzetti e “Wondering with my shadow”, da cineasta inglesa Rani Khana. A entrada é franca.

Sonoro Diamante Negro
Com 9min23seg, o audiovisual “Sonoro Diamante Negro”, de Suely Nascimento, apresenta fotografias em preto e branco que retratam a aparelhagem Sonoro Diamante Negro que existiu em Belém por mais de 50 anos. As imagens foram produzidas de 1997 a 2004 em sedes sociais por onde o sonoro tocava. Há fotografias feitas em sedes como Estrelinha, São Domingos e Florentina. São cenas da chegada da aparelhagem às sedes, a montagem das peças, a limpeza, a arrumação dos discos e os famosos Bailes da Saudade.

15 Minutes
Criada a partir do intuito de buscar um novo modelo de exposição itinerante, portátil e acessível, possível de ser levada a qualquer lugar com facilidade e ser vista em qualquer espaço ou pela internet e fruto de uma parceria entre o espaço cultural e educacional Ateliê da Imagem e o ArtSalon (http://www.artsalon.com.br/), salão virtual especializado em fotografia, “15 Minutes” é uma mostra em vídeo produzida com fotografias de 47 renomados artistas brasileiros e estrangeiros, como Rosangela Rennó, Cia de Foto, Marcos Bonisson, Vic Muniz, Walter Firmo, e os paraenses Luiz Braga e Guy Veloso.

Wondering with my shadow
Dirigido pela cineasta Rani Khanna, Wondering with my shadow” , cuja tradução literal é Dançando com a minha sombra”, é um vídeo que prima pela simplicidade e precisão: o vídeo foi produzido em tomada única, ou seja sem cortes, e sem montagens, com uma câmera de celular em sincronia com uma trilha do compositor Gabriel Yared. Rani, filha de mãe francesa e pai indiano, mora atualmente em Londres e além de produzir filmes experimentais dedica-se ao ensino de vídeo e produção de documentários para jovens e adultos.

As exibições fazem parte da programação do projeto “Indicial - Fotografia Paraense Contemporânea”, iniciada no último dia 4 de abril e que se estende até o dia 30 de maio, com entrada gratuita.

Serviço:

IND!CIAL – I Sarau Visual
Data: 29 de abril de 2010.
Horário: a partir das 18h.
Local: Anexo do Centro Cultural SESC Boulevard (Av. Boulevard Castilho França, nº 522/523).
Informações: (91) 4005-9578 / 3224-5654 / 3224-5305 / 4005-9584
www.sesc-pa.com.br ou e–mail: sescboulevard@pa.sesc.com.br
Programação gratuita

Música na Estrada chega a Marudá levando carimbó, reggae, rock e mostra de vídeos

Diretamente de Marapanim, o carimbó do grupo Beija-flor Mirim, junta-se ao reggae feito em Castanhal pela banda Yemanjah e ainda ao rock de Belém misturado a outros ritmos regionais de Cláudio Figueiredo e Banda. Todos estes sons tem um encontro marcado neste final de semana em Marudá.

Os shows encerram, neste sábado, 01 de maio, a programação do Música na Estrada, projeto criado pela M. M. Produções, com patrocínio do Conexão Vivo, com objetivo de compartilhar a música produzida na capital com o interior do Estado.

O projeto começou pela zona do salgado, no município de Bragança, no dia 10/04, onde se apresentaram Toni Soares com o Grupo Rabecas de Bragança e o Grupo Quaderna com a convidada Lívia Rodrigues, além do Metaleiras da Amazônia.

Depois o palco Estrela do Música na Estrada percorreu os municípios até chegar agora em Marudá, sempre com shows gratuitos. No palco, os artistas apresentam todo o potencial da música paraense, mostrando as novidades deste cenário rico em ritmos e de influencias universais da música, unindo novos talentos aos já consagrados.

“Escolhemos artistas da nossa música e realizamos shows de acesso gratuito, ao ar livre, por quatro cidades. Nossa missão é encurtar as distâncias entre a capital e o interior, promovendo intercâmbio, incentivando novas redes de relacionamento”, revela o produtor Márcio Macedo.

O Conexão Vivo abraça a produção de eventos ligados à música autoral dos estados de Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Pará e Pernambuco. Antes do termo “rede” entrar na moda, o Conexão já atuava desta forma, aglutinando artistas, produtores culturais e iniciativas pública e privada.

SAIBA MAIS SOBRE OS GRUPOS QUE SE APRESENTAM NESTE SÁBADO

Cláudio Figueiredo e Banda - O produtor cultural e compositor já integrou, na década de 90, a banda Tribo, que estourou nas rádio a música Almirante Brás e a banda Epadu, que fundia rock com carimbo. Em Marudá, apresentará suas composições com outros autores como Jonas Santos, André Nascimento e Bob Shinkai. No vocal, Cláudio Figueiredo, Teclado - Jacinto Kahwage, Baixo - Adalbert Carneiro, Bateria - Edwaldo Cavalcanti, Guitarra – Davi, com produção de Patricia Guilhon.

Grupo Beija Flor Mirim - Curimbós, banjos, maracás, pandeiros, xeque-xeque, flautas e reco-reco. Juntos, os sons destes instrumentos formam o ritmo que é a cara do Pará: o carimbó. E a casa desse ritmo é Marapanim, município localizado no nordeste paraense, também conhecida como Capital do Carimbó. O grupo

Banda Yemanjah - Formada oficialmente em abril de 2006, na cidade de Castanhal – PA, a Banda Yemanjah tem como base o Reggae Roots, em suas apresentações. Procura mostrar a força do Reggae, tendo como influência: Clinton Fearon, Bob Marley, The Gladiators, Alpha Blondy, Max Romeo, Ponto de Equilíbrio, Rebelution e Soja. Composta por apenas três músicos: Adriano (Vocal e Guitarra), Wagner "Totóia" (Contrabaixo) e Nego Walber (Vocal e Bateria), a banda começou em barzinhos na cidade de Castanhal, e vem se destacando cada vez mais no cenário musical do Reggae Regional.

SERVIÇO
Neste sábado, 01 de maio. Projeto Música na Estrada em Marudá. A partir das 19h, com mostra Vídeos Conexão Vivo. A partir das 20h, shows dos grupos Carimbó Beija-flor Mirim, Claudio Figueredo e Banda Yemanjah. Na Orla de Marudá. Entrada franca. Produção MM Produções, com patrocínio do Conexão Vivo.

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Luciana Medeiros
Jornalista - DRT-PA 1170
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Produção Cultural
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Luciana Kellen
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VISITANTE APALPA ARTISTA NU EM EXPOSIÇÃO DE MARINA ABRAMOVIC.


Uma exposição que faz uma retrospectiva da artista iugoslava Marina Abramovic, 63, tem causado polêmica em Nova York.

O jornal "New York Times" publicou a história de um dos artistas que teve seu corpo tocado por um visitante enquanto executava a performance "Imponderabilia", uma das mais controversas de Marina.

O dançarino Will Rawls executava a performance com sua parceira, em que tinha que ficar completamente nu parado no vão de uma porta, para que os visitantes pudessem passar entre eles.

Em certo momento, ele notou um homem mais velho se preparando para passar. "Ele escorregou sua mão nas minhas costelas e costas e então tocou meu traseiro", disse Rawls ao jornal.

"Eu apenas me virei, olhei para um dos seguranças e disse: 'Esse homem está me tocando'". O visitante foi repreendido e proibido de voltar ao museu.

Visitante passa entre duas pessoas executando a performance "Imponderabilia", no MoMA

Polêmica

A atitude do visitante repreendido na mostra de Marina Abramovic logo suscitou questões que sempre estiveram presentes na arte da performance --a máxima "olhe, mas não toque".

Quando as exposições envolvem nudez, como muitas feitas pela artista iugoslava, o caso pode ganhar proporções ainda maiores e ir parar na justiça.

Segundo o "New York Times", atitudes como essas têm se tornado cada vez mais comuns, mas sempre culminam com a expulsão do visitante do museu.

Marina Abramovic

Uma das artistas mais importantes e pioneiras na arte da performance, Marina Abramovic ganhou no mês passado uma exposição no MoMA de Nova York, que faz uma retrospectiva de seu trabalho.

Chamada "The Artist Is Present", a mostra foi inaugurada no dia 14 de março e fica em cartaz até o dia 31 de maio.

Nela, são recuperadas algumas das performances mais famosas de Marina, como "Imponderabilia", apresentada pela primeira vez em 1977 em Bolonha, na Itália, pela artista e seu então marido, Ulay.

Matéria retirada da folha on line, ver mais em:



BLOG do Museu de Arte de Belém

Blog do MABE com algumas informações e programação da instituição. Vale a pena dar uma olhada.

http://mabelem.blogspot.com/
End: Praça D. Pedro II, s/n - Cidade Velha / Belém-PA
Fone: (91) 3114-1026
E-mail: mabe@belem.pa.gov.br

Horário de Visitas
3ª a 6ª feira das 10h às 18h
Sábados, domingos e feriados de 9h às 13h

terça-feira, 27 de abril de 2010

TEXTO II

A CRÍTICA DA CRÍTICA – uma das possíveis respostas.

Recebemos um texto com uma crítica de arte direcionada ao trabalho “Espaços Autônomos” de autoria minha e de Bruno Cantuária. Uma bandeira pirata que está na exposição “INDICIAL”. E o texto é do polêmico amigo Dr. Luizan Pinheiro. Imaginei que esta deveria ser a melhor forma de responder a crítica, assim todos poderiam ter acesso aos textos e opinar também, para, quem sabe, fomentar mais olhares críticos. Se bem que, isso é sempre frustrante, pois quem pode opinar nunca opina e ficamos a esperar opiniões que nunca surgem. Não querendo mais esperar. Dentro de minhas possibilidades e limites teóricos, vou fazer minha parte.
Bom, sobre o trabalho. Ele não está atrelado ao Hakim Bey unicamente, o processo foi efetivado em grupo em maio/junho de 2008, oito pessoas participaram dele, foi um coletivo relâmpago e a idéia era pensar algumas situações da Cabanagem como zona autônoma, já que essa era a hipótese do projeto: a Cabanagem como uma inteligência coletiva. O que resultou em registros de ações que foram depois expostas em forma de documentos secundários no Laboratório das Onze Janelas. As bandeiras piratas foram espalhadas, intervenções, situações, etc. Em prédios públicos sem o aval dos mesmos.
Então, para com relação a potência do trabalho, se houve inicialmente potência ou não nesse sentido (do Bey), ela morreu lá no inicio, não pensamos em criogenia e não há ressentimento. A ação inicial resolveu muito bem as coisas naquele momento, o gozo ficou todo lá. Lembro de amarrarmos o secretário de defesa do Estado na época a um canhão no Forte do Presépio, havia um peso nessa imagem que passou batido para muitos fruidores. Tentamos remeter o ato ao Felipe Patroni amarrado ao canhão, enfim, foram quatro intervenções bem vivenciadas. Houve espaço para interação quase horizontal entre os participantes, opiniões, reuniões e conversas.
O que quero dizer é que uma obra que nasce a partir de situações construídas e ações perde naturalmente parte de sua potência ao ir para a imagem estática. A exposição em questão trata de imagem e fotografia no contemporâneo, acho que nosso trabalho acaba se encaixando mais no quesito imagem e a imagem que está lá no casarão não é a obra (essa é velha), aquilo lá é imagem casulo de algo que foi, acaba sendo um terceiro. Então necessário se faz, a meu ver, buscar outras relações presentes na estrutura da obra (daí o resgate da tradição da conversa), pensando não somente sua organização, suas relações com paredes e sei lá o que mais, mas, perceber outros meandros, se não subversivos, mas, teóricos, propositivos e não somente reativos. Em uma dimensão complexa ou sistêmica, colocando nesse nicho as pessoas que visitam o local, as intempéries, os olhares dos outros artistas, dos fotógrafos, em uma deriva de linhagens mais diversa, levando em conta que o Sr. Bey é apenas um peão e não o rei ou a rainha do tabuleiro.
Outra questão é se a não utilização da TAZ em sua pureza, explicita um declínio. Bom, então TAZ contraditoriamente está sendo entendida como metodologia e ela não é metodologia. A TAZ não é ferramenta, nem munição, nem máquina, termos bem mecanicistas. Não, ela foi reunião e encontro de pessoas que ocorreu antes da obra. Penso mais na diversão que isso me causa e no carnaval do que na questão mental e no propósito subversivo (ali no casarão). Se esse dado (da não utilização da TAZ) enfraqueceu o uso presente da imagem...sim, pode ser, mas, tal qual uma performance da Minerva Cuervas ou um registro de ação em um vídeo da Gillian Wearing, que sofrem constantes refazimentos pelo mundo, pergunto: tais obras declinam realmente em sua potência? Sob que ótica elas perdem potência? Se elas perdem por um viés não lhes sobra sempre outro?
Pensar a obra e suas relações com o entorno, fisicalidade do lugar e artevismo é um viés, mas, como complemento e para não cair no reducionismo, seria legal também pensar o histórico da coisa, sua ontogênese e sua rede de interações que amplia o entendimento e arremessa o trabalho para um outro campo, mesmo que pequeno, mesmo que em meio a simulações, mas, lícito de ser percebido e sentido.
No mais, agradecemos a crítica e esperamos que possam haver muitos outros “disparos para o contemporâneo!” voltados para outros artistas ou para este mesmo que vos fala.

Ricardo Macêdo.

TEXTO

Indicial é o CASARÃO!

Luizan Pinheiro


O Projeto Indicial Fotografia Paraense Contemporânea aberto no último dia 4 de abril traz ao público uma proposta de intervenção artístico-educativa, como assinala o folder de divulgação, em que a dimensão matérica do espaço é a condição determinante e o princípio gerador dos sentidos, deflagrados na relação das poéticas e intervenções com o espaço físico. A ativação dos sentidos no corpo do Projeto propõe inúmeras nuanças de declínio e ousadia, redução e intensidade, vazio e força, numa profusão de articulações operadas por estas noções. Evidenciaremos aqui em diversas direções tais nuanças, no sentido de ampliar os modos possíveis de perceber os efeitos das armadilhas estéticas contemporâneas.

Algumas questões permitem com que captemos com olhos novos a exposição, pois de fato, ela é, ante nossos olhos, um grande acontecimento curatorial, pelo menos até agora em Belém. Este caráter de novidade recai sobre a utilização da carcaça de um dos casarões do Boulevard Castilhos França onde se localiza o Centro Cultural Sesc Boulevard, responsável pela realização do Projeto. Há que se reconhecer que para os padrões do que se faz em termos de projetos curatoriais em Belém, Indicial se mostra ousado. O Projeto se valeu de uma estratégia diferenciada no uso do espaço. O aproveitamento dos elementos arquitetônicos do casarão e suas texturas, produzem um diálogo insólito com as fotografias, favorecem as intervenções dos grafites e nos remetem a fruições diversas de sentidos.

Três exemplos da relação entre o espaço e as poéticas nos chamaram atenção e colocaram algumas questões, definidas pela idéia de absorção e anulação que criam um outro lugar para Indicial. Um primeiro exemplo se dá em relação à proposta do artista Armando Queiroz. Na medida em que seus objetos instauram um estado de natureza são perdidos pelo olhar que os anulam ao mesmo tempo em que se fundem ao espaço arquitetural pela ordem da textura que o musgo e limo promovem. Semeadura postula um território de amalgamento com o corpo do casarão e tudo se veste de uma normalidade que o estado de natureza imputa.

Um segundo exemplo ocorre na intervenção de Bruno Cantuária e Ricardo Macedo que ao revisitarem as propostas de Hakim Bey embandeiram as grades das janelas internas do casarão, e a proposta é inviabilizada em sua condição de bandeira, pois as cores (preto e branco) dos trabalhos são absorvidas e anuladas pela textura do local. Hakim Bey é preso pelo próprio ato estético. E o mastro do navio pirata dos Hakim Beys locais, é derrubado pelo fogo cruzado da nau à deriva que é o casarão.

No terceiro exemplo, as intervenções do grafite de Adriana Chagas se vestem de um dos acontecimentos mais instigantes para o olhar intra-exposição. Drica, como é conhecida a artista, produz interferências de diversos níveis de tensão que promovem um enriquecimento para as próprias fotografias, como é o caso das imagens de borboletas que ela cria saídas da imagem fotográfica de Luiza Cavalcante; assim como a imagem da galinha e a árvore que promovem um contraponto insuspeitado sobre a poética fotográfica de Alexandre Sequeira. A mão-olho de Drica age de forma certeira nos diversos espaços em que interfere, vide o caso da imagem da mulher servindo chá-café na xícara próxima da pia real, aproveitando as texturas da parede, nos remetendo às pinturas parietais em que o artista-caçador aproveitava os veios das paredes das cavernas para criar a imagem do animal.

Mesmo com toda essa dinâmica criadora, o casarão se impõe e define o que de poético-estético é possível. Uma força intensiva se revela, pois tudo ali é acontecimento marcado pela condição de objeto total de que ele se veste agenciado pelas suas próprias vísceras. Carne poética sob o jugo do tempo. A força de natureza deteriorada do casarão devolve os trabalhos de Armando ao seu estado originário, e um esvaziamento se dá pela ordem da natureza. Inibe e instaura um estado de declínio na intervenção de Bruno e Ricardo, e fortalece e aprisiona os grafites de Drica. Temos, assim, na fusão que o casarão promove nestas três poéticas o que poderíamos chamar de poéticas da desaparição nas intersecções e fendas que o virtual fotográfico produz.

Os efeitos que a textura do casarão gera sobre as poéticas fotográficas, os grafites e as demais interferências, são engolidos pela dimensão do casarão e pela beleza sórdida de suas paredes. Se ali não tivesse nenhum trabalho artístico não faria a menor diferença em termos de sua possibilidade de fruição, pois o tempo se encarregou de criar uma materialidade explicitamente impressionante, que nos faz buscar os acontecimentos imemorias que ainda emergem de cada área do casarão. Quantos acontecimentos se escondem por trás dos acontecimentos-textura? Abre-se assim um mote para vasculharmos o bas-fond da história para além da história oficial aqui cantada em letras mortas. O casarão em si, sem as interferências da arte contemporânea, pode ser fruído independente, na medida em que ele se impõe como objeto estético autônomo, no mesmo momento em que engole as imagens que seu corpo recebe. E desse modo, é necessário assinalar a virtude dos curadores-organizadores em evitar o excesso de maquiagem tão comum nestas bandas. Pois, alguns trabalhos se vestem, mesmo nos riscos de desaparição, com a força do casarão, num diálogo intensivo com sua textura, como é o caso do trabalho de Irene Almeida em que a construção fotográfica expande-se numa fusão com o espaço real: articulação vibrátil e densa.

Numa outra trilha, pensar o casarão como condição de suporte da arte contemporânea é perder sua dimensão intensiva, histórica e sua densidade poética produzida pelos eventos naturais e outras tantas interferências humanas; no limite, é a arquitetura em pulsação com a arte e a fotografia contemporâneas. A idéia de suporte neste caso não se sustenta, pois a dimensão textural, a naturalidade do apodrecimento do casarão inviabiliza tal idéia; tudo acontece como numa totalidade, um objeto a se autonomizar e resvalar no que os românticos ansiavam como obra de arte total, todas as artes a integrar a expressão de uma época. É possível ver o casarão nesta ótica dada a importância de Indicial neste eixo reflexivo.
Tudo o que se investiu no casarão remete a uma definição que afirma essa totalidade do objeto, fusão e absorção de todos os elementos que ali se presentificam. Esse é um modo com que a experiência estética se efetua, mas não apenas esse, pois todo objeto ou experiência estética abre-se num campo de possibilidades de leituras possíveis que remetem até mesmo à destruição da própria condição do objeto, assim como da própria experiência estética numa espécie autofagia do signo.

Com isso podemos concluir que tudo o que se veste em novidade é da ordem da destruição no próprio ato estético, ato que produz de um certo modo uma espécie de mais-valia do signo como aponta Jean Baudrillard em seu Transparência do Mal: ensaios sobre fenômenos extremos, enfatizando a excessiva estetização postulada por meio de uma visão daquele conceito marxista: “tudo é dito, tudo se exprime, tudo toma força ou modo de signo. O sistema funciona não tanto pela mais-valia da mercadoria mas pela mais-valia do signo;” e assim é possível entrever essa dimensão de mais-valia sígnica constituindo-se no corpo próprio da Indicial como excesso sígnico, neste caso, na densidade do índice, a marcação semiótica que desfere e mantém a condição matérica do que o engendrou. Carnação implicada na possível marca que nos move a inúmeras direções a partir da configuração e construção sígnica deixada no lastro da matéria. Ou o excesso como estase no grito enfurecido de Baudrillard: “onde há estase, há metástase.” E Indicial é capturada mais uma vez pelo olho cego do presente.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

RESULTADO BOLSAS DE PESQUISA, EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO ARTÍSTICA 2010



INSTITUTO DE ARTES DO PARÁ


IAP divulga resultado das Bolsas para

Pesquisa, Experimentação e Criação Artística 2010

Foram contemplados 14 projetos, nas áreas de

Artes Visuais, Música, Dança e Teatro

O Instituto de Artes do Pará (IAP) divulgou ontem, dia 23, o resultado da Bolsa para Pesquisa, Experimentação e Criação Artística 2010, um dos principais incentivos à produção artística em todo o Brasil. Foram contemplados 14 artistas, sendo seis de Artes Visuais, dois de Música, três de Dança e três de Teatro. O resultado foi publicado no Diário Oficial do Estado.

Na área de Artes Visuais, os contemplados são: Raimundo Nonato da Silva (Mestre Nato), com o projeto “Sagrado Sincretismo”; Rui Mário Cruz de Albuquerque (Ruma), com “Recortes”; Elaine Andrade Arruda, com “Elucubrações”; Lila Rosa de Sousa Bemerguy, com “Olhares Cruzados”; Laércio Cruz Esteves, com “Eclipse”; e Danielle Fonseca do Nascimento, com “As Ondas: Um encontro de escorrego entre arte e surf”.

Na área de Música, foram contemplados os artistas Fábio Gonçalves Cavalcante, com o projeto “As músicas de domínio público do folclore santareno”; e Leonardo Vieira Venturieri, com “Symphonia Glogulifera: Microtonalismo e timbres florestais”. Em Dança foram premiados os artistas Ana Flávia de Mello Mendes, com o projeto “Quem não viu vai ver agora: o poeta e o samba na capital paraense”; Danilo Bracchi, com “Curimbó”; e Marina Alves Mota, com “Sincronicidade”.

Em Teatro as Bolsas do IAP serão destinadas aos seguintes artistas: Elizangila Eleutério Dezincourt, com o projeto “O fantástico expressionismo do imaginário amazônico”; Lucimary Gouvêa Maués, com “Soul da Rua: O papel do ator – Dramaturgia à cena no teatro de rua de Belém”; e Marcelo Siqueira David, com “Máscaras: Uma linguagem popular”.

Ao todo foram inscritos 121 projetos, sendo 53 na área de Artes Visuais, 18 em Teatro, 30 em Música e 20 em Dança. Vale ressaltar que a área de Artes Visuais agrupa pintura, gravura, fotografia, vídeo e projetos multimídia, por isso aparentemente concentra um número maior de propostas.

Armando Sobral, gerente de Artes Visuais do IAP, diz que os projetos inscritos nesta área configuram uma mostra heterogênea, mas é possível identificar o interesse dos artistas pela inserção no território das cidades, saindo um pouco dos ambientes institucionais voltados à arte. Ele cita como exemplos três dos projetos contemplados. “Mestre Nato sai da ocupação formal de uma galeria e vai para um terreiro de candomblé; Danielle Fonseca sugere uma reflexão filosófica a partir da imersão no ambiente de uma paisagem costeira; e Lila Bemerguy revisita Santarém, trabalhando com conceitos de tempo, espaço e geografia”, diz ele.

De uma forma geral, pode-se dizer que os projetos em Artes Visuais estão muito mais voltados aos processos artísticos, aos deslocamentos, à imersão na realidade. “Os artistas buscam dados do real, seja a partir de aspectos antropológicos ou sociológicos. Isso significa que estão atentos à sua realidade”, explica Armando, acrescentando que nos projetos de Artes Visuais ganhadores da Bolsa do IAP foram contemplados videoarte, animação, fotografia, gravura, pintura tridimensional e objetos.

Na área de Dança, o IAP tem observado, ano a ano, o crescimento do número de projetos inscritos. “Verificamos a participação de projetos muito interessantes, o que para nós significa o desdobramento do trabalho realizado pelo próprio instituto: o diálogo com os artistas, as oficinas, os debates, as parcerias com o MinC, a Funarte, a UFPA, além do Dança em Foco, que tem suscitado entre os artistas o desejo de trabalhar com a linguagem da videodança”, diz Ana Costa, da gerência de Artes Cênicas e Musicais.



Sobre a Bolsa IAP

Direcionada a artistas residentes ou domiciliados no Pará há pelo menos três anos, a Bolsa para Pesquisa, Experimentação e Criação Artística do IAP premia anualmente projetos inéditos cujos objetivos acentuem o caráter experimental da pesquisa, valorizem a inventividade e a inovação dos meios de produção e criação artística e considerem a linguagem como um processo dinâmico e atual.

A cada ano são destinadas até 14 bolsas, cada uma no valor de até R$ 15.000,00 (quinze mil reais). Cada bolsa tem duração de sete meses. Graças a ele, artistas recebem recursos para o desenvolvimento e finalização de projetos de pesquisa, experimentação e criação artística, desde sua concepção até o produto final, nas linguagens de Artes Visuais, Teatro, Música e Dança.

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Mais informações:
Assessoria de Marketing Cultural e Comunicação Social
Márcia Carvalho (9999-4563) Tylon Maués (9942-2806)
Telefones: 4006-2945/ 2918
E-mail: iapcomunicacao@gmail.com
Blog: www.iap.pa.gov.br/blog

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ainda Hoje 22/04...

IAP apresenta exposição “Estética sem Fronteiras”
Quatro artistas plásticos. Quatro diferentes formas de conceber a arte visual. Cléberson Menezes, Gabriel dos Reis, Hugo Francês e Rui Ventura Filho apresentam sua obras ao público durante a exposição “Estética sem Fronteiras”, que o Instituto de Artes do Pará (IAP) abre nesta quinta-feira, dia 22, às 17h.
Esta é a primeira vez que os quatro artistas expõem juntos. As pinturas revelam traços abstratos, impressionistas, figurativos ou naïf. Em comum, os quatro artistas têm o desafio de enfrentar, no cotidiano, as limitações impostas por algum tipo de necessidade especial.
Armando Sobral, gerente de Artes Visuais do IAP, diz que o projeto surgiu de uma necessidade observada pelo próprio instituto, de valorizar a produção artística, independentemente da condição física de quem a produz. “É uma forma de estimular a reflexão sobre a arte dentro de uma perspectiva mais ampla, para além dos modelos normativos”, explica.
Essa arte sem barreiras, diz Armando, precisa ser vista e valorizada pelo seu potencial criativo. “Ao pensar nesta exposição, tentamos fugir ao máximo da visão paternalista, mas sim tratar o indivíduo como artista, com responsabilidade e respeito”, complementa.
A curadoria da exposição coube a Emanuel Franco. Ele buscou observar a produção pessoal de cada um, para compor uma coletiva que ressaltasse o valor de cada obra. Entre os quatro artistas, Rui Ventura Filho é o que possui maior experiência com mostras e salões de arte. Cléberson Menezes era artista de teatro, e passou a se dedicar à pintura após sofrer um acidente. Gabriel vem de Marabá e traz em seu trabalho uma rica estética visual, enquanto Hugo tem se dedicado bastante à pintura abstrata.
Emanuel Franco diz que, diante das obras, as deficiências físicas são irrelevantes. “Nesse sentido, a arte se configura como um renascimento, com instrumento para se expressar o que se deseja, independentemente das limitações de cada um”.
“Estética sem Fronteiras” poderá ser visitada até dia 04 de junho, sempre de segunda a sexta, de 8h às 14h, no horário de funcionamento regular do instituto.
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Mais informações:
Assessoria de Marketing Cultural e Comunicação Social
Márcia Carvalho (9999-4563) Tylon Maués (9942-2806)
Telefones: 4006-2945/ 2918
E-mail: iapcomunicacao@gmail.com
Blog: www.iap.pa.gov.br/blog

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MESA REDONDA COM ARMANDO QUEIROZ, JOCATOS E MARIANO KLAUTAU FILHO
Os organizadores do projeto RIOS DE TERRAS E ÁGUAS: navegar é preciso, convidam interessados para uma conversa com os artistas ARMANDO QUEIROZ, JOCATOS e MARIANO KLAUTAU FILHO, hoje (QUINTA-FEIRA), dia 22 de abril, às 19h, na Galeria de Arte Graça Landeira - UNAMA Alcindo Cacela .
Janice Lima, Marisa Mokarzel e Simone Moura

Informes pela FOTOATIVA

InformeAtiva

Você tem até o próximo dia 27 de abril para fazer sua inscrição no 3º Salão da Vida, que acontece entre 25 de maio e 26 de junho na Galeria Antônio Parreiras, do Museu Histórico do Estado do Pará.
Evento que tem por objetivo utilizar a expressão artística como forma de sensibilizar a sociedade para a prevenção contra o câncer, o Salão da Vida é uma realização do Governo do Estado, através do Hospital Ophir Loyola e da Secretaria de Estado de Saúde Pública, e tem como parceiros o Instituto de Artes do Pará, a Secretaria de Estado de Cultura, o DETRAN Belém, o Hangar Centro de Convenções, Escola Prosseguir, além da Fotoativa, que levou ao Hospital Ophir Loyola as oficinas de Caixa Mágica (dias 19 e 20/02) e a oficina "Fotografia Digital - Novos Olhares" (dias 13, 14 e 15).

As inscrições para o Salão da Vida podem ser realizadas gratuitamente no IAP ou enviadas por correio, por artistas brasileiros e estrangeiros legalmente residentes no Brasil há mais de dois anos. O tema do salão é a Vida e suas relações com o câncer e seus fatores de risco.

Regulamento e ficha de inscrição no site: http://www.ophirloyola.pa.gov.br/ e na Gerência de Artes Visuais do IAP: 4006-2904.


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Associação Fotoativa
Tv. Praça Visconde do Rio Branco, 19 - Campina
(entre Ruas Gaspar Viana e Santo Antonio)
91 - 3225-2754
a.fotoativa@gmail.com
fotoativa@amazon.com.br

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FOTOATIVA RECEBE ARTISTA DO RIO DE JANEIRO PARA OFICINA, CAFÉ FOTOGRÁFICO E LEITURA DE PORTFÓLIO
Ao lado de Guy Veloso, o convidado Marco Antonio Portela é também o curador da exposição “Olhares Femininos: aqui e lá”, que entra em cartaz na Galeria da Associação

No final deste mês, a Associação Fotoativa recebe o artista visual, fotógrafo e professor Marco Antonio Portela, do Rio de Janeiro, para uma série de eventos. A programação terá início no dia 24, com a oficina “Fotografia Contemporânea: Formas de inserção, relações de poder e mercado”, que terá como base o estudo de mestrado em Ciência da Arte do ministrante (UFF/Niterói), abordando estratégias de inserção, o comportamento do mercado frente aos novos suportes e a questão do efêmero e o posicionamento da fotografia neste contexto. A discussão será precedida pela leitura dos portfólios dos participantes e não se pretende a restringir as questões propostas, mas proporcionar um momento de diálogo aberto sobre os temas, desenvolvendo-se em quatro encontros, para no máximo 15 participantes.

“15 minutes exhibition” no Café Fotográfico
O segundo evento que contará com a participação do convidado é o Café Fotográfico, no dia 26, que tratará do projeto “15 minutes exhibition”, fruto de uma parceria entre o espaço cultural e educacional Ateliê da Imagem, onde Portela é professor, e o ArtSalon, salão virtual especializado em fotografia. Criada a partir do intuito de buscar um novo modelo de exposição itinerante, portátil e acessível, possível de ser levada a qualquer lugar com facilidade e ser vista em qualquer espaço ou pela internet, lançada em setembro do ano passado, “15 minutes” é uma mostra em vídeo produzida com fotografias de 47 artistas brasileiros e estrangeiros, incluindo os paraenses Luiz Braga e Guy Veloso, sob direção da italiana Claudia Buzzetti.
No Café Fotográfico, Marco Antonio Portela comentará esta iniciativa e apresentará o vídeo. Antes disso, os interessados podem buscar informações sobre o Ateliê da Imagem e sobre o ArtSalon, respectivamente, nos endereços www.ateliedaimagem.com.br/galeria e http://www.artsalon.com.br/.

Exposição coletiva "Olhares Femininos: aqui e lá"
Por fim, Marco Antonio Portela estará presente na abertura da coletiva de Fotografia Contemporânea feminina "Olhares Femininos: aqui e lá", da qual foi curador ao lado de Guy Veloso. A exposição reúne dezessete obras de artistas do Rio de Janeiro e doze de Belém e visa a apresentar uma mostra do que vem sendo produzido no campo da fotografia pelas artistas mulheres destes dois lugares. A ideia é apresentar semelhanças e diferenças e refletir sobre esta produção imagética que por muitas vezes não se encontra devido ao afastamento físico imposto pela distância geográfica.
Reunindo nomes já conceituados a artistas ainda em busca de maior visibilidade, “Olhares Femininos: aqui e lá” traz imagens do Rio sob a curadoria de Marco Antonio Portela dialogando com trabalhos do cenário local, selecionados por Guy Veloso. As fotógrafas são: do Rio, Ana Paula Albé, Simone Rodrigues, Kitty Paranaguá, Rosângela Rennó, Greice Rosa, Angela Rolim, Mônica Mansur, Cláudia Bakker, Dani Dacorso, Patrícia Gouvêa, Isabela Lira, Ana Dantas, Fernanda Antoun, Helena Bach, Caroline Valansi, Fabian e Luiza Baldan, e daqui Nailana Thiely, Luiza Cavalcante, Walda Marques, Flavya Mutran, Joyce Nabiça, Claudia Leão, Ana Catarina, Fatinha Silva, Elza Lima, Karol Khaled, Paula Sampaio e Maria Christina..

Serviço:
Programação com Marco Antonio Portela na Associação Fotoativa (Praça das Mercês, 19)
· 24, 25, 27 e 28 de abril – Oficina “Fotografia Contemporânea: Formas de inserção, relações de poder e mercado”. Inscrições abertas (15 vagas). Investimento: R$ 60,00 (inclui leitura de portfólio).
· 26 de abril, 19h – Café Fotográfico, falando do projeto “15 minutes exhibition”. Entrada franca.
· 29 de abril, 19h – Abertura da exposição coletiva "Olhares Femininos: aqui e lá", com curadoria de Guy Veloso e Marco Antonio Portela. Entrada franca.

Informações e inscrições:
http://www.fotoativa.blogger.com.br/
3225-2754
fotoativa@amazon.com.br
a.fotoativa@gmail.com

Links para ver o teaser do projeto 15 minutes exhibition:
www.youtube.com/AtelieVideos
www.youtube.com/watch?v=Coyb-eR0jyU
http://vimeo.com/9159513


Marco Antonio Portela:
Mestre em Ciência das Artes UFF/RJ, artista visual, fotógrafo, laboratorista p&b, professor da Escola Ateliê da Imagem, curador independente, sócio fundador da Galeria virtual http://www.galeriatres.com.br/, coordenador da Galeria Meninos de Luz em projeto social na comunidade do Pavão/Pavãozinho, Copacabana, Rio de Janeiro.
OFICINA:
Inicio
24.04 – das 15h às 18h - Leitura dos portfólios dos participantes.
25.04 - das 09h30 às 13h - Leitura dos portfólios dos participantes.
27 e 28.04 – às 19h, conteúdo teórico da oficina.
Número máximo de participantes para leitura de portfólio: 15 (quinze).

terça-feira, 20 de abril de 2010

3o Seminário Interdisciplinar de Linguagens e Comunicação.

O Grupo de Trabalho em Imagem, promove a terceira edição do Seminário Interdisciplinar de Linguagens e Comunicação. O Seminário ocorrerá às sextas-feiras a partir do dia 23 de abril de 2010, no Auditório Francisco Paulo Mendes, do Instituto de Letras e Comunicação, da Universidade Federal do Pará.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local e dia do evento. A pré-inscrição pode ser feita pelo email trabalhoemimagem@gmail.com

A proposta do Seminário é promover o diálogo entre Professores de Letras e Comunicação, e seus discentes, no intuito de desenvolver e aprofundar conhecimentos comuns aos dois cursos.

O evento faz parte das reflexões da Linha de Pesquisa Lingüística Aplicada e Semiótica, hoje contando com dois Grupos de Estudos – um em Semiótica Peirceana e outro em Estudos do Discurso (M. Bakhtin). Além da linha de Pesquisa Cinema, Literatura e outras artes: relações intersemióticas.

A primeira Mesa, composta pelas Professoras Dra. Rosa Brasil e Dra. Socorro Simões, terá como grande tema CINEMA E INTERTEXTUALIDADE.

Participe!

Confirmaremos o horário depois.

ENTREVISTA: ALEX REUBEN


O vídeo artista e ex DJ londrino Alex Reuben nos concedeu essa entrevista para falar um pouco sobre sua produção em arte, seus processos, sua relação com outras linguagens, neurociência, dança e cultura.




1. Sabemos que você foi DJ. Como começou tua carreira com o vídeo, antes ou depois de virar DJ? E como isso influenciou nas produções de vídeo?

Eu usei o dinheiro que eu fiz tocando para viver, para fazer filmes.Em meus filmes, eu ainda sou um DJ. Em Routes (www.alexreuben.com), tomei as palavras para manter-me fiel aos meus favoritos mix tape (cassete) realizados nos anos antes de Paris (e outras razões).O movimento e os sons são a linguagem.como DJ eu posso ir em uma viagem antropológica que liga indiana Khatak com Dhol drums com Moorish tones, Balkan beats, gestos flamencos, formas nigerianas, Português / Port o Gaulles / celtas / British & Samba bacteria, tudo ligado. É uma viagem de sangue e sentimentos e igualmente tão válida quanto um livro. Nossos corpos contêm esses memória. Cinema é a poesia.

2. Quais são atualmente as tuas influencias, digo, o que andas lendo, vendo, ouvindo?

Eu não tenho "influências" por si mesmo. Música e futebol me formaram em sua maior parte- seriados também ("Crossroads", "NYPD Blue"). Eu vejo / escuto arte, filmes, música, todas, porque eu as amo. Eu não “estudo”. Odeio isso. Eu gosto quando artistas exploram avenidas semelhante, mas, por vezes, encontram os críticos erroneamente a inferir influência de outros artistas sobre eles. Musicalidade tem me influenciado por demais e é o melhor indicador - dança de discoteca em casas noturnas. A forma como Alex Fergurson escolhe seu time de futebol é como um artista dirigindo um filme.Um boa mostra de habilidade em um campo de futebol diante de milhões de fãs - arte, improvisação, sutileza, teatro, isso é emocionante - inspirador. Eu adoro Londres, caminhar, futebol (Manchester United), o recente BFI Sergei Paradjanov temporada em Londres (http://www.paradjanov-festival.co.uk/), Wallander (Suécia / TV), Casulty (seriado ingles), o British Film Institute (cinema: http://www.bfi.org.uk/whatson/) o Rio Tamisa, as Colinas do Sul (no interior), à beira-mar (West Sussex), Eva Hesse (http://www.evahesse.com/index.php), Jazz, Ornette Coleman, Miles Davis, John Coltrane, Charlie Parker - Tom Zé - música falada -, eu não gosto de um estilo - downloads recente: Machito, Maria Callas, Bob Dylan, Box Tops, Jay-Z, Mos Def, Leadbelly, Jackson Browne, Sparks, Bowie, Liza Minelli, Caetano Veloso, demais. Livros, London, Neuro-ciência, (a maioria não lidas), por exemplo, "The Feeling of What Happens - corpo, da emoção e do Making of Consciousness" - Antonio Damasio. "Soma" Eagleman - Dave, "importantes artefactos ... ..." Shapton - Leanne.

3. O que te interessa, sobretudo em teus trabalhos de vídeo: o corpo humano dentro desse dispositivo, a tecnologia e suas interfaces com o corpo ou algo mais subjetivo e conceitual? o que te leva a fazer os vídeos?

É uma questão maior da arte e do cinema. Eu estou interessado em como eu posso combinar as coisas que eu estou interessado em produzir: dança, som ambiente, política, história da pintura, sobre uma tela bonita que não existe, exceto quando previsto. Eu amo cinema. Minha sub 'conspiração' / interesse na neurociência (Eu falo aqui 24 de abril: http://www.watchingdance.org/ http://www.watchingdance.org/news_events/forthcoming_events/concepts_and_contexts/index.php)
Há algo especial sobre o cinema (tela) e como ela pode ser a coisa mais próxima que temos de uma exteriorização do interior da mente. O olho move-se 3.5 / 4 vezes por segundo para criar a ilusão de movimento, como o vídeo. Vemos principalmente fora de foco, e o cérebro cria uma imagem global e móvel. Em uma tela larga sem close-ups, por exemplo, em Tati (http://en.wikipedia.org/wiki/Jacques_Tati) os olhos devem mover-se - ou ser dirigidos - ou coreografados - em torno da tela - o olho é a dança. Para mim, o som está carregando o sub-consciente e a emoção, mais do que a imagem.
Neuro-cientistas, por exemplo, Professor Semir Zeki (http://en.wikipedia.org/wiki/Semir_Zeki) dizem uma frase famosa: a pintura funciona quando o cérebro "preenche as lacunas”.
Acho que eu quero dançar com grandes pinturas expressionistas abstratas em uma galeria. É uma sensação física, como uma sensação escultural. Assim, o cérebro talvez não processe tal distinção simples entre 2 e 3 D (http://www.youtube.com/watch?v=74OxEZB52Rg). Tentei combinar a minha sensação de pintura com a improvisação maravilhosa e sensualidade da dançarina do (bêbado em um clube de Londres), Louise James. Eu não pensei sobre o ângulo neurocientífico até muito depois, por exemplo, ao ouvir o professor Zeki. Eu sinto que estou a pintar quando eu faço filmes e vídeos. Desenho, esculpo. Às vezes, a tela fica em branco. Isso normalmente,pode ser chato. Eu estou usando o som e vídeo para esculpir o corpo e tela - para coreografar - um tipo de dança que não poderiam ser produzidos ao vivo. O cinema está vivo. A edição é coreografia.


4. Teus trabalhos são extremamente musicais, mesmo quando eles não tem música, o corpo neles parece estar sempre mergulhado em música. Pra ti, qual a relação que existe entre imagem e música?

Obrigado. O silêncio também é um ritmo.Ciclos estão por toda parte. Dentro de nossos corpos, fora da terra.Eu não coloco uma linha divisória entre som e música, por isso tantas “soundscapes” (paisagens sonoras) nos poucos filmes que fiz até agora.Às vezes "menos é mais".Eu acho que a relação entre som e visão é algo que eu estou tentando trabalhar para além da neurociências. Também para além, o som é mais forte no sub-consciente, talvez mais do que a cor?Se você assistir ao noticiário com uma boa imagem e um som ruim - você desliga. No entanto se a imagem é ruim e o é som bom, você continua vendo (e ouvindo...)O som é uma história, como a pintura. Emocionante.Imagem, som e imagem podem fazer coisas diferentes que culminam no seu conjunto, maior que a soma das partes: é assim em Colin’s Wings, um filme sobre Colin Pearson (descance em paz) um ceramista com doença de Parkinson, as fotos contam uma história sobre o fazer, habilidade, projeto, a voz (não sincronização de lábios). Conta a história da biografia, a guerra, trabalho [com Dub (Reggae) atmosfera / efeitos], a música conta uma história de ciclos, o Oriente (cerâmica coreana?), Tanzânia, coro galês. Diferentes estilos. Eu componho editando, pintando.É instintivo, eu trabalho com meu intestino.

5. Você acha que há uma relação entre dança, expressão corporal e os níveis de riqueza e pobreza? em outras palavras, as pessoas com menos recursos econômicos têm um gingado à mais, elas se divertem mais por não terem tantos recursos quanto uma pessoa de classe mais alta?

Voce quer dizer que pessoas pobres dançam mais que as ricas? Ummmmmm. É uma questão complexa, que beira estereótipos colonial, racial e cultural. As pessoas ricas são mais frias de pele do que as pessoas pobres na escala sócio-econômica. Um grande estudo foi feito pela bailarina e coreógrafa, Clara Trigo, (claratrig@yahoo.com.br), em Salvador da Bahia, onde ela observou que a classe "superior" de mulheres tentou perder - para agitar o balanço dos quadris - a suposta sensualidade africana, fora do caminho que andaram e passaram como uma classe (ou racial) - distinção. Em Belém Belém, isso se aplica à cultura indígena (não sei bem ainda - você concorda ?). O Techno-Brega parece incorporar uma grande tradição formal - uma combinação única de sons e movimento. O 'Forró' realmente tem suas raízes nos fazendeiros Inglês, em seus bailes semanais "para todos".Tradição colonial sugere que quanto mais alta a “classe”, mais formal é o movimento. A impressão do Inglês que encontra no estrangeiro são colonial, cultural ou estereótipos do "rock'n'roll", mas na classe britânica de trabalho, muitas vezes, crescem em um estilo de dança de forma livre em discotecas e clubes de música inter-cultural. Danças tradicionais, de classe formal de trabalho, também existem nas comunidades, por exemplo, o Passo irlandês.
É festa, convívio, comunidade também. Estes estereótipos ainda existem no Reino Unido sobre o Inglês e também sobre o Brasil, onde a imagem é de Samba & sexo / sensualidade da dança - mas você sabe que não é o único caso e são estereótipos potencialmente prejudiciais para o Brasil - onde os estereótipos internos, regionais, também podem existir. Você pode deduzir que a dança é um alívio quando a vida é dura?
Eu acho que o ambiente afeta a maneira que nos movemos, em uma floresta tropical, em uma cidade. Eu chamo os resultados do meu processo de filmes, Choreogeography (oficina) - como Psychogeography (http://en.wikipedia.org/wiki/Psychogeography), mas em movimento.
A coisa mais importante para mim é que quando nós improvisar em dança social, pode ser o único acto criativo de expressão que nós sempre fazemos em nossas vidas. Nós manifestamos uma expressão individual do caráter. Arte. Isso faz da dança social, política, um ato de liberdade.

6. Uma vez um artista me disse: não faça cursos de fotografia, nem vídeo...não restrinja seu olhar!” Você acha importante a pessoa ter uma formação técnica para operar bem a câmera ou você acha que isso condiciona e restringe a visão?


Sim e não. Eu não tenho nenhuma formação e eu opero a câmera e o microfone - ou não (por exemplo, gostaria de encontrar uma câmera de filme 35mm tecnicamente difícil - mas então tem uma equipe). Com qualquer formação que eu posso chamar de meu, meu estômago intestino, minha emoção, da mesma forma que com um lápis. Mas eu sempre faço isso também com um computador, com minhas mãos ou então com as mãos de outra pessoa. Trata-se de visualização - neurociência novamente.Eu venho de arte e design - não há nenhuma barreira entre lápis e câmera ou um microfone para mim. Podemos desenhar com o microfone.Mas se alguém tem treinado durante muitos anos, ou com muita experiência, este é também um artista de verdade, um artesão e é maravilhoso para colaborar, para compartilhar. Eu amo tanto estradas. Não há certo ou errado, todas as formas são bonitas, é o resultado que interessa. O ajuste da forma do conteúdo.

7. Você teve contato com a cultura de rua em Belém, com as danças, com o carimbó, com o ritmo frenético e ao mesmo tempo preguiçoso da cidade, o que você achou do que viu e sentiu por aqui? Belém faz parte de um imaginário exótico, talvez um olhar estrangeiro sobre a Amazônia?

Acho que Belém Belém é o lugar mais marcante que eu já visitei. A cidade de conto de fadas na borda da Amazônia onde a floresta tem de voltar a colonizar o colonizado.A energia e ruído nas ruas centrais são incríveis. Nem mesmo a chuva pode afogá-lo. Cada loja ou banca é um disco com a sua própria ou MC 'rapper'. O maior sistema de som do mundo, com sua própria economia. Eu tenho um monte de material de vídeo que eu ainda estou para editá-lo. Eu vejo isso como um projeto de longo prazo em todo o Brasil (por favor).Vindo de Londres, eu sinto muito a influência do Caribe, porque temos uma grande população jamaicana. Eu adorava a energia criativa, o talento puro e humildade. É como jóia escondida no Brasil. Eu sei muito pouco e eu vou voltar.A posição estratégica de Belém Belém, a maior cidade, a porta de entrada para a Amazônia, sem dúvida, torna a cidade mais importante no planeta terra. Parece complexo, o lugar político, econômico. Que certamente irá alcançar a fama mundial, política e artisticamente, é apenas uma questão de tempo.

8. Queres fazer uma revolução. O que te inquieta na maneira atual de produzir imagens? Essa revolução está ligada ao cinema? O que acontecerá se/quando essa revolução for alcançada?

"A revolução não será televisionada" (http://www.youtube.com/watch?v=EsO4u46wIlk) (e ainda não). Ela será “cinematizada”O problema não são os filmes no cinema. O problema são os filmes que não estão sendo feitos para o cinema. Filmes feitos com emoção sentimentos e astúcia. Filmes cinematográficos. Filmes variados. O cinema digital. O problema não é a Sony, nem Globo, nem a Warner Brothers. O problema não é econômico ou de poder. O problema é você e eu.



Elaboração de perguntas: Ricardo Macêdo e Luciana Magno
Tradução: Luciana Magno











Belo(?) Monte(?)

Foto: Dida Sampaio - 2007.
Seis motivos para ser contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte:

1) Indígenas e ribeirinhos serão afetados: a barragem a ser construída no rio Xingu vai desviar cerca de 70-80% do volume de água e inundar uma área de 500 km². Na parte do rio que vai secar, conhecida como Volta Grande do Xingu, com uma extensão de 130 km, vivem ribeirinhos e comunidades indígenas que não são consideradas pelo IBAMA como “impactadas diretamente” pelo projeto, o que significa que não terão direito a indenizações. Além disso, os pareceres técnicos indicam que há risco de não serem garantidos nem a navegabilidade do rio, nem a qualidade de suas águas, base da vida das populações locais.


2) Dúvidas sobre população urbana: a cidade de Altamira terá parte de seus bairros inundados, entretanto não há estudo conclusivo sobre o impacto. Os números variam entre 30-70% da área urbana, sendo que não se sabe a quantidade exata de pessoas a serem removidas, nem está claro para onde serão realocadas. Investigações independentes concluíram que a avaliação do estudo de impacto ambiental do projeto é incompleta e subestima a extensão dos possíveis impactos da usina de Belo Monte.


3) UHE Belo Monte é inviável economicamente: pesquisadores independentes, de várias universidades brasileiras e internacionais, analisaram o projeto e seus impactos ambientais e comprovaram que dos 11.181 megawatts de potência da hidrelétrica, apenas 39% de energia seriam gerados, pois o rio Xingu tem uma vazão que varia 20 vezes ao longo do ano e a época da cheia dura apenas quatro meses. Um documento de 2006, elaborado por dois especialistas do Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA, analisou o custo-benefício social da hidrelétrica e demonstrou que o empreendimento não seria viável economicamente e que não produziria a energia firme de 4.700 MW que consta dos estudos de viabilidade da Eletrobrás, mas apenas 1.172 MW. O modelo utilizado pela Eletrobrás, segundo os pesquisadores, só seria válido para o complexo de cinco hidrelétricas no rio Xingu, proposto inicialmente.


4) Prejuízos ao meio ambiente global: o “apodrecimento” da vegetação que ficar submersa emitirá grandes quantidades de gás metano, que contribui para o efeito estufa e é 21 vezes mais potente do que o gás carbônico / CO². Grandes barragens também causam destruição ambiental direta e indireta consideráveis, como o desmatamento de grandes áreas e o aumento das emissões de gases de efeito estufa. Não há nada de limpo nem de sustentável em Belo Monte.


5) Aumento populacional e desemprego: o governo federal estima que aproximadamente 100 mil pessoas migrarão para a região, principalmente para a cidade de Altamira. Especialistas falam que este número será de no mínimo 150 mil pessoas. A Eletrobrás observa no EIA/RIMA que 18 mil empregos diretos serão gerados no pico da obra, durante 02 anos (entre o 3º e o 4º ano), e 23 mil empregos indiretos serão obtidos, totalizando 41 mil postos de trabalho. Ou seja, nas contas do próprio governo, aproximadamente 60 mil pessoas que migrarão não terão emprego em nenhum momento. A obra está prevista para durar 10 anos. No final da construção a quantidade de empregos estimados é de apenas 700 diretos e 2.700 indiretos. O EIA/RIMA avalia que 32 mil migrantes deverão ficar na região após o termino da obra. Serão milhares de desempregados, abandonados pelo governo e empreiteiras nas periferias das grandes cidades.

6) Existem alternativas menos nocivas: a realização do projeto de Belo Monte desconsidera alternativas viáveis e menos destrutivas tais como o aumento da eficiência energética e a promoção de fontes renováveis de energia, como energia solar e eólica (ventos). Um estudo realizado pela WWF-Brasil, publicado em 2007, mostrou que até 2020 o Brasil poderia reduzir a demanda energética prevista em 40% por meio de investimentos em eficiência energética. A energia economizada, com a modernização do atual modelo, sem novas barragens, seria equivalente a 14 hidrelétricas de Belo Monte e representaria uma economia de cerca de R$33 bilhões para os cofres brasileiros. Queremos desenvolvimento, mas com compromisso social e ambiental.



Marquinho Mota
Assessoria de Comunicação - Rede FAOR


(91) 32614334 - FAOR
(91) 8268 4457 - Belém
(93) 9142 4472 - Santarém
Pai da Iamã, da Anuã e do Iroy

Assessoria à Rádios Comunitárias
Viva o Rio Xingu, Viva o Rio Tapajós,Vivos Para Sempre!!!


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Alex Pamplona
Instituto Universidade Popular – UNIPOP
Revista viração/PA
Fórum da Amazônia Oriental – FAOR GT’s Comunicação e Juventude
Coletivo Jovem Pelo Meio Ambiente – CJ/PA
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Av. Senador Lemos, 557 - Umarizal
cep:666055-000
Fone: (91) 3261-4260 / 81383616 / 3223 1083 (geral)
Belém – Pará – Amazônia


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Cândido Portinari na Quinta sessão Cine Na memória


A visão da obra de Cândido Portinari ligando à infância do pintor na pequena cidade de Brodósqui. O curta metragem (12') de João Batista de Andrade apresenta as principais telas e ficciona reconstituições de cenas que inspiraram o pintor, como o enterro da criança no caixãozinho azul, o futebol de meninos, os camponeses. O curta utiliza imagens de arquivo, inclusive do CINE JORNAL BRASILEIRO. V.2, N.103.
Logo após, mesa com covidados especiais para visualizar o momento das Artes Plásticas em nosso Estado.

Quinta sessão Cine Na memória
Dia 22 de abril de 2010, às 19h, no mini-auditório do Museu de Arte Sacra (Rua Padre Champagnat, s/n, Cidade Velha).
ENTRADA FRANCA

Contatos
Afonso Gallindo
Coordenador de Audiovisual do MIS Pará
91-4009-8817
91-9143-5111

segunda-feira, 19 de abril de 2010

16º Salão Unama de Pequenos Formatos


A imagem se exibindo, assim, enquanto tal, enquanto zona de indecidibilidade entre o verdadeiro e o falso. [Nelton Pellenz. porto alegre. brasil. 2007]. - 13o Salão UNAMA de Pequenos Formatos - Galeria de Arte Graça Landeira Belém PA

16º Salão Unama de Pequenos Formatos – Belém (PA) - 2010
A Universidade da Amazônia - Unama (Belém/PA) realiza a mostra da 16ª edição do Salão de Pequenos Formatos entre 08/05/10 e 17/06/10 na Galeria de Arte Graça Landeira.

GALERIA DE ARTE GRAÇA LANDEIRA – UNAMA – Belém (PA)
Av. Alcindo Cacela, 287, Umarizal, tel. (91) 4009-3148. Seg. a sex., 8h/12h e 15h/22h; sáb., 8h/12h. http://www.unama.br/

CRONOGRAMA
Início da mostra
08 de Maio de 2010

Término da mostra
17 de Junho de 2010

Júri de seleção - 2010:
Orlando Maneschy, Júlia Rebouças e Nina Matos.

Artistas selecionados - 2010:
Alberto Bitar - PA
Alex Topini - RJ
Ana Beatriz Elorza - SP
Ana Luiza Kalaydjian - SP
Ana Maria de O. Mokarzel - PA
André Favilla - SP
Bettina Vaz Guimarães - SP
Camila Soato - DF
Carla Chaim - SP
Diego De Santos - CE
Fábio Baroli - DF
Iuri Casaes - RJ
Karina Zen - SC
Louise D.D - RJ
Lucas Simões - SP
Maura Grimaldi - SP
Nailana Thiely - PA
Natasha Barricelli - SP
Nathan Tyger - SP
Rodrigo Torres - RJ
Sandra Lopes - SP
Sinval Garcia - SP

Uma palavrinha rápida.

Depois que muitas pessoas, conhecidos e amigos nos perguntaram sobre o Salão Unama de Pequenos Formatos desse ano, percebemos que passamos batidos na divulgação do evento. Este salão cresce a cada ano em qualidade e profissionalismo dos trabalhos selecionados nos fazendo perceber, que Belém apesar de ser "um ponto cinza numa imensa mancha verde", tem uma produção maravilhosa de obras de arte, labuta de artistas de grande competência. Apesar de termos nesse ano de 2010 apenas 3 paraenses entre os nomes que irão expor, é muito bom perceber que esse salão, que não é somente da "Instituição Unama", mas um salão de arte contemporânea de todos nós paraenses que produzimos e contemplamos os frutos de artistas e espaços desse tipo. Esse resultado refletiu que não há mais "panelinhas" entre "cumpadres e cumadres", e sim que Belém virou uma referência nacional em se tratando de arte. À todos que foram selecionados e também para aqueles que deram a "cara a tapa" mostrando sua produção e brigando por um lugar ao sol, parabéns pelo esforço e coragem.

Equipe Novas medias!?

III Mostra de Arte Infantil CCBEU



O CCBEU está promovendo através de sua gerência artístico-cultural a III Mostra de Arte Infantil, que irá acontecer no dia 15 de junho, com inscrições abertas a partir de hoje, 07 de abril até 07 de maio. Com o propósito de estimular o gosto pela arte, a percepção e o fazer artístico, o Centro Cultural Brasil Estados Unidos além disso, pretende formar platéia para galerias,museus, centros de arte.Começando pelas crinaças, por isso o público alvo são Artistas de 06 a 12 anos.
O tema escolhido foi:
"Meio ambiente:Cuidado com o Planeta"
Incentivo.
Haverá dois tipos de premiação:através do voto popular e através de um júri especial.

As inscrições podem ser feitas na Galeria de Artes do CCBEU de segunda a sexta, no horário de 10h às 12h e de 13:30 às 19:30h.Informações:3221.6100

CONTATOS:
Simei Roberta Bacelar : simei@email.ccbeu.com.br / 3221.6100
Danielle Fonseca: encomend@yahoo.com.br / 9177.3641

LIVROS DE DOMÍNIO PÚBLICO

Achei isso aqui na wired, livros de domínio público. É só clicar e ler.
Utopia -Thomas Morus
A Metamorfose -Franz Kafka
Fausto -Johann Wolfgang von Goethe
A Desobediência Civil -Henry David Thoreau
Divina Comedia -Dante Alighieri
Iliada -Homero
A Mulher de Preto -Machado de Assis
Cândido -Voltaire
Viagens de Gulliver -Jonathan Swift

Assembléia da AAEPA


Encaminhamentos da Assembléia da AAEPA do dia 15/04/2010 na UNAMA, Alcindo Cacela:

- Será solicitada oficialmente uma assessória jurídica do SINTEPP para as questões de perda de carga horaria do EJA médio e buscar portárias que prevêem a diminuição da carga horária;
- Criar um projeto para um Seminário de Formação para Professores de Arte;
- Catalogar todos os documentos que já foram protocolados pela AAEPA, tanto pra SEDUC quanto para o CEE5-Definição da anuidade em 1% e articulação de campanha de finanças, tentativa de acordo entre AAEPA e SEDUC ou SEMEC para que seja feito o desconto via instituição em que é lotado;
- Ida a SEDUC na Terça-feira dia 20/04/2010 s 9:00, com os documentos para dialogar sobre as perdas de carga horária nas diversas esferas EJA, Educação Profissionalizante,
- Ida até o CEE para buscar resultado das últimas petições e saber se eles tem conhecimento da portaria sobre a diminuição de carga horária, bem como da inclusão do Ensino de Arte na Educação Infantil e Fundamental de 1ª a 4ª série na Rede Estadual de Ensino;
- Encontros de Professores de Arte por pólo.
- Solicitar a Manuela Souza membro da ABRA e AAEPA que dê informes e esclarecimentos sobre o IDEA - 2010

sexta-feira, 16 de abril de 2010

1º Salão Interplanetário de Humor da Mad e Brazilcartoon


O 1º Salão Interplanetário de Humor da Mad e Brazilcartoon tem inscrições abertas até o dia 25 de abril para cartunistas, caricaturistas e quadrinhistas.
Inscrição pelo e-mail info@brazilcartoon.com
Os formatos do trabalho devem ser em Formato A4 - JPG; 300 dpi; cores RGB; máximo de 2MB por e-mail

Existem três categorias:

CARTUM ENGRAÇADO: Desenho humorístico sem vínculo necessário com qualquer fato específico, mas que deve ser ENGRAÇADO. Portanto, nada de cartuns depressivos analisando a situação mental do homem contemporâneo e os devaneios da sociedade.

CARICATURA TEMÁTICA: Mesclar grandes nomes da história, celebridades, políticos e etc com a figura do Alfred E. Neuman, assim como é feito nas capas da MAD.

HISTÓRIA EM QUADRINHOS (H.Q) ou SÉRIE DE TIRAS: Qualquer história seqüencial narrada em etapas/quadros.

O principal critério para vencer é ser engraçado.
A premiação será no dia 10 de maio.

Fonte: http://www.interney.net/blogs/melhoresdomundo/2010/04/16/i_salao_interplanetario_da_mad_ainda_rec/#more41635